segunda-feira, 23 de junho de 2014

Vadiating xD

Hoje vou tirar a barriga de misérias e vadiar valente!!

Vou comer algo que ainda não sei o que é (cortesia das pessoas que moram aqui em casa e se lembraram de fazermos um jantar de S. João de "casais") mas que provavelmente vai ter lá pelo meio alguma coisa que eu não gosto e que, por isso, o Moço me vai dar na cabeça até à eternidade. "Ai e tal, só quando sou eu a fazer é que tu não gostas...!!", até aprece que já os estou a ouvir =P

Nem sou pessoa de festejar o S. João, o mega evento cá de Braga, nem de este tipo de festarolas no geral. Mas este ano tenho uma boa razão: a minha Inês está de volta ao brugo país vinda lá do meio dos cámones, e eu quero mesmo muito estar com ela!! Sabem aquelas pessoas especiais que vos caem na vidas vindas sabe-se lá de onde? É a Inês =) Por isso, e porque afinal amanhã é feriado municipal cá no sítio, vai ser para a ramboia =)

Quero lá saber da chuva e das porcarias que vou comer (já me atirei aos churros quando saí do escritório... =P ). Bom resto de segunda-feira para vocês também ;D



Só para que fiquem esclarecidos, a menina Barbie está a beber uma Sprite, 'tá? =P

domingo, 22 de junho de 2014

A "Besta" #3 - Yoga

Esta manhã acordei com uma dor na coluna que e deixou com um "andar novo". Antes que comecem com teorizações do demo, não, não fiz nada "que não devesse"... Até porque já estava a prever uma coisa do género. A mudança de tempo é implacável para os meus joelhos (tive uma lesão há uns anitos valentes quando jogava futebol na escola) e para as minhas costas (que estão todas tortas e em forma de S).

De manhã torcia-me, contorcia-me, esticava-me e encolhia-me de todas as maneiras possíveis e imaginárias para ver se a coisa passava, mas foi só ao longo do dia que a coisa melhorou. E depois de umas posições de yoga que aprendi assim quase como por acaso. Daí que decidi que vou aprender a modalidade. Para além dos diversos benefícios físicos, que de certa forma toda a gente vai conhecendo, também traz benefícios mentais/espirituais e que, bem feitas as contas, quase arrisco dizer que me são mais importantes neste momento do que os primeiros.

Até porque nada melhor que ultrapassar o trauma do (des)Acordo Ortográfico e demais agruras da "besta", do que uma boa sessão de yoga!! =)

Relativamente ao post de ontem, os vossos contributos foram importantes, e faço um mea culpa por não ter percebido há mais tempo, que legalmente ninguém me pode obrigar a utilizar essa grafia.


Fui pesquisar a questão com mais afinco, e cheguei a este artigo entre muitos outros que, caso queriam consultar, verão que foi elaborado com a colaboração dos juristas da Sociedade Portuguesa de Autores (logo, pessoas que entendem "da poda"). Resumidamente, o novo OA foi legislado por Resolução da Assembleia da República e reiterado por Resolução do Conselho de Ministros. O OA ainda em vigor, foi legislado por Decreto-Lei, assim como o Código de Direito de Autor e Direitos Conexos (CDADC). Em termos hierárquicos, os Decretos estão acima das Resoluções (meras recomendações), têm força vinculativa e não podem ser nunca revogados por estes últimos. Para além disso, o próprio CDADC diz os autores se podem opor a modificações/deformações em relação à obra original, e preservar a grafia que bem entenderem (Artigos 56.º e 93.º), apesar da possibilidade de actualizações ortográficas.

No mais, parece que houve outra aluna da UMinho que se recusou a utilizar o novo AO, não sei se numa tese, mas provavelmente sim. Até porque, a obrigatoriedade de que tanto falam é uma falácia: o (des)acordo ortográfica ainda está em período de adaptação, e que até 2015 ambas as grafias são "permitidas". Mais: "aos Escritores, dada a sua condição de artistas criadores, ser-lhes-á sempre permitido utilizar a grafia que entenderem, mesmo que em 2015 o novo AO (...) venha a ser eventualmente consagrado por Decreto-Lei, e não apenas, como agora, por uma simples Resolução da AR [Assembleia da República]."

