terça-feira, 29 de setembro de 2015

Sunshine Blogger Award

Hoje é dia de desafios!! É verdade que foi um verdadeiro desafio mandar-me de casa quem nem um foguete para o escritório, em dia em que estaria de folga, e que o facto que ser o dia Internacional do Café, de acordo com o Garfield, poderia ter ajudado, caso o café me fizesse alguma coisa...

Mas não é desses desafios que eu estou a falar =) A S. do blog Wildflower nomeou-me para esta TAG e, como boa "respondedeira" que sou, não podia deixar passar a oportunidade. Obrigada S.!


As regras do desafio são as seguintes:
  • Agradecer à/ao blogger que te nomeou e mandar-lhe o link da tua resposta;
  • Listar as regras e exibir o logótipo no blog do TAG;
  • Responder às perguntas;
  • Nomear outros bloggers e notificá-los da nomeação;
  • Criar perguntas para os bloggers nomeados responderem.

E aqui ficam as minhas respostas às perguntas da S.:

1. Qual a tua maior ambição?
Ok, esta é difícil. Acho que soaria demasiado Miss Universe dizer que ambiciono viver de forma folgada, calma, a fazer alguma coisa de realmente importante, blá blá blá, coisas. Mas é isso mesmo. Há muitas coisas que ambiciono, e que estão entrelaçadas umas nas outras. Acho que, resumindo, fico-me por "ser feliz" =)

2. Qual é para ti o maior valor?

Decididamente, ser fiel a mim mesma. Posso estar certa, errada ou assim-assim, posso fazer uma coisa boa que acaba por fazer algum mal, ou fazer uma coisa má para um bem maior. Posso ser a favor de um movimento qualquer, ou "nadar totalmente contra a maré". O que nunca posso deixar é de ser eu. Com as minhas convicções, virtudes e defeitos. E saber aceitar-me tal como sou, antes de esperar que os outros façam o mesmo.

3. Qual a tua música preferida?
Não tenho uma música favorita, acho que é uma coisa impossível =P Tudo depende do momento em que estamos, do que estamos a sentir, do que estamos dispostos a ouvir. Por isso, vou escolher uma música importante, e que é uma das minhas favoritas e que é de umas das minhas bandas preferidas: In Joy and Sorrow, dos HIM. Podem descobrir o porquê aqui ^^ May the music be even in your favor.

4. Consegues definir felicidade?
Humm... nem por isso. A felicidade é coisa de se sentir, mas raramente de se definir. Acho que a melhor de a definir é mesmo com o meu típico sorriso de tontinha. Se o "estiver a usar", pronto, a felicidade está bem por perto ^^


E, de acordo com o poder em mim investido, nomeio para este TAG:

O Tio, do As Cenas do Tio


As minhas perguntas são as seguintes:

1. Consegues definir-te numa frase?
2. Qual a tua memória mais antiga?
3. Se encontrasses a lâmpada mágica do Alladin, seguindo as regras extremamente científicas do Génio, tinhas direito a três desejos, quaisquer que eles fossem, excepto matar alguém, ressuscitar alguém, ou fazer alguém se apaixonar. Assim sendo, quais seriam os teus desejos?
4. E para terminar, uma pergunta extremamente importante: entre batatas fritas de presunto, chouriço, camponesas ou daquelas "normais", quais as tuas favoritas?

Divirtam-se ^^

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Five + 32

Para quem já andou a bisbilhotar nas Cenas do Tio, já sabe o que aí vem. Ele tem o dom de se adiantar a mim a dar este tipo de "notícias" =P

A ausência prolongada durante estes dias teve uma boa razão: o fim-de-semana que passou foi devotado a celebrações: cinco anos de namoro e "mais uns quantos" de idade do Moço ^^ E, como sempre, juntamos as duas datas para fazermos apenas uma e prolongada "festividade".


Na sexta-feira, eu e ele celebramos cinco anos de parvoeira conjunta. É verdade... cinco anos de aturanços mútuos, muita comida saborosa e bolinhos fantásticos, de maus momentos ultrapassados, de boas lembranças, de experimentar coisas novas e repetir antigas, de saber ceder, e de evoluir constantemente.

Infelizmente, tive que ficar o dia todo no escritório, o que nos deu muito pouco tempo para a festarola. Cheguei cansada e tive alguma dificuldade em enfardar o jantar, porque os meus sisos decidiram não gostar de mim durante uns dias, pelo que me deixaram a gengiva em estado de sítio. Ainda assim, trocamos as nossas prendinhas durante o dia (e na noite da véspera, já que havia um Moço muito impaciente...). Fiquei muito contente com as minhas: um livro de crianças para pintar dos Looney Toons em formato chibi/criança, uma caixinha de lápis de cera, 3 sets de mobiliário de para casinhas de bonecas do-it-yoursef (sala de estar, sala de jantar e quarto) e não um... mas quatro livrinhos!!

Ele sabe que eu sempre gostei de pintar e, na verdade, já não me lembro de usar lápis de cera, por isso, foi bem jogado. Quanto às mobílias, foi quase necessário fazer-lhe uns sinais de neon tipo Las Vegas, mas ele chegou lá =P Já os livros são sempre bem-vindos, e ele também sabia que já andava à procura do Frankenstein de Mary Shelley há muito tempo, mas queria uma edição mais antiga (e mais barata, claro está), e ainda tive direito às novelizações dos episódios IV, V e VI de Star Wars ^^


Depois de dar umas "dentadas" na mousse de chocolate que, choquem-se, não fui eu (a pasteleira cá do sítio) que fiz, mas ele (e estava muito boa!!), fomos para o ninho, que no dia seguinte estavam "programadas" diversas actividades.

