quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mulheres vs homens

De acordo com um estudo demográfico não oficial, estou a tentar perceber os hábitos higiénicos dos meu leitores e seguidores, nomeadamente, as diferenças entre homens e mulheres na hora de irem ao banho. Nenhum ser que, para supostamente poupar água para tomar banho, não lava as mãos quando vai regularmente à "casinha" fazer as suas "coisas" foi pretende ser alvo deste mesmo estudo (...e sim!, existe, pelo menos, um ser que se enquadra nesta categoria...).

Banho Feminino:
  1. Tira a roupa e coloca no cesto de roupa suja, separando as roupas por tonalidade das cores.
  2. Vai para a casa de banho de roupão.
  3. Se se cruzar com o marido no caminho, cobre o corpo e sai a correr para a casa de banho.
  4. Pára diante do espelho e analisa o corpo.
  5. Força a barriga para fora para poder queixar-se que está mais gorda do que realmente está.
  6. De costas, empina o rabiosque para verificar a celulite.
  7. Antes de entrar na banheira, organiza a toalha para o rosto, a toalha para os braços e pernas, a das costas, a de entre os dedos dos pés, etc.
  8. Lava o cabelo com champoo de abacate/mel com 83 vitaminas.
  9. Enxagua longamente.
  10. Repete o processo de lavar o cabelo com o champoo de 83 vitaminas.
  11. Enxagua longamente de novo.
  12. Enche o cabelo com condicionador de aveia e própolis com 71 vitaminas e deixa por 15 minutos.
  13. Lava o rosto com sabonete de calêndula por 10 minutos até que o rosto fique vermelho.
  14. Lava o resto do corpo com sabonete de alfazema e leite de cabra para o corpo.
  15. Tira o condicionador do cabelo. Este processo leva 10 minutos. Ela tem que ter a certeza que todo o condicionador foi retirado.
  16. Depilação de axilas, pernas e área do biquíni.
  17. Desliga a água. Escorre toda a água dentro da banheira.
  18. Sai da banheira e seca-se com uma toalha do tamanho da África Meridional.
  19. Enrola uma toalha super absorvente na cabeça.
  20. Revisa mais uma vez o corpo em busca de detalhes.
  21. Retorna ao quarto com o roupão e um preparado cremoso de rosa-mosqueta com erva-doce espalhado no rosto.
  22. Se encontrar o marido, cobre-se mais ainda e corre para o quarto.
  23. Uma hora e quarenta minutos depois, está vestida e pronta.
Banho masculino:
  1. Sentado na cama, vai tirando toda a roupa, arrotando, p*idando e mandando tudo para o chão.
  2. Cheira as meias e as cueca, para depois lançá-las sobre o montinho formado.
  3. Vai n* para a casa de banho.
  4. Se encontrar a esposa no caminho, balança o "zézinho" imitando um ventilador.
  5. Pára defronte ao espelho para ver o físico.
  6. Encolhe a barriga.
  7. Faz pose de halterofilista.
  8. Verifica o tamanho do "zézinho".
  9. Por fim, coça os "berlindes".
  10. Entra na banheira.
  11. Não se preocupa com toalhas. Se não houver uma de banho, vai a de rosto mesmo.
  12. Lava o rosto com sabão.
  13. Morre de riso com o eco que faz na casa de banho quando se p*ida.
  14. Deixa todo o tipo de pêlos na barra de sabão.
  15. Lava o cabelo com qualquer champoo.
  16. Não usa condicionador.
  17. Faz um penteado punk.
  18. Sai da banheira para ver no espelho o seu penteado punk.
  19. Morre de riso.
  20. Mija dentro da banheira.
  21. Faz toda a vizinhança ouvir quando assoa o nariz dentro da banheira.
  22. Tira o champoo e sai imediatamente da banheira.
  23. Não se dá conta que a casa de banho está toda molhado pois tomou banho sem correr a cortina da banheira.
  24. Quase seco, pára outra vez diante do espelho.
  25. Contrai os músculos e revisa o tamanho do "zézinho".
  26. Coça os "berlindes".
  27. Sai da casa de banho e deixa a luz acesa.
  28. Deixa pegadas molhadas com espuma de sabão pela casa.
  29. Volta para o quarto.
  30. Se encontrar a esposa no caminho, volta a balançar o "zézinho", imitando ventilador.
  31. Dá uma palmada no rabiosque da esposa.
  32. Dá um chuto nas roupas que estão no chão do quarto para um canto.
  33. Quatro minutos depois está vestido, pronto farto de perguntar à esposa se ela ainda vai demorar muito.