Agora só me resta fazer um escândalo na universidade e fazer muito yoga (para combater as dores nas costas que vou ter por estar tanto tempo a trabalhar na tese e de me esquivar às traulitadas que os moços da Escola de Direito me vão tentar dar).


quinta-feira, 19 de junho de 2014

A "Besta" #2 - O (Des)Acordo Ortográfico

Hoje, durante a tarde, comecei finalmente a escrever a tese de mestrado. Até aqui tinha feito alguns apontamentos e sistematização de ideias, para me ajudar com a elaboração propriamente dita da "besta". Umas linhas aqui e ali. Mas parece que quanto mais sei e pesquiso, mais me embaralho naquilo que quero transmitir... Parece fácil...!!

Como fiel companheira tenho... a música. Acompanhada quer pela rádio ou pela giganómica playlist que por estes lados entope o meu computador, a árdua tarefa adquire uma nova e refrescante leveza. Hoje temos croissant musicale com Tuomas Holopainen e o seu The Life and Times of Scrooge - um álbum magnífico!!

Mas pior do que estar soterrada de papeledo por todo o lado, é a m*rda do (des)acordo ortográfico, que sou obrigada a seguir segundo as orientações da UMinho. É que não bastam as regras de formatação da tese... não!! Tens que deixar de saber escrever Nightwish Maria!! 

Sinceramente, não sei quem se lembrou de umas coisa tão estúpida! (Até sei, mas isso agora não interessa para o caso...). Eu cá estou com o Sr. Magistrado Rui Teixeira (e eu até nem vou muito à bola com esses senhores...), quando defendeu (e bem!) que os tribunais não estão obrigados a cumprir a resolução do Conselho de Ministros que determina a adopção das novas regras em todos os serviços da administração pública, escrevendo relativamente à questão:

"Nos tribunais, pelo menos neste [Torres Vedras], os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo atar, os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso e a língua portuguesa permanece inalterada até ordem em contrário"

Claro que isto valeu-lhe um processo disciplinar... Contudo, acho que não aconteceu nada ao Vasco Graça Moura, quando ordenou que fosse "desligado" o corrector automático do novo (des)Acordo dos computadores do CCB, para que os textos produzidos por esta instituição permanecessem de acordo com a grafia antiga (e arrisco-me a dizer, correcta).

Até os PALOP disseram terminantemente não aplicar este (des)Acordo que também os vincula, por serem países de expressão portuguesa. Não, eles querem escrever português, e não uma invenção qualquer vinda do fundo dos infernos. Os brasileiros também não concordam, mas é certo que nada fizeram até ao momento, que eu saiba. E então e nós? Porque é que nós deixamos que nos descaracterizem a língua que, é um símbolo nacional?!?! Pois bem, eu não entendo... É verdade que a nossa língua evoluiu muito ao longo dos séculos, e outros acordos ocorreram... mas nenhum como este. Um (des)Acordo impingido, desprovido de qualquer senso.

Eu não sofri desse mal, mas conheço milhentas pessoas que levaram reguadas nas mãos para aprenderem a escrever correcto, "c", "p" e "h" mudos incluídos. Agora estamos a privilegiar os preguiçosos. Acho que nunca me vou habituar a esta coisa, especialmente porque parece que as regras deste (des)Acordo vão ser novamente mudadas... Isso significa que, entretanto, eu já comprei livros que, no futuro, vão efectivamente conter erros ortográficos. Se é para escangalhar esta porra toda, então que se decidam e esconchavem a nossa língua de uma vez por todas.