Bem cedinho, dirigimo-nos para o centro da cidade onde encontramos a nossa querida feira de antiguidades. Aí compramos apenas dois livros, um para cada um de nós, a um euro cada. Em seguida, fomos a outra feira, esta de usados, onde maioritariamente de encontram bancas com roupas, mas que, de vez em quando, assim escondidinha, descobrimos uma com livros. E não é que consegui comprar o último livro do Christopher Morre editado em Pt que ainda não tinha?! Pela módica quantia de três euros, O Anjo Mais Estúpido veio comigo para casa. Ainda que seja usado, está em óptimas condições e poupei onze euros. Já tenho leitura do natal =P

De tarde, fomos vizinhar os "nossos vizinhos" do INL - Internacional Iberian Nanotechnology Laboratory. Durante os dias 26 e 27 deste mês decorreu a 1.ª iniciativa "Portas Abertas" no INL, onde os visitantes tiveram direito a uma visita guiada por parte das instalações, ver pequenas experiências in loco (mais para miúdos) e ainda falar com alguns dos investigadores no INL sobre os seus trabalhos. Escusado será dizer que eu parecia uma verdadeira criança deslumbrada com o lugar. Para além dos laboratórios, e à semelhança de outras instituições europeias, o INL tem um dormitório para os investigadores estrangeiros se instalarem provisoriamente até se conseguirem estabelecer na cidade, e ainda uma creche para os filhos de todos os investigadores. Há ainda espaços de lazer, para descontrair e socializar um pouquinho entre o trabalho.


De novo em casa, fomos plantar os mini pés de alface que compramos no mercado da cidade de manhã. Estamos a começar uma pequena hortinha a varanda. E eu, que nunca plantei o que quer que fosse na vida, estou toda yupi. Até vou comprar um pequeno regador ^^

Ontem, domingo, dia de aniversário do Moço, foi o dia mais calmo de todos. Ele não é de grandes celebrações quando o visado é apenas ele próprio =P Enchemos a pança de empadão e bolo de chocolate de um café aqui perto, que tem sempre doces muito bons, fresquinhos e em conta. De tarde continuamos a "hortar", desta vez couves e salsa. Quanto às prendas... ele abriu-as todas no nosso aniversário, porque é como a canalha e quer tudo de uma vez. E, segundo ele, parece que este ano acertei mesmo em cheio: O Moço recebeu uma caneca toda catita (não que haja disso a potes por cá, mas ele queria uma caneca só dele), uma moldura que parece invocar Tolkien a cada milímetro com uma citação da sua obra, um moinho de pimenta, um cantil daqueles que os senhores chic's usavam para pôr o brandy com um print de um game boy e... pam pam pam! um kit de escavação de dinossauro! Estou mortinha para o ver escarafunchar aquilo tudo e descobrir o bicharoco =P

 

Correu tudo maravilhosamente bem, como podem ver, mas não da forma como tínhamos programado. Este ano, infelizmente, não conseguimos cumprir algumas "tradições" da quadra: não fomos ao cinema, porque não havia nenhum filme que quiséssemos ver em exibição, e não consegui fazer nenhum bolo para as celebrações. Mas, na verdade, algumas tradições são mesmo para quebrar, nem que seja para criar outras. O que importa é que foi super divertido!

Para o ano há mais ^^

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Sou um acidente ambulante, ou como me untei num quente dia de verão

Às vezes dá-me para me lembrar de cada coisa... =P

Como já devem ter notado, tenho um problema craneo-encefálico grave. Aliás, tenho vários. Um deles consiste em, assim que me aproximo de um parque infantil, não conseguir conter-me e lá vou eu como uma seta para os baloiços e os escorregas (excepto quando estão lá miúdos, se a coisa estiver deserta… seta).

Pois bem, um belo dia de verão, fui passear pelo parque aqui perto, onde tem... pam pam pam! um parque infantil, claro está. Estava um calor monumental, e as estruturas do parque, que são de metal, ferviam como um caldeirão de sopa no inferno. Subi as escadinhas do escorrega e, para meu espanto, aquilo era mais estreito do que estava à espera. Afinal não sou assim tão minorca como achava… claro que há sempre a probabilidade de agora fazerem os parques infantis em tamanho mais pequeno. Só pode mesmo ser isso. Lá me enfiei no cimo do escorrega, meia espremida, e dessa forma, com os cotovelos colados ao lados do escorrega que estão lá para a canalha e os adultos-sem-actividade-craneana-suficiente-para-que-a-coisa-funcione-decentemente não caiam que nem tordos da estrutura abaixo. Enquanto descia e me projectava para o infinito (tenho mais peso que as crianças que normalmente se escorregam por lá, ou seja, mais balanço), o que aconteceu assim de forma totalmente inesperada?!!? Raspei os cotovelos todos nas paredes do escorrega. Só alguém como eu seria capaz de não perceber que isso ia acontecer.

Raspanso a alta velocidade em chapa a ferver ao sol é uma coisa hilariante. Um cotovelo nem ficou assim muito mal, mas o outro ficou todo queimado. Não me lembrava de ter uma marca do género há anos. Sempre fui daquelas crianças que são encorajadas a brincar quietas, para não cair, não esfolar nada, não incomodar, não sujar a roupa... essas tretas. As dores resultantes desta maluquice não foram nada simpáticas, afinal, eram de queimaduras, e eu sem pomadas ou coisas equivalentes para o efeito. Até que me lembrei que tenho em casa uma coisa que raramente uso: geleia real. Tenho algumas da Oriflame, de vários aromas. Aquilo é basicamente um creme gordo, feito à base de cera de abelha e óleos vegetais, super concentrado, para os locais mais secos do nosso corpo (ou naqueles que quisermos =P). Meus amigos, foi um milagre! Untei a zona flagelada... e as dores passaram q.b. e as queimaduras cicatrizaram bastante bem. Foi assim uma coisa que me passou de esguelha na mona, mas felizmente fez efeito, e que bom efeito!! Agora, quando me queimo a cozinhar, marino o local chamuscado com geleia real, e pronto!

E o que é que aprendemos hoje? Não voltar a "abrir as asas" em escorregas de chapa que dão para cozinhar bifes. Em caso de descuido, untar a zona com consistência de coirato queimado com geleia real, e seguir caminho de encontro à estupidez seguinte.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Fear of the dark

Não, não vos venho aqui falar da música dos Iron Maiden (mas se quiserem ouvir, fica aqui o link ^^ Eu cá acho que vale a pena darem uma espreitadela/"ouvidela" =P ). Vou mesmo falar do meu medo do escuro. E da estranha maneira como o ultrapassei.

Quando era pequena (isto é, mais pequena, que ainda sou uma "amostra de gente" ^^ ), tive um problema nos ouvidos. Não vos posso dizer, com certeza, o que era, mas foi provocado por otites sucessivas e mal curadas. Claro que, de início, era o "deixa andar" e "isto cura-se". Até ao momento que comecei, progressivamente, a deixar de ouvir. Então a minha avó levou-me a um otorrino. E bem... foi bastante complicado.