E então meus caros: confirmam, desmentem ou nenhuma das anteriores?! Acontece exactamente o mesmo convosco ou nem por isso?! Digam lá!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Zurucucu"

Voltei. A minha vida académica está pelas horas da morte e a minha sanidade mental está por um fio daqueles bem fininhos, mas ainda assim, estou por cá. Nos últimos dias a minha vida tem-se resumido a duas coisas: ou passo o dia a estudar e a sentir-me burra que nem um calhau com dois olhos míopes, ou passo o dia com a cara enterrada na almofada porque tenho uma dor de cabeça global.

DIP continua a dar comigo em doida. Quando penso que estou a começar a perceber como aquilo funciona, aparece um caso que é excepção à excepção da excepção da regra e já está tudo f*dido outra vez. Depois é a sinusite que se lembra que ainda não me martirizou o suficiente e até me põe os dentes a doer. Sinto-me aborrecida e cheia de problemas, como a vida em hiatus por uma razão um pouco, vá... estúpida.

Apesar de tudo, tenho uma reunião do Pedagógico da ED do qual ainda faço parte (onde vou encontrar o ser que lecciona DIP), tenho também de procurar casa para o próximo ano lectivo, e tentar arranjar nem que seja um part-time para conseguir organizar-me financeiramente para os próximos tempos. Se estiver a contar com bolsa de estudo, bem que fico na real paxórdia. Quem disse que vida de estudante era fácil, merecia um excerto de porrada só porque sim.

Quero férias a sério. Quero poder sair para a noite e só voltar a casa de madrugada. Quero andar com a minha vida para a frente de uma vez por todas. Quero dar um tiro na stora de DIP. Já agora, quero ganhar o euromilhões e ser rica. Resumindo: estou a ficar zurucucu da cabecinha... --'

sábado, 25 de agosto de 2012

Petições e pan*leirices...

Esta tarde contaram-me uma coisa bastante perturbadora. Perturbadora, sim, no mínimo. Eu bem sei que hoje em dia todo e qualquer anormal é capaz de fazer uma petição sobe todo e qualquer assunto, pois mais absurdo que seja... mas acho também que há limites para a idiotice humana.

Não sei onde podem encontrar a petição perturbadora em questão, até que nem perdi tempo com uma coisa dessas. Todavia, só mesmo um trio de frustrados se lembraria de querer banir os Xutos e Pontapés dos festivais nacionais, só porque aparecem em quase todos. Nunca me viram fazer o mesmo para o Quim Barreiros deixar de ir ao Enterro, pois não?! (Sim, confesso, não gosto nada do homem, e abomino completamente a música dele, mas isso não me dá o direito de ser parvalhona, pois não? Gostos são umas coisa, fazer petições é outra).

Tinha que tirar isto do sistema. Pront's. Se não gostam, não vão ou então "tapem os ouvidos" como já me disseram quando informei um ser que cantava mal como tudo (era a cantoria e os telefonemas de madrugada...). E depois ainda querem mais música em português, quando são vocês que chutam as pessoas?! Vão-se matar.


P.S.: Também vou começar a fazer petições a torto e a direito. A primeira vai ser mesmo banir o Twilight de todo o universo. Vai ser um início sangrento, mas alguém tem que o fazer...