Enfim... vou continuar a escrever e a ouvir música. E esta última, felizmente, não tem acordos e desacordos... é universal! =)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Irmãos

"Só se percebe verdadeiramente a importância das coisas ou das pessoas quando as perdemos. Quando as consideramos tão garantidas como o ar que respiramos, nem pensamos no seu valor. Não fazemos contas, assim como um milionário não faz contas para ir à mercearia nem sabe as oscilações do preço da bica. Com os irmãos é assim que as coisas funcionam. E é por isso que funcionam tão bem.

Nós não sabemos quanto vale um irmão. Nem pensamos nisso. Pensamos todos os dias no valor incomensurável dos filhos e dos pais, sabemos o quanto vale cada amigo, mas não contabilizamos os irmãos. É diferente com eles. É diferente porque os irmãos são de graça. Eles caem-nos ao colo sem planeamento, sem poder de escolha, sem pensarmos nisso. Também é diferente porque nós crescemos com eles e crescemos juntos em tudo. Começamos desde pequeninos a lutar, a brincar, a discutir, a partilhar a casa de banho, o quarto, as meias, os jogos, os pais e os outros irmãos. Eles crescem a meias connosco e por isso acabam por ficar mais ou menos nós.

E é por isso que os irmãos nos conhecem melhor que os nossos pais ou amigos. Conhecem-nos os tiques, as fraquezas, os gostos e as sensibilidades; sabem o que quer dizer cada expressão nossa, aquilo que nos faz chorar e os limites da nossa tolerância. Também sabem que podem ultrapassar todos esses limites porque nada acontece, porque não há divórcios de irmãos. Os irmãos não prometem amar-se na saúde e na doença até que a morte os separe. Não precisam: quer prometam quer não, quer queiram quer não, é mesmo assim que vão viver.

Em todas as outras relações é preciso tempo. É preciso guardar tempo e ter tempo para estreitar laços, criar cumplicidades, ganhar confiança ou aprofundar as relações. Mas os irmãos não precisam de tempo. Nós gostamos dos nossos irmãos o mesmo que sempre gostámos apesar do tempo. Nem mais nem menos um bocadinho que seja. Podemos passar anos sem nos falar que não é por isso que as cumplicidades, os laços, a confiança (muita ou pouca) se esvanece. Os irmãos são imunes ao tempo, à distância ou às zangas e isso torna-os à prova de tudo.

Com os irmãos, ao contrário do que acontece com todas as outras pessoas, também não precisamos de falar: basta estar. Se falarmos e rirmos uns com os outros, melhor, é uma espécie de bónus; se discutirmos, melhor ainda: quer dizer que podemos, quer dizer que somos tão irmãos que até podemos discutir violentamente e continuar a ser irmãos. Até ao fim.

Eu tenho a suprema sorte de ter oito irmãos. Ter oito irmãos quer dizer ter oito melhores amigos, quer dizer ter oito pessoas que se atiravam a um poço para me salvar (espero...) e oito pessoas a gostar incondicionalmente de mim ao mesmo tempo. Já perdi dois deles, o mais velho e o mais novo. Perdi-os numa idade em que não se perdem irmãos e eles morreram estupidamente numa idade em que não é suposto morrer. Não foi quando eles partiram que eu tive consciência do valor de cada um deles, mas foi quando eles morreram que eu percebi que esse valor é incomensurável, que quando morre um irmão morre um bocadinho de nós. Percebi que há uma parte de nós que é só deles e essa parte desaparece com eles.

Sei perfeitamente que o melhor presente que dei aos meus filhos foi cinco irmãos a cada um, mas também sei que eles ainda não fazem ideia do valor de cada irmão. Por enquanto discutem mais do que aquilo que brincam, dividem mais do que aquilo que partilham e desconfio que teriam escolhido um cão e uma viagem à Eurodisney a um bebé novo, caso eu lhes tivesse dado a escolher. Mas os silêncios entre eles são cada vez mais frequentes e os silêncios entre irmãos são tudo.

O Dia dos Irmãos, que a Associação das Família Numerosas propôs que se passe a comemorar no próximo ano, é para celebrar tudo isto e é necessário comemorar tudo isto. Não é que os irmãos precisem de um dia, porque não precisam, é apenas por o merecerem. Os meus, pelo menos, mereciam um dia para cada um."


