Depois de dois dias de estudo intenso (e de outra coisas também... =P ), aqui estou eu voltada da clausura. Hoje de manhã, regressada ao trabalho, uma das minhas missões foi telefonar para o tribunal para tentar desenvencilhar uma trapalhada qualquer num processo. Parece fácil... mas não é.
Foquemos-nos então essencialmente na minha incapacidade de discar números de telefone ou de qualquer outra coisa... que é quase inexistente. Para quem não sabe eu sou disléxica, e tenho uma apetência natural em confundir tudo o que seja número estilo daltónico a tentar adivinhar as cores. O que não deixa de ser irónico, tendo em conta que aprendi a contar muito antes de aprender a ler e a escrever. Tenho memória, ainda que esbatida, de ter 5 anos e, apesar de já saber o abecedário e umas estupidamente rudimentares junções simples de letras, não conseguir escrever o que queria no momento (e de me apetecer bater em alguém por isso =P ). Mas efectivamente, não me lembro de alguma vez não saber fazer contas, já que as minhas escassas memórias anteriores aos 4 anos de idade nada têm a ver com números.
É verdade que também confundo letras, e troco a ordem das palavras da frase, mas os números parecem fazer de propósito para se encavalitarem uns em cima dos outros e se disfarçarem de outra coisa qualquer. Como é que eu não dou em louca? Memória fotográfica. Essencialmente, decoro os símbolos e a sua ordem, e depois é só procurar o mesmo símbolo que, normalmente, está sempre no mesmo sítio. É como tudo: o ser humano adapta-se ao seu meio ambiente e contorna os obstáculos com os truque que conseguir inventar. Normalmente, eu limito-me a procurar o nome da pessoa a quem quero ligar e que tenho o contacto guardado no telemóvel e pront's, assunto resolvido. Mas isso não acontece com os telefones fixos tradicionais... e muito menos com a porra do fax... porque eu decorei o lugar onde estão os números nas calculadoras científicas.
Para quem nunca reparou, em qualquer dispositivo onde temos de discar número, incluindo nas caixas multibanco, geralmente os números estão dispostos de cima para baixo. Nas calculadores científicas e nos teclados dos desktops, os números estão de baixo para cima. (Sim, ao fim destes anos todos e de já não usar gráficos para nada na vida, ainda estimo a minha calculadora científica para as operações mais básicas para as quais necessito de ajuda aritmética.) Pode parecer estúpido, mas da mesma forma que costumo dar marretadas nas caixas multibanco por me fazeres trocar o código de acesso ao cartão de crédito, desespero para mandar um fax. É que se me enganar a ligar para uma pessoa, olha, paciência. Mas enviar faxes com documentação de processo e clientes para a Conxixina, isso é que não pode ser!!
O resultado é que, com medo de fazer asneira, verifico umas cinco vezes se o número que estou a discar é o correcto, e outras tantas enquanto a máquina está a processar a informação e quando o recibo que o fax cospe no fim a confirmar o envio. Eu sei, é uma estupidez... mas ao menos sei que não faço asneira. Claro que, sempre que o receptor está ocupado, ou quando a porra da multifunções enguiça e me come e trilha a papelada toda, fazendo com que demore mais tempo que o normal para mandar o fax, dou por mim com alguém a entrar-me na sala onde está a maquinaria pesada (eu trabalho numa ponta do "estabelecimento" e o fax está na outra), a rir e a perguntar se eu estou com problemas para mandar as coisas... =P A culpa é da máquina, portant's... xD
Bem, confesso que fiquei confuso... com tanta confusão.
ResponderEliminarRealmente não deve ser agradável (provavelmente até é ilegal) enviar dados de um processo para a pessoa errada.
Atualmente só sei 3 ou 4 números de telefone. As listas de contactos servem para isso, ou então não valia a pena criá-las, mas em certas situações pode deixar-nos "agarrados". Se um dia fico sem bateria e preciso fazer uma chamada, nem o número da filha sei (ela também anda sempre a mudar... que se lixe eheheh).
JS - Lol! Confuso...?! A minha vida é mesmo assim =P
ResponderEliminarEu também só sei uns tantos números de telefone... Uma pessoa habitua-se ao seu telegrilo e depois, se se vê sem ele, é um deus-me-livre!! Mas bem, é para isso que eles existem =P