Update: O foufinho rectificou a informação que me deu. Os seres frustrados que criraram a petição não querem que os Xutos deixem de ir aos concertos (apesar de ser essa a intenção) Eles querem que a banda deixem de existir. AAAAAAAAAAAAAAAAAA! Tinha que gritar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"Não pirilhamparás a mulher alheia"

Mantendo, de certa forma, a temática, à conta das "resmas, paletes e cataplanas" de coisas meias estúpidas, lembrei-me de algo até bastante silly, mas não necessariamente desta season.

ISTO:



Desafio os meus leitores a não se rirem com isto. Acredito até que seja possível levar alguns de vós às lágrimas.

Tenho a dizer que este humorista não é, de todo, um dos meus favoritos, mas este video (parceal) do sketch acerca de um determinado ser com asas e com uma luzinha no c* é memorável (podem ver o sketch completo aqui).

E por hoje é tudo xD

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Banco da 5.ª dimensão

Hoje à hora de almoço fui ao banco fazer um pagamento, e tive a experiência mais bizarra e mais de 3.º, 4.º ou 5.º grau de sempre...

Chegada ao local, estavam pessoas a ser atendidas em dois balcões, no primeiro duas senhoras com uma certa idade, no segundo um senhor. Assim que as duas avózinhas saíram, o moço que as estava a atender veio ter comigo e tivemos a seguinte conversa:

Funcionário: Bom dia, vinha fazer um pagamento?
Eu: Sim, sim, vinha pagar esta factura (e mostrei o papel ao moço - uma factura da Oriflame)
Funcionário: A senhora tem multibanco?! (notou-se que ele estava a tentar descobrir se eu tinha idade suficiente para ter, efectivamente, uma conta em que já tivesse idade para movimentar)
Eu (como quem não entende a lógica da pergunta): Sim...
Funcionário: Não quer ir lá fora e utilizar a caixa multibanco? (Pelo que depois de ver a minha cara de tacho, completou) Prefere ser atendida aqui?
Eu: Sim, prefiro. É que vocês dão um papelinho que a máquina não dá e, por vezes, após efectuar o pagamento, o sistema informático da empresa não assimila o mesmo (coisa que já me aconteceu). O papelinho da máquina, com o tempo, tem a tendência a perder a tinta, e caso tenha que enviar o comprovativo de pagamento para a empresa, posso não ter como o provar.
Funcionário: Pois... (e sorriu). Então aguarde um pouquinho por favor, que um colega há-de atende-la.

Não sou assim tão idiota de não saber usar uma caixa multibanco. Apesar da simpatia do rapaz, acho que de início tomou-me por uma miúda de 15, como fazem quase todos. Mas depois daquele leve sorriso, percebi duas coisas: um, que ele entendeu que não sou, efectivamente, idiota de todo para saber o que me salvaguarda mais em caso de as coisas não funcionarem lá muito bem; dois, aquilo já não deve ser a primeira vez que acontece e eu cá não estou para pagar duas vezes a mesma coisa.

Após isto, noto um palhaço que, muito subtilmente, se pôs na minha frente na fila. Outro que pensou que tinha 15 anos e que se achava dono no pedaço. Como não estava para armar uma chinfrinada no banco, tomei nota mental de o deixar ficar mal depois de ser atendido. Com toda a naturalidade declararia "para a próxima, talvez não fosse pior respeitar a fila e não passar à frente de quem já cá estava antes de si". Bem sei que não adiantava de nada, eu bem na fotografia sem ser barraqueira. Por esta altura, o senhor que estava a ser atendido quando cheguei ainda lá estava.