Eu não tenho irmãos. Tenho amigos que ocupam esse lugar no meu coração, mas nunca vou entender ou sentir o que é ter um de verdade. Teria sido uma pessoa totalmente diferente, mas há coisas nas quais não mandamos, por mais que tentemos: não sou simplesmente uma "filha única", sou uma pessoa sem irmãos. Há algures um vazio que nunca poderá ser preenchido, apesar dos "irmãos e irmãs" que fui encontrando pelo caminho.

A maioria de vocês, suponho, deve rever-se neste texto. Quase que adivinho que sorriram, deram uma ou outra gargalhada ao lembrar uma peripécia engraçada, ficaram com saudades dos vossos irmãos. Podem já ter passado bons e maus bocados com eles, mas acredito que nem conseguem imaginar a vossa sem eles. Eu não, porque realmente não sei quanto vale um irmão. Por isso, aproveitem os vossos irmãos =)


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Enguiçada

Decididamente: eu dou azar e não posso ver mais jogos de futebol.

Já não é de hoje, mas foi desta que a coisa ficou comprovada. Vi a primeira parte do jogo da Selecção no escritório, e cada vez que olhava para a televisão com mais atenção, os Fritzs marcavam um golo ou atiravam-se muito convenientemente para o chão, e os Tuguinhas falhavam ou iam para o olho da rua. Depois de chegar a casa, vi a segunda parte quase por auto-flagelação.

O único jogo do Benfica que vi esta temporada foi precisamente a final da Liga Europa (eu ainda chamo de Taça UEFA a essa coisa...). Começo a duvidar se terá sido a Maldição de Béla Guttmann a dar a taça ao Sevilha... se terá sido o Enguiço da Nightwisha Maria.

Por favor, não me batam, foi sem intenção. Para a próxima, faço como o Nuno Markl: "Eu não posso ver futebol. No próximo jogo vou dar uma volta ou isso."

Isso, ou esta coisa já está toda programada e/ou a Merkel deu umas patacas ao moço da ex-Jugoslávia que tinha uma camisola azul e um apito "pindurado".

A partir de hoje só vejo os jogos do Porto.



Só o Oliver e Benji ganhavam sempre, mesmo que eu visse os jogos...


P.S.: Foi impressão minha, ou será que vi mesmo um jogador negro na selecção dos Fritzs?!?!?? o.O Weird...

sábado, 14 de junho de 2014

Páginas de curiosidade =)

Como já tive oportunidade de vos contar uma e outra vez, tenho uma adoração por livros. Não há muito mais para explicar, na verdade, até porque há coisas que não se explicam =P

Quando vejo um livro, independentemente do exemplar, do local onde esteja ou das mãos que o seguram, fico instantaneamente curiosa. Quero conhecer a história por detrás da capa, e o porquê de ter levado alguém a pegar nele e lê-lo, sendo cativado pela sua mensagem, ou apenas de sentir as suas páginas.

Ontem, no autocarro, no banco mesmo ao lado do meu, vi um jovem segurar um livro com todo o cuidado, numa total abstracção que nada naquela viatura o fazia preocupar-se com outra coisa qualquer. Instintivamente, quis esticar o braço e pegar no livro. E lá fiquei eu, a olhar para o criaturo, e a pensar "peço-lhe para pegar nele ou não?". Não se preocupem, eu soube comportar-me =P Depois, ele mexeu-se no banco, e eu percebi que a capa era de um material diferente do normal, de um papel mais grosso e não simplesmente "plastificado", com as letras e desenhos a verde. E que parecia um livro cosido, como o eram antigamente. Não fazia ideia do que tratava, mas queria tanto saber.

