sábado, 5 de setembro de 2015

Going to grandma's

Quando estou na terrinha, o que não acontece muitas vezes, tento sempre visitar a minha avó. As manhãs de sábado estão reservados só para ela... e para enfardar as toneladas de comida que me põe na frente.

A minha avó é uma pessoa especial. Foi ela que me criou. Vivi com ela até aos 12 anos e posso dizer que tenho uma ligação maior e mais forte com ela do que os meus pais. Para além disso, sou a sua única neta. Por tudo isso, mesmo que tenha que fazer o esforço para me levantar cedo ao fim-de-semana, ou durante os poucos dias de férias que passo por aqui, vou sempre visitá-la encher a pança e passar com ela algum tempo de qualidade.

Eu sei que não sou isenta, mas posso dizer que, com quase oitenta anos, a minha avó é uma mulher bastante moderna e com a mente super aberta. É muitíssimo mais tolerante que muita gente bem mais nova. Consegue compreender que os tempos são diferente e que não é "como os velhos" =P Com ela, não há cá paninhos quentes. O que tem a dizer diz, quer a mim, quer a qualquer pessoa, e quem não gostar, que ponha na beira do prato. Mas é a primeira a dar carinho e uma palavra de conforto quando necessário.

Hoje fui lá mais uma vez. Como sempre, bebi apenas um iogurte líquido ao pequeno-almoço, só para ter alguma coisa no estômago, porque na casa dela é sempre comer até já não caber mais nada lá dentro. E se me deixar ficar um pouquinho mais de tempo?! Não saio de lá sem lanchar primeiro. É curioso que as pessoas mais velhas, provavelmente porque muitas já passaram grandes necessidades, e mesmo fome, oferecem tudo e mais alguma coisa de comer às suas visitas. Já disse à minha avó que, um dia, vou a rebolar pela rua. Ela respondeu logo que isso era um disparate... não me dava comida suficiente para isso =P (Se bem que, com a quantidade de doces, bolinhos e bolachas que ela me dá... não sei não... É uma sorte ainda não ter apanhado diabetes xD). De qualquer modo, não dá para negar: a minha avó cozinha bem que dói. Não há restaurante ou chef que lhe chegue aos pés. É, literalmente, de comer e chorar por mais!

É sempre bom ir lá a casa, a casa onde cresci, e onde sei que, à minha espera, está sempre alguém com quem posso falar, que me apoia e que, às vezes, me dá um puxão de orelhas quando preciso. Não faz apenas bem ao estômago, também faz bem ao coração ^^

2 comentários:

  1. Também cresci com a minha avó, praticamente, e com o meu avô. Enquanto a minha mãe estava a trabalhar e eu não estava na escola ia para casa da minha avó, que era e é mesmo em frente à escola primária onde andei. Ainda vou lá muitas vezes, talvez, quando entrar (se entrar) para a universidade deixe de lá ir mais vezes, mas vai ter sempre aquele calor especial de casa da avó, ah! e da bisavó que ainda está vivinha da silva. :P Eu não encho lá assim muito a pança porque...digamos que...se peço à minha avó alguma coisa para comer, na maioria das vezes tostas que adoro as tostas dela ou da tostadeira dela, não sei...ela diz: Vai fazer! Enfim... =P

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  2. Nunca tive uma ligação forte com as avós. Uma estava muito longe e só muito raramente a via. A outra estava perto, mas, tal como a primeira, estava muito velha e taralhouca. Isto porque fui o mais novo da ninhada e quando nasci os meus pais tinham idade para ser meus avós e os avós tinham idade para serem empalhados. eheheh.
    Na questão da comida, penso que o passado de miséria nos deixa um pouco paranóicos em relação à comida.
    Eu passo a semana a carregar comida para casa e às vezes vejo-me à rasca para a arrumar na arca. eheheh

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