Eis senão quando entra uma outra funcionária de banco, uma verdadeira trombuda mal encarada, e eu, que nem uma flecha, fui para o balcão que ela foi ocupar. Mas não é que a máquina de contar dinheiro encravou e ela nem sabia quanto dinheiro lhe tinha dado para a mão e que, ainda por cima, lhe faltavam 10€?! Eu, que já estava a ver a minha vida andar para trás, só pensava que ela me ia dizer que lhe tinha dado dinheiro a menos... Por acaso, com ajuda do funcionário do balcão ao lado, sem tentar dar nas vistas (mas eu não sou parva...), lá resolveu o problema e vim-me embora com tudo direitinho.

Para meu deleite, o parvalhão supra referido, o mesmo que tentou ser mais esperto que a rapariguinha de preto que estava à frente dele na fila e que ele imaginou ser uma pitinha tonhó de 15 anos, saiu do banco antes mesmo de ele ter sido atendido, permanecendo na fila. À espera.

(Ups... Não era suposto dizer qual era o banco... xD)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Silly Season

Depois de tanto ouvir falar do que a Silly Season seria, decidi finalmente perquisar sobre uma assunto que, apesar de ter um nome super engraçado, nunca ninguém teve o discernimento de me explicar o que era. De acordo com este artigo (bastante silly até, o qual recomendo leitura completa), atribui-se a denominação de "Silly Season" à época do ano, coincidente com o "pico" das férias de Verão, que é pobre em factos e eventos dignos de cobertura noticiosa. Esta escassez informativa, que usualmente se associa às férias dos parlamentos e governos nacionais, obriga os órgãos de comunicação social a noticiarem toda e qualquer "bagatela".

Ora, se todas essas piriguetes como a Lili Canecas ou a Lukciianonce Abreu têm os seus momentos extremamente foleiros e um nadinha tristes, porque é que eu não hei-de ter?! Primeiro, estou resmas, paletes, cataplanas bastantes níveis acima desses seres, também quero ter direito à minha silly season.

E assim, aqui vai uma lista dos factos mais absurdos e totalmente random acerca de minha fantástica pessoa:
  1. Adoro andar descalça em casa. Também o faria na rua, se tal coisa não me valesse uma estadia prolongado num sanatório qualquer. Sou como a Gabriela: "sapato não!";
  2. Não me importava nada que o dia tivesse 48 horas, para poder dormir durante 24 delas;
  3. Sou uma pequena Rainha da Sabá em potencial (diz o foufinho, que passa a vida a queixar-se que eu só o quero para cozinhar para mim e me fazer massagens);
  4. Apesar de ser magrinha, passo a vida a enfardar de tudo o que seja mais calórico e docórico que exista, algo que faz a minha querida Pops dizer "sua pu*ah, passas a vida a comer chocolates... havia de te ir tudo para o c*!!";
  5. Sou uma pessoa um nadinha friorenta. Até no verão tenho que dormir com pelo menos um ou dois cobertores para me sentir bem quentinha;
  6. Adoro desenhos animados. E pront's;
  7. Bebo leite pelo pacote. E há conta disso a minha mãe sobe paredes e tem ataques anabólicos sempre que me apanha;
  8. Acabei de me aperceber que tenho uma Everest de loiça por lavar na cozinha, que só me apetece mandá-la pela janela fora.
 

Nota: Relativamente ao ponto 4 da minha Silly List, todo o seu conteúdo narra a absoluta verdade, até a citação na mesma. Não se enganem, a Pops é uma fofa, apenas tem um modo especial de explicitar o quanto gosta de nós =)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Chocolate e livros, livros e chocolate ^^

Pessoas, tenho uma coisa muito importante para lhes transmitir!! Eu bem sei que o meu aniversário já foi, mas uma pessoa com as prendas é como o natal: é quando o homem quiser! =P

Onde descobri um sitio fantástico onde podem procurar coisas para me oferecer, o The Chocolate Library. Combina duas coisas que eu adoro: chocolate e livros. Podem personalizar a prendinha, e combinar vários item. Gostei, adorei, quero. Estás a ouvir foufinho?! ^^

Entre as possíveis prendinhas que podem dar (a mim, por exemplo =P), existem barrinhas de chocolate, em que podem escolher qual o tipo de chocolate e a mensagem que impressa nesta que querem oferecer. Existem alguns modelos pré-existente, desde simples letras singulares a temas especiais como aniversários, dias festivos, pessoas especiais. Também estão disponíveis todo o tipo de coisinhas que podem ser combinadas numa prendinha especial: canecas, marcadores de livro, cadernos e agendas, e livros!! (apenas em inglês, infelizmente).