Já sei, já sei, neste momento estão a pesquisar os contactos do Magalhães Lemos na internet... Não precisam de se esforçar, a sério... não vale a pena =P

Descansem, nenhum jovem ou livro foi magoado durante a actividade descrita. Eventualmente eu tive que sair do autocarro, mas já agora, consegui encontrar o livro em casa. É este aqui, e até parece interessante. Quem já leu, por favor, que deixe aqui o seu contributo =) E já agora: o que andam a ler? Digam-me tudo!! ^^


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Fitness no meio das panelas xD

Princesas e princesos do mundo, hoje vou armar-me em pessoa muito sabedora destas coisas da estética e coiso, para vos fazer uma comunicação. Descobri o que muitos de vocês anseiam: como queimar as "excedências" que vos melgam a cabeça e as nádegas e outros sítios que tais.

Como sabem, nestes dias o sol e o calor decidiram que, a uns míseros dias da entrada oficial do verão, deviam dar o ar de sua graça. Digamos, simplesmente, que já não era sem tempo...! Pois bem, como devem imaginar pela onda de calor que cobre todo o país, aqui por Braga a coisa está assim com o ar de que, a qualquer momento, um cidadão mais incauto, poderá ser grelhado na brasa assim como quem não quer a coisa. Sim, isto está uma tosta, até a água que sai dos canos está a caminho de se tornar uma sopa.

Já foram ver como está lá fora, mesmo a uma hora desta!?!? Agora adicionem ter que limpar a casa ou pior: tentar ter que esfregar o tacho com esfregão de arama porque, como estavam a olhar não sei para onde, queimaram parte do arroz que estava ao lume.

Esqueçam o ginásio ou a sauna: podem fazer dois-em-um em casa, especialmente se a vossa cozinha for toda envidraçada e levar com o sol directamente da parte da tarde mesmo em cheio. Não necessitam sair do conforto do lar, poupam dinheiro no ginásio e ainda ficam com a casa (e as panelas) a brilhar. Parece fácil... =P



Mais ou menos eu =P


Agora a sério: aproveitem o tempo bom para passear, ir à praia, sair a galhofar com os amigos. Ou até, quem sabe, fazer uns exercíciozinhos lá fora, num desses locais onde há máquinas e jardins para "trabalhar as massas" =P Para quem está na época de testes, não fiquem a deprimir em casa com um tempo como este. Levem a vossa trata atrás como o caracol nem que seja para um explanada. Se optarem pela clausula, vai ser muito mais difícil; tal como as flores, nós também precisamos fazer um género de fotossíntese, e de fazer uma pausa de vez em quando =)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

A Aventureira e a Demanda do Fax =P

Depois de dois dias de estudo intenso (e de outra coisas também... =P ), aqui estou eu voltada da clausura. Hoje de manhã, regressada ao trabalho, uma das minhas missões foi telefonar para o tribunal para tentar desenvencilhar uma trapalhada qualquer num processo. Parece fácil... mas não é.

Foquemos-nos então essencialmente na minha incapacidade de discar números de telefone ou de qualquer outra coisa... que é quase inexistente. Para quem não sabe eu sou disléxica, e tenho uma apetência natural em confundir tudo o que seja número estilo daltónico a tentar adivinhar as cores. O que não deixa de ser irónico, tendo em conta que aprendi a contar muito antes de aprender a ler e a escrever. Tenho memória, ainda que esbatida, de ter 5 anos e, apesar de já saber o abecedário e umas estupidamente rudimentares junções simples de letras, não conseguir escrever o que queria no momento (e de me apetecer bater em alguém por isso =P ). Mas efectivamente, não me lembro de alguma vez não saber fazer contas, já que as minhas escassas memórias anteriores aos 4 anos de idade nada têm a ver com números.

É verdade que também confundo letras, e troco a ordem das palavras da frase, mas os números parecem fazer de propósito para se encavalitarem uns em cima dos outros e se disfarçarem de outra coisa qualquer. Como é que eu não dou em louca? Memória fotográfica. Essencialmente, decoro os símbolos e a sua ordem, e depois é só procurar o mesmo símbolo que, normalmente, está sempre no mesmo sítio. É como tudo: o ser humano adapta-se ao seu meio ambiente e contorna os obstáculos com os truque que conseguir inventar. Normalmente, eu limito-me a procurar o nome da pessoa a quem quero ligar e que tenho o contacto guardado no telemóvel e pront's, assunto resolvido. Mas isso não acontece com os telefones fixos tradicionais... e muito menos com a porra do fax... porque eu decorei o lugar onde estão os números nas calculadoras científicas.