O tratamento durou anos e custou uma pequena fortuna. As dores eram... incomportáveis. Se não fosse a diligência da minha avó, agora estaria, muito provavelmente, surda. Foi quase um milagre conseguir salvar o ouvido direito. Ainda assim, ouço bastante mal mas, com o tempo, aprendi a disfarçar. Pode parecer estranho, e não é algo que consiga explicar, mas tenho vergonha da minha fraca audição. É quase como admitir que sou menos que as outras pessoas. Tenho razões para me sentir assim? Claro que não. Mas o ser humano é demasiado complicado para ser definido.

Foi um período negro. Não tenho grandes recordações dessa altura, mas há uma que nunca me deixará. É uma das minhas memórias mais antigas. Deveria ter uns quatro anos de idade. As dores de ouvidos que tinha eram tantas, que acordei a meio da noite aos berros e a chorar de uma maneira que parecia que me estavam a matar. Foram as piores dores que já senti. Já tive dores de dentes, que se ouve dizer por aí que são as mais difíceis de suportar (é curioso que, nestas situações, nunca se falam das dores de parto… mas eu essas nunca senti), mas nada se compara com a sensação de que os nossos ouvidos estão a ser perfurados, esborrachados e feitos em papa, e que, graças a isso, a nossa cabeça vai explodir. Não para mim. Há anos que não sinto nem nada parecido, mas mesmo assim, nunca me esqueci da sensação que aquela dor me proporcionou. E não é uma memória que goste de revisitar.

Lembro-me também que, depois de alguns minutos de berreiro, tomei noção de que estava sozinha e às escuras no meu quarto. As dores eram de tal ordem, que nem dei conta do que rodeava. E tive medo, não apenas das dores, mas da penumbra completa que era o meu quarto. Nessa altura ainda tinha medo do escuro, como muitas crianças dessa idade. Mas as dores eram tantas e tão desesperantes que suplantaram o medo do escuro que, depois disso, nunca mais voltou. Estranho constactar que uma dor tão excrusciante me fez perder uma fobia. Pena foi quase ter ficado surda à conta disso.

Os seres humanos são mesmo estranhos.

Ide masé ouvir a música dos Iron Maiden =P

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Vizinhos de Belzebu, Vol. VIII - Quando o problema é outro

Como sabem, mudei-me para um prédio em que, a maioria dos moradores, são estudantes universitários. Claro que, aquando da escolha para O Covil, tinha perfeita noção que me iria encontrar mesmo "no foco" da festança: com diversos estudantes como vizinhos, e "em cima" de alguns locais de divertimento nocturno/bares, o silêncio não ia imperar pelo local. Mas, como sabem, lá me mudei. Não posso dizer que estou descontente com o novo poiso, mas há alguns aspectos que queria partilhar convosco.

Sim, alguns estudantes são barulhentos e outros não. Os moços do apartamento do lado gostam de pôr música de engate para as moças (não sei se convidadas, se as vizinhas da varanda da frente...), a um nível de decibéis indesejável mas, chegadas as 22 horas, ninguém os ouve mais. Não vou dizer que gosto das músicas que põem a tocar, porque não gosto, mas há que saber ser tolerante. Um dia poderei ser eu a fazer algum barulho/dar um jantar mais animado/pôr a máquina a lavar tardiamente para aproveitar o coiso biorário, e não quero criaturas penduradas em mim, a chatear-me a mona, dois minutos depois. Afinal, são músicas de engate. Claro que se fosse eu a meter Skid Row, independentemente das horas, já sei que iria aparecer alguém (não necessariamente estudante) a queixar-se do barulho, dos pulsos cortados, da adoração do diabo e dos sacrifícios de galinhas pretas... mas adiante. O meu problema não são os estudantes, os dias de arraial (como hoje, mas que desta vez não será aqui na zona), as quartas-feiras académicas, os moços a enganarem-se a tocas à campainha e coisas que tais.

O meu problema são os vizinhos de cima: um casal que, quando se ouve, é em altos berros e com conversas de lavar roupa suja.

Logo nos primeiros dias depois de instalada, houve semelhante berrume que eu acho que andou tudo pelo ar. Não consegui perceber a maior parte da conversa (é uma das desvantagens de ouvir mal), mas foi uma discussão e pêras. Ela guinchava de nervos e ele lhe respondia, e passo a citar: "cala-me a p*ta da bocaaaaaa!!". O resto era barulho de coisas a andar a rasto ou assim e, provavelmente, uma pêra. Eu não consegui perceber, mas o Moço acha que ela apanhou uma estalada ou coisa assim. E tal como começou, a discussão parou. Mais ou menos uma semana depois, aconteceu algo parecido, mas com menos intensidade. Durou uns cinco minutos, desta vez sem fruta (pêras, o futebol não é para aqui chamado =P ) e não conseguimos perceber se eram as mesmas pessoas. Este incidente conta apenas como meio, portanto.

A noite passada, acordei por volta das quatro da manhã, com a mulher aos berros novamente: "Nojento! És um nojento! Nojento! Que nojo! És um nojento, nojento! És um nojento! Porco! És um porco! (Qualquer coisa imperceptível) de quatro! Que nojo! Nojento!". E depois silêncio. Passei algum tempo hoje a tentar perceber o que aconteceu (especialmente onde é que o "de quatro" encaixa nesta história). Percebi que, muito provavelmente, não quero descobrir.

Dois incidentes e "meio". Se voltar a acontecer e perceber que está "a haver molho", podem ter a certeza que chamo a polícia. Quanto ao mais, vou seguir um sábio conselho: usar a vassoura para bater no tecto. Para além do barulho, que não é nada agradável, a situação em si mesma é simplesmente ridícula.

Ao menos os arraiais vêm com bifanas incluídas.




Para verem o post do Moço sobre o assunto, fachabori de clicar aqui.

Para lerem os volumes anteriores destas crónicas, fachabori de clicar aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Recolha de monstros =P

Quando estou na paragem/à espera de boleia, passam por mim coisas muito interessantes. No outro dia foi um miúdo bastante traquinas, e hoje foi... a Recolha de Monstros.

Mas, e o que é isso Nightwisha Maria? É um serviço prestado por diversas entidades públicas responsáveis pelos resíduos em cada município (por cá, isso está a cargo da Agere - empresa de águas, efluentes e resíduos de Braga) que, mediante marcação prévia, vão recolher à casa das pessoas electrodomésticos, mobílias e outros monos que já não usam/estão avariados/estragados e que, por serem de grande porte, acabam por ficar acumulados a um canto ou nas beiras dos passeios. Para clientes domésticos, a Agere presta este serviço de forma gratuita. Quem for daqui e precisar de uma recolha de monstros, pode aceder ao serviço via online aqui. Se forem de outras zonas do país, basta uma pesquisa rápida, que encontram facilmente um serviço similar a este.