Para aqueles mais distraídos ou preguiçosos, o site já providencia packs de items prontinhos para entrega. E já que estamos aqui (foufito, toma nota...!!), aqui estão os meus favoritos:

Este: um kit composto por uma barra de chocolate (gosto de todo o tipo de chocolate, desde que não tenha nozes ou avelãs ou outros recheios do género, ficam já a saber ^^), um marcador e uma canequinha.


E este: um mini kit de bibliotecário!! ^^ É composto por fichas para os livros, carimbo, tinta e um lápis. Ai quero, quero, querooooo!!

Foufinho, ainda estás aí?! Já sabes o que me dar pelo natal. Fico à espera (muito impaciente), sim?! ^^

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Luas e Praias

Ultimamente tenho dedicado algum do meu pouco tempo disponível aos livros. Não estou a falar dos manuais da universidade, porque eles já me têm dado muito que fazer e vão continuar a dar durante algum tempo ainda. Estou a falar dos "livros a sério".

Comecei a dedicar-me à leitura há alguns anos, aliás, esta minha relação com os livros já me acompanha por metade da minha vida. Enquanto hoje vasculhava as minhas estantes, descobri as duas narrativas que me fizeram amar ler e querer sempre mais um amigo-livro: A Lua de Joana e O Guarda da Praia, ambos de Maria Teresa Maia Gonzalez. Devia ter uns 11 ou 12 anos quando os li, naquele verão de férias de 2001, e agora com 22 sei que mudaram a minha vida.


O primeiro fala-nos da droga, de pais ausentes, de ser importante estarmos atentos a nós e aos outros, dos outros estarem atentos a si e a nós, de revolta, de perdão. Acima de tudo, acho que é uma história de solidão. Identifiquei-me muito com a Joana quando o li, por ser filha única, por não ter grande atenção de ninguém, por ter uma avó que sempre foi um pilar na minha vida. O segundo é sobre descoberta, sobre o mar, sobre uma viagem ao mais fundo de nós mesmos, sobre sonhos, sobre amizade descomprometida e com um fim anunciado pela distância, que permanece longe da vista e perto no coração. Queria ser como a "Concha", ir para um lugar longe, novo e desconhecido, e viver quase uma outra vida.

Ambos me fizeram rir, e ambos me fizeram chorar. Os livros são uma forma de viajar e viver mil vidas. Acho que foram também estas narrativas que me fizeram querer um dia contar as minhas histórias. A escrita da autora é simples e fluída, com poucos mistérios e que toca bem cá dentro. Recomendo a toda a gente que quer crescer ou que já cresceu.



"Acabou de ler e, quando ia pousar as folhas sobre a cama, a mulher abriu a porta do quarto.
- Que é isso? - perguntou baixinho, a medo, como se não quisesse saber a respostas.
- São cartas... da Joana. (...)
Desapertou a correia do relógio e pousou-o devagar sobre a mesinha. Agora, tinha todo o tempo do mundo. Para quê?"
in A Lua de Joana

"Querida concha:

No mar existem muitas conchas. Umas bonitas e boas, e outras más e feias.
Procurei as conchas boas, e não as encontrei. Estavam partidas ou riscadas. Cortavam.
Até que, um dia, a maré trouxe até mim uma concha. Colorida e transparente. Essa concha abriu-se e eu sentei-me lá dentro. Para sempre."
in O Guarda da Praia

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Já comecei a elaborar a minha lista de prendas para o natal...