Para quem nunca reparou, em qualquer dispositivo onde temos de discar número, incluindo nas caixas multibanco, geralmente os números estão dispostos de cima para baixo. Nas calculadores científicas e nos teclados dos desktops, os números estão de baixo para cima. (Sim, ao fim destes anos todos e de já não usar gráficos para nada na vida, ainda estimo a minha calculadora científica para as operações mais básicas para as quais necessito de ajuda aritmética.) Pode parecer estúpido, mas da mesma forma que costumo dar marretadas nas caixas multibanco por me fazeres trocar o código de acesso ao cartão de crédito, desespero para mandar um fax. É que se me enganar a ligar para uma pessoa, olha, paciência. Mas enviar faxes com documentação de processo e clientes para a Conxixina, isso é que não pode ser!!

O resultado é que, com medo de fazer asneira, verifico umas cinco vezes se o número que estou a discar é o correcto, e outras tantas enquanto a máquina está a processar a informação e quando o recibo que o fax cospe no fim a confirmar o envio. Eu sei, é uma estupidez... mas ao menos sei que não faço asneira. Claro que, sempre que o receptor está ocupado, ou quando a porra da multifunções enguiça e me come e trilha a papelada toda, fazendo com que demore mais tempo que o normal para mandar o fax, dou por mim com alguém a entrar-me na sala onde está a maquinaria pesada (eu trabalho numa ponta do "estabelecimento" e o fax está na outra), a rir e a perguntar se eu estou com problemas para mandar as coisas... =P A culpa é da máquina, portant's... xD


domingo, 8 de junho de 2014

We are made of star-stuff ^^

Não sei se já repararam, mas sou uma nerd invertebrada =P

Uma das minhas últimas pancadas fora de horas é a série televisiva Cosmos: A Spacetime Odyssey, que é transmitida pelo National Geographic Channel, um género de remake actualizado da série dos '80 Cosmos: A Personal Voyage, apresentada por Carl Sagan, e que por sua vez foi baseada no livro Cosmos deste astrofísico.

Não sei se são aficionados pela ciência em geral, e as suas descobertas no campo da astrofísica em especial, mas se é o caso, têm que ver esta série. Composta por apenas 13 episódios de cerca de 44 minutos cada, é um género de manual sobre o universo que nos rodeia, de que todos fazemos parte. Mesmo para quem não seja um nerd da coisa, a série foi feita para agradar a toda a gente, sendo que o seu público alvo está muito para além dos louquinhos que gostam de fazer explodir coisas e tal.

A série aborda um pouco de tudo o que têm a ver com astrofísica e, consequentemente, com a evolução do planeta terra e todo o universo envolvente, entre outras descobertas científicas. Tem algumas animações, que ajudam a contar o passado da ciência, algo que agradará ao miúdos e a alguns graúdos (como é o meu caso =P ). Provavelmente, a coisa mais impressionante que vi, apesar de ser uma animação elaborada por computador, foi uma previsão extremamente realista da fusão da nossa galáxia, a via Láctea, com a "nossa vizinha" Andromeda, baseada nos princípios e leis de Newton (final do Episódio 3 e cujo sneak peek podem ver aqui).

Uma mais valia para a série é, sem dúvida, o astrofísico que a apresenta nesta versão, Neil deGrasse Tyson, o qual tomou parte nesta nova produção de Cosmos. Ele não é um simples host; fala com paixão e eloquência, como se continuasse a ser o adolescente de 17 anos convidado por Sagan para visitar o observatório em Ilhaca, o que nos deixa ainda mais presos ao ecrã. Nas palavras do próprio, "I already knew I wanted to become a scientist. But that afternoon, I learned from Carl the kind of person I wanted to become."