Hoje, o camião que passou por mim levava, para aí, uns sete ou oito colchões, todos muito bem amarradinhos. Com o início das aulas aqui na universidade, deve haver muitos monos de natureza diversa por aí. Lembro-me que, há uns anos, foi o mês dos colchões e dos sofás. Todos os dias, havia novos "monstros" desses por aí, espalhados, e nem por isso para recolha, visto que permaneceram onde foram deixados durante dias.

Não sei o que acontece aos "monstros" recolhidos, uma vez que nem todos estão inutilizáveis. Acredito que aqueles que ainda estejam em relativo bom estado, ou que necessitem apenas de um arranjozinho, sejam posteriormente encaminhados para instituições ou directamente a terceiros que precisem deles. De todo o modo, acho uma boa iniciativa. Afinal, é bom para, por um lado, quem se quer livrar de algumas coisas lá de casa, especialmente aquelas que não têm conserto, ou daquelas que são grandes de mais para transportar para onde quer que seja, e por outro, para tentar prevenir o abandono destes grandes monos assim no meio da rua. E diga-se, é bastante divertido ver o camião a passar por nós na rua, com uma faixa que diz, em letras garrafais, "Recolha de Monstros" ^^

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Passaram-me um comando para a mão… e ✇♫☣☠☢ tudo =P

Sempre tive veia de nerd invertebrada, mas não de jogadora. Ou me põem uma coisa estupidamente simples à frente, ou esqueçam lá isso. Sou péssima a carregar em botões. Pelo menos, nos botões certos. Não é intencional, mas troco sempre as teclas e vá… estou sempre a mandar-me de penhascos abaixo e a levar porrada. Os jogos em que me safo relativamente melhor são os tower defense (como o Plants vs. Zombies, sobre o qual já falei aqui), porque o perigo não é assim muito eminente, logo, enervo-me menos e há menor probabilidade de carregar nas teclas erradas/acertar no ar em vez do inimigo.

Isso não impediu que virasse “trabalho de ciências” pessoal do Moço. Ele decidiu que me ia pôr a jogar como deve de ser. Não posso dizer que estou chateada ou triste com isso, pelo contrário ^^ (excepto quando me enervo e quero mandar tudo pela janela). Acho sinceramente que o problema é eu achar que não me safo a jogar o que quer que seja. Sou trambolha, já sei, mas pronto, é como ele diz: no começo, vais morrer mais vezes que a conta, mas depois torna-se mais fácil.

E realmente ele tinha razão. Continuo a enervar-me porque não sei saltar lá muito bem, e passo “séculos” no mesmo sítio para chegar “mais lá acima”, e quando o jogo é temporizado, o nível de enervanço é ainda maior; continuo a atingir o ar e não os inimigos (são eles que me apanham a mim) e a mandar-me de penhascos abaixo, ou seja, passo mais tempo a morrer do que outra coisa. Grito e, de vez em quando, tenho uma vontade súbita e avassaladora de mandar tudo pela janela… Mas já não sou péssima, sou só muito má =P

Acho que o ponto de viragem foi quando o Moço instalou o Castle Crashers, um jogo de pancada com gráficos super engraçados, que um dia "vos mostro". Quase parece uma coisa de miúdos, e eu achei tanta piada que ele me passou o comando para as mãos (é mais fácil jogar com isso do que com o teclado, acreditem no que vos digo, e nas horas que passei espetada contra muros no Colin McRae 2000 e picos para pc com um sistema operativo qualquer que não me lembro, mas que já deve estar mais que ultrapassado). Claro que o campeão que usei já tinha um nível muito acima do inicial, e realmente não morria com muita facilidade. Ganhei-lhe gosto. Um dia, pedi-lhe para me deixar jogar no computador dele, e ele disse que não, mesmo depois de a trambolha aqui lhe ter ensinado como passar o nível da "nave espacial dos abelhos amarelos" que, mesmo depois de horas de tentativas, ele não conseguira. Fiquei de trombas.

Eventualmente, ele acabou por instalar-me um emulador no computador, para poder jogar numa "pseudo" Sega Mega Drive/Nintendo. São jogos muito antigos e relativamente fáceis, como o Super Mario Bros, o Sonic The Hedgehog ou o Tiny Toons Adventures (imagem à esquerda), com gráficos tão péssimos e pixelizados que até é engraçado tendo em conta o avanço tecnológico nessa área, mas a ideia é começar por aqui mesmo e depois passar para coisas mais difíceis. Para já, está a correr bem (tretas, continuo a morrer mais vezes que o Krilin ou o Sean Bean), e estou a tomar-lhe o gosto. E agora estou sempre à espera que ele jogue The Binding of Isaac: Rebirth (o melhor jogo de seeeempree!). Nos próximos eventos/Cons a que for, quero ir para a parte dos jogos de consola. Vou passar uma vergonha descomunal, mas quero lá saber. Agora que penso melhor, não sei se vão ficar a olhar para mim porque sou uma nódoa a jogar, se por ser uma rapariga a jogar. Espero bem que seja pela segunda razão – assim os meus oponentes ficam distraídos a olhar para mim e pode ser que ganhe algum jogo =P

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Travessuras

Ontem, quando estava na paragem, vi um homem passar por mim com um menino pequenino pela mão. Calculei que fossem pai e filho, este último, muito bem acolchoado contra o frio, deveria ter entre dois a três anos de idade. Tinham acabado de sair de um carro que estacionara a poucos metros de mim, ali bem encaixado no espaço onde os autocarros param para apanhar e descarregar passageiros.

Pouco depois de passarem por mim, o menino estacou e largou a mão do pretenso pai. Mal se apercebeu, o homem virou-se para o menino, que automaticamente, e sem dizer uma palavra, se lhe colou à perna e estendeu as mãos para cima. Então o senhor pegou no menino, contornou a amostra de relvado meio selvagem que se encontra à volta da paragem, em direcção ao café ali ao lado.

