sábado, 27 de agosto de 2011

Ever Dream of a Nightwish

Hoje vamos falar de música a sério. O que não deixará de ser controverso quando expuser as minhas ideias sobre uma banda que adoro (adorava): os Nightwish.

Foi graças a eles que ganhei o meu nome de praxe, ou seja, Nightwish, e que uso praticamente para tudo, excepto quando tenho mesmo que utilizar aquele que consta no B.I. e do qual não me orgulho. Na verdade, foi outro caloiro como eu era na altura que me começou a chamar tal coisa depois de ter visto uma foto dos meninos da banda no meu portátil. A coisa espalhou-se e de repente toda a gente me chamava Nightwish, incluindo os meus doutores e a moda pegou, ao ponto de no segundo ano quase ninguém saber o meu nome verdadeiro =P

Quando os conheci foi na altura em que Once saiu, o quinto álbum da banda e último com a vocalista Tarja Turunen. Bastou ouvir Nemo uma única vez para ficar rendida àquele grupo finlandês que eu nunca ouvira falar e que prontamente me esforcei por conhecer.
A banda foi formada Tuomas Holopainen (teclista e compositor), que ao fim de algum tempo de trabalhar com outros grupos, queria fazer algo que fosse dele. Por isso, e com os amigos Emppu Vourinen (guitarra eléctrica) e Tarja Turunen (voz) criou os Nightwish (nome da primeira música que Tuomas compôs para a banda). A ideia primária era criar música acústica experimental, mas depois de perceber o potencial de Tarja com a sua voz de características operísticas, o compositor achou por bem enveredar por uma vertente mais heavy metal.

Um ano depois, e já com Jukka Nevalainen (bateria), editaram Angels Fall First. Sinceramente, este álbum é o que menos gosto da era Tarja, mas ainda assim conta com boas músicas como Beauty and the Beast, Astral Romance (que só pecam por ter o contributo vocal horrendo de Tuomas - quem é que lhe disse que sabia cantar? xD) e Elvenpath.
Mais tarde, com Oceanborn, como lhes faltava um baixista, perguntaram a Sami Vänskä se lhes queria juntar e ele aceitou. Neste álbum abandonam muitas inspirações folk para se concentrarem mais no metal. Aqui podemos encontrar músicas como Gethsemane ou Sacrament of Wilderness. Consequentemente e 2000, lançaram Wishmaster, contendo temas como She Is My Sin, Come Cover Me ou Dead Boy's Poem.
Dois anos depois, e já com Marco Hietala no baixo e segundo vocalista, o quarto álbum da banda chegou às bancas com o nome de Century Child. Este foi considerado o CD mais dark da banda, mas tendo em conta que foi escrito depois de um desgosto amoroso de Tuomas, bem se vê de onde isso vem. Pessoalmente, este e Once são os melhores álbuns deles. Podemos encontrar músicas como Ever Dream, uma versão de Phantom of the Opera (ambos com o contributo de Marco) ou Forever Yours (um tema extremamente intimista). E continuando a vaga de um impotente symphonic power metal, Once presenteia-nos em 2004 com I Wish I Had An Angel, Nemo e Higher than Hope (um tributo a um fã que morreu de cancro poucas horas depois de a música estar completa), contando ainda com a participação da London Philharmonic Orchestra. A capa do CD foi inspirada na escultura de William Wetmore Story, Angel of Grief, e tem este nome porque, em entrevista, Tuomas disse que you could not make it twice.
Infelizmente, após o último concerto da tour de Once, Tarja foi desumanamente "dispensada" através de uma carta escrita por Tuomas em nome de todos os membros dos Nightwish, alegadamente por se ter tornado uma pessoa distante, com princípios muito diferentes dos demais e que já só pensava em dinheiro. Mais tarde, a carta foi publicada no site da banda, um golpe muito baixo e um nadinha cobarde deles. Este facto não deixa de ser irónico já que Jukka e o próprio Tuomas ganharam muitas manias eles mesmos, algo que uma amiga de uma amiga constatou no último concerto que eles fizerem em Porto, já com a esganiçada da nova vocalista. Mas calha assim...

Pois é, eles arranjaram uma substituta para Tarja, que conseguiu não só estragar as novas músicas que constam no álbum Dark Passion Play, entre elas Amaranth, The Islander ou Escapist, como também foi capaz de dar o ar de sua desgraça a êxitos antigos, que de tão belos se tornaram lixo.

Opinião pessoal: I wish I had a catana para matar a nova vocalista (e os restantes membros também por terem consentido, alegadamente por unanimidade entre 2000 tapes que tinham à escolha que ela fizesse parte da banda, mas estes últimos só figurativamente). Esta banda fez parte da minha adolescência e ajudou-me a passar por tempos angustiantes e complicados, como toda a gente tem. Em vez de ir por maus caminhos, refugiei-me na música, o que me faz ter orgulho de mim por ter tido cabecinha. Mas ver aqueles que foram tão importantes para mim descerem tão baixo custa imenso...
Ainda sou fã da banda e continuarei a apoiá-los, mas enquanto tiverem a Anette "Ozório" (a.k.a. gémea do Chuky) por lá, não irei a nenhum concerto deles. Recuso-me simplesmente. E tenho tanta pena que assim seja, mas calha assim mesmo. Este ano sairá novo álbum, Imaginarium, e até tenho medo...

De qualquer modo, delicio-me a ouvir os antigos CD's dos Nightwish, lembro-me de como era há uns aninhos atrás e de como mudei, e aprecio a boa música que eles faziam (e ainda fazem) aliada à lindíssima voz de Tarja, que entretanto se lançou a solo. Para mim, ficaram ambos a perder, mas os fãs ainda terão o que ganhar com eles. Ou assim o espero.

3 comentários:

  1. Eu fui ve-los ao vivo a Vilar de Mouros em 2005 com a Tarja... E foi awesome... Pena ter esperado uma hora e tal por eles...

    A voz da Anette não é má... simplesmente não é o que estamos habituados a ouvir vindo dos Nightwish ^^

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  2. Sou grande fã de Nightwish... enquanto tinham a Tarja. Tenho dito, não é?

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  3. Queria tanto ter ido ver esse concerto... mas não me deixaram =(
    Oh pah... que pusessem a Anette a cantar para as galinhas. Agora o que está lá a fazer uma tipa que fazia parte de uma BANDA TRIBUTO AOS ABBA ?! Chamar o novo álbum de "comercial" e "easy listening"? Fazia melhor em falecer... --'

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