Como podem ver, o mundo (vá, o universo... =P ) perdeu uma astrofísica de grande calibre. Mas ao menos ganhou uma advogada-em-construção da mesma fibra xD Afinal, se só detivermos conhecimentos numa determinada área, não sabemos nada de todo. Recomendo esta série a todos, e não apenas aos aficionados das ciências experimentais, e em especial aos pequenitos. A abordagem final do último episódio é simplesmente brutal. Se entretanto não souberem o que me oferecer pelo aniversário, que está quase aí à porta, já sabem: Cosmos, de Carl Sagan. Quando o vejo nas livrarias, os meus olhos brilham mais do que a explosão de uma supernova ^^




Our Sun is a second- or third-generation star. All of the rocky and metallic material we stand on, the iron in our blood, the calcium in our teeth, the carbon in our genes were produced billions of years ago in the interior of a red giant star. We are made of star-stuff.
- Carl Sagan

sábado, 7 de junho de 2014

"Mázonas" e coisas boas =P

A noite passada fomos ao cinema. Há uns valentes tempos que não assentávamos os nossos lindos rabiosques nos acentos de uma sala de cinema. É verdade que vemos inúmeros filmes em casa, com direito a "pipocas instantâneas" e gomas, mas não é a mesma coisa.

Para começar bem a noite, e para não termos uma má surpresa, fomos relativamente cedo comprar os bilhetes, e ficamos pelo shopping cá do sítio, a ver as montras e a cogitar no que íamos comer. Finalmente decidimos-nos por arroz de patão para mim e um grelhado de carnes para o Moço (eu "apropriei-me" da banana frita dele, mas isso agora não interessa nada =P ).

Umas voltas depois, lá fomos nós para a sala de cinema, mas sem antes passar pelas pipocas cobertas de manteiga que só nestes sítios conseguimos comer. Aliás, filme sem pipocas é heresia... não podia ser!! A escolha caiu em Maleficent (sem 3D). Para quem não sabe, sou super fá de fairy tales e da Disney, daí que queria ver o que tinham feito a mais um re-telling (parece que isso também está na moda...).

Nesta versão, vemos o ponto de vista da vilã, e o porquê de ela se ter tornado má como as cobras. Está tudo muito bem pensado, o twist na história até é bonzinho... mas não posso dizer que me tenha enchido as medidas. Apesar da boa interpretação de Angelina Jolie (acho que ela devia fazer mais papéis de vilã), estava à espera da uma mázona de mão cheia, estilo BFF da Rainha da Branca de Neve, cruel, desprezível, odiável... mas não foi isso que encontrei. Mas pronto, já seria de esperar uma coisa do género, tendo em conta a onda deste tipo de filmes. Ainda assim, não deixou de ser uma versão interessante. E ainda estive com a minha Bifa, que já não via há mil anos =P Ou seja, contas feitas, deu saldo positivo.

E pronto, como podem ver, foi uma noite e tanto ^^ Agora vou masé dedicar-me à tese, que daqui a nada o Moço já me está a apitar às orelhas!!


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Fada-madrinha dos sapatos =P

Esta tarde tive uma super surpresa. Uma alma caridosa, com pé de princesa como eu, tinha lá por casa uma data de pares de sapatos variados que já não queria usar. Como é uma pessoa com disponibilidade monetária, sentia-se mal com a possibilidade de deitar sapatos tão caros (Lion of Porches, Tods, Zilian, Guess...) e ainda em bom estado para o contentor mais próximo.