Não consegui deixar de sorrir ao ver aquela cena, especialmente porque percebi que o menino, provavelmente para além de mimo, queria era ir ao colo, que andar cansa! Mas as crianças são mesmo assim, e não há nada de novo nisso... excepto que, ao ver que eu me estava a rir, o miúdo riu de volta para mim, mas com a maior cara de malandreco imaginável. Se segundos antes parecia uma criança super tímida, naquele momento a cara abriu-se-lhe num sorriso um pouco trocista, como quem diz: consegui que ele me levasse ao colo e tu percebeste! Não deu para evitar rir ainda mais depois da atitude do rapazinho =P

Se os miúdos hoje em dia são uns sabichões, isso não há dúvida. Mas, mesmo que a nossa memória discorde na maioria das vezes, nós também éramos, ainda que com diferenças. Daqui a uns anos, vai haver mais um maroto por aí a fazer travessuras ^^

Já presenciaram alguma deste género? Os várias? Se sim, não se inibam: contem!! =)

domingo, 13 de setembro de 2015

Feira do Livro do Porto 2015 ^^

Ontem foi um dia muito esperado durante quase uma semana: fomos à Feira do Livro do Porto 2015, que este ano se realiza, mais uma vez, nos Jardins do Palácio de Cristal. Eu, que não gosto nada de ir àquele sítio lindíssimo e muito menos de livros (not!), só podia dizer que... adorei ^^

Munidos de sandes, suminhos e docinhos na mochila, lá fomos nós para o Porto. Quando estava a comprar os bilhetes de comboio, tive a sorte de me calhar na rifa o único funcionário de balcão simpático que, ao lhe pedir dois bilhetes para o Porto, me perguntou:
Funcionário da CP: NOS em D'bandada?
Nightwisha Maria: Não... Feira do Livro.
Funcionário da CP: É NOS em D'bandada na mesma! Assim tem desconto e paga apenas dois euros pela viagem de ida e volta. Tem é que usar as duas viagens durante o dia de hoje.
Nightwisha Maria *encantada da vida*: Obrigada!

Como sempre, a CP fez questão de não publicitar a promoção em lado nenhum. Tive mesmo muito sorte em ter sido atendida por aquele funcionário. Para além de que, supostamente, aquela era uma promoção apenas para quem fosse à D'bandada, e não para quem quisesse visitar o Porto por qualquer outra razão, ou quem viesse de lá para Braga. A cultura só interessa em retalhos.

Chegados ao Palácio de Cristal, quase nos perdemos no meio de tanto aparato. São 130 stands de diversas livrarias, editoras e alfarrabistas, mais as actividades que vão tomando lugar pelo local. Fomos dando uma vista de olhos a todas as bancas, mas infelizmente não havia preços convidativos, excepto nos alfarrabistas. Levei uma lista enorme comigo dos livros que queria mesmo encontrar... mas não tive sorte, nem nos alfarrabistas. Até encontrar o stand da Europa-América.

A funcionária que estava lá, que eu acho que já encontrei numa feira do livro em Viana há uns anos, era um amor. Consegui regatear um livro para o Moço menos 7 euros ^^ O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, veio connosco para casa por apenas € 10, e novinho em folha! Com isso, ele ficou com a colecção das obras de Tolkien (edição EA com lombadas douradas) completa =) Entretanto, enquanto tratávamos da transacção, ia olhando para os livros que estavam expostos, mas eram tantos que não conseguia encontrar nada do que queria... então a senhora perguntou-me o que procurava, que assim era mais fácil. E não é que ela sabia do que estava a falar?! Quando não tinha a certeza, perguntava ao colega, que não falhava uma! O homem percebeu, ao ver-me tirar os livros da banca, aquilo que eu procurava. E conseguiu-me uma relíquia! Parece uma coisa de outro mundo, mas hoje em dia, é difícil encontrar livreiros que tenham uma noção mais alargada do mercado. É óbvio que não vão saber tudo, mas dizer apenas "esse livro é muito bom!" só para vender, não é coisa do meu agrado. Um livreiro informado, como podem ver, muda por completo uma compra =)


Ao todo, para mim, gastei  € 27,13 nos seguintes livros:
Crónicas de uma Serva, de Margaret Artood
O Flagelo dos Céus, de Ursula K. leGuin
O Rei que Foi e um Dia Será, versão consolidada, com a obra completa editada por T.H. White, ou seja, quatro livros num só! Foi a pechincha do dia ^^

Foi um pouco puxado, é certo, mas os livros eram novos, são primeiras edições Pt e foram comprados na respectiva editora. Para além de que, como a minha mãe ainda não me tinha comprado prenda de aniversário, vou ser reembolsada xD Só fiquei a "aguar" pelo Um Estranho Numa Terra Estranha, de Robert A. Heinlein, que os senhores da banca não tinham levado com eles para a Feira do Livro. Fica para uma próxima.

Depois disso, fomos dar um passeio pelos jardins, que eu adoro, e tiramos mais algumas fotografias naquele lugar maravilhoso. Para além de ser um lugar extremamente bonito, foi nos Jardins do Palácio de Cristal que fizemos o nosso primeiro passeio juntos. Sempre que lá vou, encontro novos recantos fantásticos, e desta vez não foi excepção ^^



E para comemorar uma última vez, vamos comer pizza caseira da boa e bem calórica para encher a pança à lordes ^^ Bom resto de fim-de-semana para todos!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

When you're just living your life =P

Estou a ficar seriamente preocupada.

Este mês, as minhas contas em redes sociais têm sido invadidas de fotos e notícias devastadoras: é só pessoal a casar. Não vou mentir: abomino a instituição do casamento (por questões pessoais, ainda que não seja contra quem o faça. Cada um sabe de si, e eu sei que não quero casar). Desde muito nova que tomei a decisão de que "casar" não é assinar um contrato. Como a minha avó muito sabiamente diz, não é num papel que se vai encontrar amor. Mas, de novo, esse é um passo que cabe a cada um decidir se está preparado para dar ou não, e quem está de fora só tem que aceitar, quer a decisão seja positiva ou negativa.

A questão que eu coloco a mim mesma, depois de uma pandemia de fotos de amigos e colegas que ficaram noivos, que casaram ou que foram aos casamentos de outras pessoas, tudo isto em poucos dias, é a seguinte: (palavrão) já tenho 25 anos.