Sorte a minha, que ganhei cinco pares de sapatos hoje!! Dois de botas, dois de sabrinas e um de sandálias. A minha colega de escritório ficou com outros três pares, que ela tem o pé ligeiramente mais pequeno do que o meu. Ou seja, entre as duas, a festa deu-se =P

Provavelmente não entendem esta espécie de euforia. Não é mera futilidade. Sapatos há em todas as lojas dedicadas ao ramo, e ainda são muitas por ai, é certo. O problema é que não há muitas fábricas que manufacturem o 35 (o meu número), e muito menos o 34 (o número da minha colega). É mesmo muito difícil arranjar sapatos tão pequenos, excepto na secção de criança - o que não seria um grande problema, é verdade, caso só usasse calçado raso. Para quem tem pé de Cinderella e quer um salto alto, ou então mais variedade, está feito ao bife. E desengane-se quem pensa que isto é "coisa de gaja". Os homens com pé pequeno também não têm a vida nada facilitada.

Da mesma maneira que a senhora teve dificuldade em arranjar alguém a quem doar os seus sapatos, também nós temos o problema de arranjar calçado tão pequeno. Já que sou Cinderella, então que tenha uma fada-madrinha, nem que seja só para sapatos. A simbiose perfeita, portant's =P


quarta-feira, 4 de junho de 2014

O tempo a correr... e eu atrás dele!!

Estou feita. Há dias que não tenho tempo para nada, nem mesmo para dizer "piu". Estes dias têm sido uma loucura de trabalho, de andar a correr de um lado para o outro, de fazer e desfazer malas e nem por isso conseguir arrumar o quarto, de deixar passar o dia de devolução dos livros da biblioteca porque a cabeça já não dá para mais, a modos que nem tenho tido como passar por estes lados e sossegar as vossas alminhas da minha ainda existência.

Mas vá, desassosseguem-se, que ainda estou viva =P

Para aquelas criaturas anormais que acham que sou uma anedota por querer ser advogada com tanto colega no mercado, aqui fica a prova: tenho trabalho até ao nariz, que nem tempo tenho para fazer as unhas. É verdade, tenho para aqui uns gadanhos que até metem inveja à Maleficent. E eu consigo fazer as minhas próprias unhas, já agora, caso esse ser também ache que não sou capaz de executar as tarefas mais básicas como tratar das minhas mãos de princesa do mal (não que elas nos "veja", mas à cautela, aqui vai). Para além disso, também tenho uma casa que infelizmente não se limpa sozinha, nem sou como a "Cubana" que morava comigo (tinha o rabo giganórmico...) e que tinha a mãe escrava para lhe fazer tudo.

Não sei como vai ser quando tiver pequenas criaturas por aqui a correr e a pendurarem-se nos cortinados. O Moço que se amanhe, já que ele gosta tanto de dizer todo contentinho que pode trabalhar a partir de casa, de calções e chinelos, enquanto eu tenho que me empiriquitar toda e ir para o escritório. Quando a canalhada se pendurar nas tuas orelhas, depois falamos... Só volto para casa quando a visão do inferno se dissipar, ficas avisado xD

Preciso de férias. Ou de ir comprar uma pilha de livros... Não consigo ficar muito tempo sem comprar um livro. É quase como uma terapia. O único problema, para além do preço obsceno dos livros, é que depois deprimo outra vez porque não tenho tempo para ler...


domingo, 1 de junho de 2014

Adults are only kids grown up, anyway.

Feliz dia para todos nós!! Para todos nós que somos pequenas grandes crianças, que não se esqueceram como sorrir, como sonhar, como usar a imaginação. E saber que há sempre uma solução para as coisas más. É assim que as crianças são, cheias de risos e esperança.

Talvez devêssemos aprender com elas, ou invés de as querermos dotar de todos os conhecimentos e mais alguns desde que metem a cabeça cá para fora. Devíamos deixá-las brincar, subir às árvores, chafurdar na lama. Elas vêem o mundo de uma forma simples, pacífica, brilhante. Não é por acreditarem em unicórnios que se lhe deveria ser tirado o seu crédito. Quem não acredita em fadas e magia?!?! O nosso mundo é demasiado frio e cinzento. Há outra coisa na qual acreditar?




Too many people grow up. That's the real trouble with the world,too many people grow up. They forget. They don't remember what it's like to be 12 years old. They patronise, they treat children as inferiors. Well I won't do that.
- Walter Elias Disney