É assustador quando dás por ti e vês que, à tua volta, está toda a gente a dar o nó (alguns, talvez, ali pela zona do pescoço... =P ) ou muito perto disso. É um misto de sensações. Por um lado, percebes que já és adulto e que ainda vives como se fosses um miúdo, e isso é bom, porque o que importa realmente é ter um espírito jovem; por outro lado, é como se fosses ficando para trás. Ainda há uma grande pressão social e familiar, na generalidade, sobre a ideia de, chegando a uma determinada idade, a ordem natural das coisas ser casar ("ajuntar" não, apesar de já ser encarada como uma coisa "aceitável", quanto mais não seja porque é mais barato - assim ao estilo tuga hipócrita), ter filhos e todas aquelas coisas que os nossos pais fizeram, talvez até mais novos do que nós.

Certo é que, para aqueles que decidiram e puderam estudar até mais tarde, e investir numa (possível) carreira, tudo isso fica para mais tarde. Mas ainda assim, não deixo de ter 25 anos e, à minha volta, o círculo de amigos/colegas/conhecidos transfigura-se de uma forma assustadora: para os que já terminaram ou estão para terminar a sua formação académica/profissional, o próximo passo é estabilizar... e isso significa casar e ter filhos. Aqueles que decidiram ficar pela escolaridade mínima obrigatória... já têm família. Se assim não for, lá começam as perguntas inconvenientes do "e para quando o casamento?" ou "com essa idade já podiam 'mandar vir' um menino!" e outras tretas que tais. Continuo-o a olhar para mim ao espelho, e ver que não tenho idade para essas coisas. Respeitem a minha opinião, sim? Não tenho pachorra. Já me basta ver fotos de copos de água, e eu toda fogo-de-artifício por ter comprado uma t-shirt de Star Wars.

Devia ser proibido crescer.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

TAG - Certified Bookaholics

Tcharaaaa!! Não sei se gostam ou não de desafios, mas aqui está um. Só que este é especial! Foi criado em colaboração com a C. do O Meu Reino da Noite e o Tio do Cenas do Tio (para quem não sabe, é o Moço ^^ ). E porquê? Porque nos deu na pinha e porque somos, assumidamente, Certified Bookaholics!!


Este TAG não foi criado com regras, por isso acho que cada um pode criar as suas =P Por mim, é só pegarem na imagem do desafio, responderem às perguntas, e nomearem quem quiserem. Eu cá vou nomear as seguintes pessoas:
asminhasquixotadas do As Minhas Quixotadas
Ricardo M.B.B. do contRacapa
S. do Wildflower

E claro, quem mais passar por aqui e gostar do desafio, fachabori de se sentir nomeado também ^^

Aqui ficam as minhas respostas =)

1. O primeiro livro/colecção que te vem à cabeça
Assim de repente, sem pensar, a saga Harry Potter, de J.K. Rowling. Porque sim, tenho sido bombardeada com memes sobre como o filho mais velho do Harry e de outra-personagem-que-não-vou-dizer-por-causa-dos-spoilers ter ido pela primeira vez para Hogwarts no dia 01 de Setembro... e, como sempre, a minha carta continua perdida nos correios... há 13 anos.

2. Um livro que dizes a todos para não ler
Acho que não há nenhum livro que eu diga às pessoas para não lerem. Há alguns de que não achei lá grande coisa, mas aprendi que os que para mim podem ser daqueles livros que nem para usar de apoio de mesa me serviam, para outros podem ser fantásticos. Ou simplesmente tive alguma sorte e ainda não encontrei um livro mesmo muito mau. Excepto O Memorial do Convento... mas esse era de leitura obrigatória, por isso, não conta.

3. O livro mais caro e o livro mais barato que tens (oferecidos não contam)
O livro mais caro foi o Cosmos de Carl Sagan, que me custou 25,24 euros, apesar de cerca de metade desse valor ter sido pago com o saldo acumulado no cartão Bertrand.
O livro mais barato... na verdade foram vários =P Costumo ir a uma feira de usados em Braga, onde consigo comprar diversos livros a 1 euro cada. Mas como tenho de dizer um, então seja o Farpas Escolhidas, de Ramalho Ortigão (uma selecção de Rodrigues Cavalheiro de alguns textos que compõem os 18 volumes de As Farpas, escritas, numa primeira fase, em parceria com Eça de Queirós).

4. Conto de fadas favorito
A Bela e o Monstro, tanto a versão "mais Disney", como a original de Jeanne-Marie lePrince de Beaumont.

5. Top 3 das tuas personagens favoritas (sejam principais ou não)
Não necessariamente por esta ordem:
Levi bar Alphaeus, mais conhecido por Biff (Cordeiro - O Envangelho Segundo Biff, o amigo de infância de Jesus Cristo, de Christopher Moore).
Os gémeos, Fred e George Weasley (saga Harry Potter, de J.K.Rowling).
Jane Eyre (Jane Eyre, de Charlotte Brontë).

6. Top 3 das personagens que menos gostaste (sejam principais ou não)
Não necessariamente por esta ordem:
Sansa Stark (saga A Song of Ice and Fire, do Tio George).
Douglas Tate Barley (As Confissões de uma Adolescente, de Camilla Gibb).
Lord Asriel (trilogia His Dark Materials, de Philip Pullman).

7. Top 3 de lugares que existem só em livros que gostarias de visitar
Arda (da obra de J.R.R. Tolkien)
Hogwarts (saga Harry Potter, de J.K. Rowling)
O País das Histórias (A Verdadeira História de Tom Trueheart, de Ian Beck)
Westeros é um lugar demasiado perigoso.

O País das Histórias, ilustração de Ian Beck (A Verdadeira História de Tom Trueheart, de Ian Beck)

8. Uma personagem que trarias à vida real
Levi bar Alphaeus, mais conhecido por Biff (Cordeiro - O Envangelho Segundo Biff, o amigo de infância de Jesus Cristo, de Christopher Moore).

9. Um livro que te fez feliz
O Guarda da Praia, de Maria Teresa Maia Gonzalez. Foi dos primeiros livros que li e que me impulsionaram para a leitura. Mas para além disso, foi um livro que fez com que me apercebesse do mundo ao meu redor, de um modo subtil mas, ao mesmo tempo, muito profundo. Uma sensação que ainda hoje conservo ao reler as suas páginas.

10. Um livro que te fez chorar
Harry Potter e a Ordem de Fénix, de J.K. Rowling. Acho que todos sabem porquê, e... não vamos falar sobre isso.

11. Um livro que te fez pensar
A trilogia de Os Mundos Paralelos, de Philip Pullman, em especial o terceiro volume, O Telescópio de Âmbar que, dos três, é o meu favorito. Ao início pensava que estes livros seriam um YA com pouca relevância, mas à medida que a leitura foi avançando, a minha opinião foi mudando consideravelmente. Não acho assim tanto que estes sejam livros para miúdos, mas também para adultos.

12. Um livro que te fez rir
Cordeiro - O Envangelho Segundo Biff, o amigo de infância de Jesus Cristo, de Christopher Moore. Este livro também me fez pensar, e muito, mas foi, provavelmente, de todos os que já li, o que mais me fez rir.

13. Pior adaptação cinematográfica de um livro
Decididamente, Game of Thrones. Não quero saber que me digam que sou uma "purista", que uma adaptação é não suposto ser igual, que a história vai dar no mesmo e mais não sei quê. Eu li todos os livros de A Song of Ice and Fire do Tio George já editados (sim, este é o verdadeiro nome da saga, Game of Thrones é o nome do primeiro livro e da série televisiva) e acho que estão a estraçalhar a história. Pronto, não gostei da adaptação.

14. Livro(s) que vais ter que reler
A saga Harry Potter, quando finalmente conseguir comprar o último volume (edição antiga da Presença).
As Confissões de uma Adolescente, de Camilla Gibb
Saga A Song Of Ice and Fire, do Tio George. Um dia, talvez. Se ele não esticar o pernil antes de terminar a história, claro...
Cordeiro - O Envangelho Segundo Biff, o amigo de infância de Jesus Cristo, de Christopher Moore.
E muitos outros... =)

15. Um livro que te vez voltar uma página atrás devido ao choque
A Muralha de Gelo (A Game of Thrones parte II, edição Pt), do Tio George. Li três vezes uma certa passagem, porque não conseguia acreditar que tinha acabado de ler o que tinha acabado de ler. Foi um momento que mais parecia um vácuo no tempo.

16. Um livro que aches que esteja incompleto
Os do Saramago, ou pelo menos O Memorial do Convento, que foi o único que li dele. Falta todo o tipo de pontuação. Ai e tal, mas é a técnica dele escrever. Está bem, mas se for eu, está errado. Para mim, isso é incompleto.

17. Um livro com um final inesperado
The Kitchen Boy: Os últimos dias dos Romanov, Robert Alexander. Só posso dizer que é um livro fantástico em todos os sentidos. Não vou dizer mais para não spoilar o pessoal, mas vale mesmo a pena ler.

18. Um livro que terminou num cliffhanger 
A Estranha Vida de Nobody Owens, de Neil Gaiman, ainda que seja suposto que a história termine em aberto, num momento que faz o leitor quer saber mais.

Algumas ilustrações de Chris Riddell, que podem ser encontradas
em A Estranha Vida de Nobody Owens, de Neil Gaiman

19. Um livro com um final de arrancar cabelos
Drácula, de Bram Stoker. O que é que foi aquilo?! A sério... quero o meu príncipe que "have crossed oceans of time to find me". Não é o Ed. Isso é uma fada. Estou a falar de vampiros vitorianos bem educados, muito chiques e extremamente cruéis, como é suposto serem. Quando cheguei ao último capítulo de Drácula pensei: é agora que vou ter acção, luta e sangue por todo o lado!... nada disso. Vai masé ali para um canto embalar-te contra a parede.

20. Uma citação importante
Sei que vai soar a cliché, mas cá vai.

Citação por Jojen Reed, (A Dance with Dragons, do Tio George).

21. Uma música perfeita para ler
Eu não costumo ouvir música enquanto leio. Mas se escolher alguma, será instrumental, de certeza. Provavelmente, será dos Nox Arcana. Vou aqui deixar a música Calliope, que faz parte de um dos álbuns deles que mais gosto, o Carnival of Lost Souls .

The End

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Random like me #2

Como hoje é segunda-feira, vulgo, o pior dia da semana, decidi alegrar as vossas vidas (e a minha, porque isto vai dar em risota) com factos aleatórios sobre a Je, cumprindo a teoria do egocentrismo que este blog segue.

1. Gosto de dormir.
Para além de gostar muito de gatos, também sou como eles quando se fala em dormir. Eu podia ronhar na cama o dia todo, acreditem. Se há coisa que gosto, é de estar quentinha e aconchegadinha no ninho, a ronhar. Acordar e saber que posso virar-me para o lado e enterrar a fuça na almoçada outra vez... é das melhores coisinhas!

2. Nunca aprendi a andar de bicicleta.
Eu já tive uma quando era miúda, mas com aquelas rodinhas de apoio atrás. Vivia feliz e contente, a pedalar dentro da garagem comunitária do prédio onde os meus pais moram (nem pensar ir para a rua!!). Até que, num fatídico dia, as rodinhas desapareceram. Nunca me consegui equilibrar lá muito bem, e nas curva... já foste! Raspava-me toda naquele chão de cimento como uma profissional. Pouco depois, cresci o suficiente para já não conseguir andar nessa bicicleta, e pronto, acabou a história =P

3. Tenho uma panca por canecas.
Ainda não está científica e patologicamente provado, mas eu sei que a única explicação é ter umas "peças soltas" por aqui, na região cerebral. Eu a-d-o-r-o canecas. Já nem sei quantas tenho, mas são muitas. Muitas, mas não demais. O conceito de demasiadas canecas não existe... Já pedi mais umas de prenda. Eu disse que era patológico =P

4. Fico quase sempre de olhos fechados nas fotos.
E depois tenho que tirar mais. Sou só eu que acho difícil fica imóvel, isso incluindo não mexer as pálpebras, durante uma infinidade de tempo para a foto sair? É incrível como eu aguento com os olhos abertos, e aguento, e aguento... e quando decido dar uma piscadela super hiper rápida... Kachau! Já foste. Ou fico de olhos fechados, ou de um forma muito peculiar que levará aqueles que virem a foto fica com a impressão que andei a fumar umas coisas estranhas à base de "certos fungos".

5. Tenho demasiada preguiça para pintar as unhas.
Juro. Porque se é para as pintar, é para fazer um trabalho bem feito. Normalmente pinto apenas com uma base com um pouco de brilho, e mais nada (não vou para o escritório de unhas pretas, né?). Mas ter que ficar umas duas horas com as gânfias levantadas tipo louva-a-deus, sem poder fazer nada, só para não correr o risco de a unha ter uma marquinha? Não é para mim. (Podem dizer que há vernizes de secagem rápida, eu sei disso, mas secar superficialmente não é a mesma coisa que secar todo o verniz que se tem na unha. Um toque com mais força em alguma coisa, e lá está um risco com a profundidade de uma cratera lunal). Momento ideal para pintar as garras? Quando se está a ver um filme. Mas sem pipocas.

E agora já sabem mais coisas super interessantes sobre mim. Not. E podem sempre dar uma expreitadela ao Random like me #1 aqui. Já sou quase uma celebridade, olaré! Só me faltam as fotos a fazer bico de pato de 5 em 5 minutos no twitter e já sou como a estrábica que é péssima actriz e namorou com o Angélico e cujo nome agora não me lembro.

sábado, 5 de setembro de 2015

Going to grandma's

Quando estou na terrinha, o que não acontece muitas vezes, tento sempre visitar a minha avó. As manhãs de sábado estão reservados só para ela... e para enfardar as toneladas de comida que me põe na frente.

A minha avó é uma pessoa especial. Foi ela que me criou. Vivi com ela até aos 12 anos e posso dizer que tenho uma ligação maior e mais forte com ela do que os meus pais. Para além disso, sou a sua única neta. Por tudo isso, mesmo que tenha que fazer o esforço para me levantar cedo ao fim-de-semana, ou durante os poucos dias de férias que passo por aqui, vou sempre visitá-la encher a pança e passar com ela algum tempo de qualidade.

Eu sei que não sou isenta, mas posso dizer que, com quase oitenta anos, a minha avó é uma mulher bastante moderna e com a mente super aberta. É muitíssimo mais tolerante que muita gente bem mais nova. Consegue compreender que os tempos são diferente e que não é "como os velhos" =P Com ela, não há cá paninhos quentes. O que tem a dizer diz, quer a mim, quer a qualquer pessoa, e quem não gostar, que ponha na beira do prato. Mas é a primeira a dar carinho e uma palavra de conforto quando necessário.

Hoje fui lá mais uma vez. Como sempre, bebi apenas um iogurte líquido ao pequeno-almoço, só para ter alguma coisa no estômago, porque na casa dela é sempre comer até já não caber mais nada lá dentro. E se me deixar ficar um pouquinho mais de tempo?! Não saio de lá sem lanchar primeiro. É curioso que as pessoas mais velhas, provavelmente porque muitas já passaram grandes necessidades, e mesmo fome, oferecem tudo e mais alguma coisa de comer às suas visitas. Já disse à minha avó que, um dia, vou a rebolar pela rua. Ela respondeu logo que isso era um disparate... não me dava comida suficiente para isso =P (Se bem que, com a quantidade de doces, bolinhos e bolachas que ela me dá... não sei não... É uma sorte ainda não ter apanhado diabetes xD). De qualquer modo, não dá para negar: a minha avó cozinha bem que dói. Não há restaurante ou chef que lhe chegue aos pés. É, literalmente, de comer e chorar por mais!

É sempre bom ir lá a casa, a casa onde cresci, e onde sei que, à minha espera, está sempre alguém com quem posso falar, que me apoia e que, às vezes, me dá um puxão de orelhas quando preciso. Não faz apenas bem ao estômago, também faz bem ao coração ^^

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Quando o telefone toca...

Não, não vou falar de telemarketing. Era coisa que dava pano para mangas, mas hoje vou falar-vos da minha experiência como telefonista. É verdade. Lá no escritório já tivemos um senhora que fazia todo o trabalho de secretariado, mas depois de se reformar, ficámos nós a atender o telefone "à vez" e cada um trata das suas cartas e afins.

Já me aconteceu quase de tudo. Vou registar aqui alguns exemplos. Em todas as situações retratadas, a primeira fala é minha, é só seguir a sequência.

Situação 1:
- Escritório de Advogados, bom dia.
- Estou a falar com a Dona XXXXX (que era a senhora da secretaria)?
- Não, daqui é...
Pi pi pi pi pi pi pi (a.k.a. a pessoa desligou-me a chamada na cara).


Situação 2 (com uma funcionária judicial, depois de ter passado por outras duas que não me queriam sabiam resolver o problema):
- Estou a falar para o Tribunal de XXXX, Secção XXXX?
- Sim.
- Estou a falar do escritório XXXXXX, e precisava de uma informação sobre um processo. Será que me podia ajudar?
- Diga o número do processo.
- Ora, é o processo XXXXXXXXXXXX.
- E o que é que quer?
Lá expliquei à pessoa, provavelmente mais que uma vez, já não me lembro bem da conversa, mas sei que passei uns 10 minutos a ser mal tratada por telefone. Sei que precisava de alguma coisa que a pessoa não queria dizer ou fazer. Foi uma luta. Entretanto houve qualquer coisa na conversa que, para a funcionária, não estava a "bater certo" e então perguntou:
- Com quem estou a falar? É a empregada?
- Sou colega.
- Oh Sra. Dra.! Bem... vamos fazer o seguinte ... (E pronto, assunto resolvido, mas por especial favor! Pois.)


Situação 3 (hoje de tarde):
- Escritório de Advogados, boa tarde.
- Estou? Queria falar com a Dra. XXXXXX
- Neste momento a Sra. Dra. não está no escritório.
- É que eu precisava de falar com ela, é muito urgente!
- E é a Dona...?
- Sou cliente dela.
- Sim, mas eu preciso de saber quem é para poder informar a Sra. Dra. quando ela chegar.
- Diga que é a Dra. XXXX, ou só XXXX, também dá.
- Ah, Dona XXXXX, como está? (Já tinha ouvido falar dela).
- Desculpa, mas com quem estou a falar?
- Com uma colega de escritório.
- Oh Sra. Dra.! Já me lembro de si! (Acho que nunca a vi na vida...) Como está?! Olhe, desculpe, não a estava a conhecer... Mas o que se passou foi o seguinte... (e o resto da conversa foi tudo o que de bom e afável que há no mundo).


Gostaram? Eu também. Adorei cada uma delas. E isto é apenas um exemplo. Também já apanhei telemarketing no escritório, mas esses despacho-os bem quando digo que não sou a pessoa responsável pela coisa. Mas o que mais me dá comichões nas entranhas é mesmo saber que só me tratam como uma pessoa quando percebem que sou "senhora doutora". A falta de educação é uma coisa muito triste, não haja dúvida... mas pronto, uns morrem, outros ficam assim. Vai dando para rir.