A partir do dia de hoje temos mais um elemento no grupo "desejo ardentemente receber este natal no sapatinho a privatização da CP". Se calhar, alguém devia criar uma página do género no Facebook, just saying...

Esta manhã uma amiga minha foi simplesmente mal tratada por um dos funcionários que "picam" os bilhetes dos passageiros. Para além de ter estado uma hora à espera de ligação na estação de Campanhã, teve direito a ser expulsa aos berros quando entrou no comboio errado por engano. Depois dirigiu-se ao balcão para lhe trocarem dinheiro, e disseram-lhe para ir às bilheteiras fazer isso, apesar de só 3 estarem a funcionar, com filas descomunais, e apenas uma delas ser para os comboios urbanos. Se podia ir às máquinas?! Podia, se elas estivessem a funcionar (e calha agora dizer que, maioritariamente, para não dizer sempre, não têm troco para dar).

Fiquei aparvalhada. Já presenciei cenas degradantes, entre um funcionário da CP de Famalicão me tentar enganar e sacar o dinheiro de outro bilhete, a um outro "pica" quase insultar uma senhora com alguma idade por esta não ter dinheiro trocado para pagar o bilhete dentro do comboio.

Sugeri que a minha amiga fizesse queixa de como foi tratada por aquele fulano rude, mas tendo em conta que já por uma vez a mandaram à fava, ela não acreditava que fizesse "grande mossa". Sugeri então que, depois de mandar a carta de reclamação à CP, em que poria toda a sua indignação e frustração com a palhaçada de serviço que eles não disponibilizam, enviá-la ainda para os media. O que eles mereciam, é que as pessoas fizessem greve da CP, para variar, todavia não seria nada fácil. Eles abusam porque sabem que os utentes não têm alternativa, e por isso pensam que fazem o que querem com eles. Pelo menos, por um dia, acho que os cidadãos que pagam os impostos e pagam ainda os salários dos funcionários desta empresa, que já estão em greve há cerca de dois anos, deviam fazer uma manguito à CP e não haver viva-alma num comboio.

Enfim... seres. Deviam levar um par de bofetadas cada um. Ou doze.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Coisinhas da minha mãe =)

Antes de mais, já levei "a minha pica". As vacinas do tétano já não estão esgotadas. O que vale é que é só uma de 10 em 10 anos, apesar que a minha mãe teimou que quer que eu faça umas análises ao sangue... Enfim.

Pode ser que ela se esqueça, até porque anda super entretida com a sua nova "profissão". Infelizmente a minha mãe não tem emprego neste momento. É velha de mais para trabalhar, mas nova de mais para se reformar. Blá blá blá. Toda a gente já conhece a história. Ao cabo que bastante tempo sem actividade profissional, e já com a paranóia de que não tem nada para fazer, decidiu arranjar uma coisa para a manter ocupada e fazer alguns troquinhos.

E não é que a mulher tem montes de ideias?! Sim tem, e está toda contentona com os projectos dela, e eu estou super contente por ela. Agora, dedica-se a fazer todo o tipo de coisinhas com feltros, tecidos e crochés, desde carteirinhas, bolsinhas e colares, até pregadeiras, porta-chaves ou outros acessórios. Até a tenho ajudado e tudo, a trabalhar com ela e a dar ideias para as próximas coisinhas. Quando as coisas estiverem bem encaminhadas, aproveito o meu espacinho aqui e faço publicidade altamente descarada e conto que vocês repassem também ^^

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ameixas e chocolate ^^

Esta tarde decidi fazer uma experiência. O foufinho já me tinha dado na cabeça nem sei quantas vezes para fazer mais um docinho. Na verdade, ele diz-me para confeccionar uma coisa nova todos os dias. E também quer que as mande pelo correio =P

Ora desta vez o que inventei foi um bolo esponja com ameixas que nos deram. Mantive a coisa simples desta vez, mas ver se não acabava em asneira. A ideia era fazer um bolinho de baunilha, simples, tipo bolo de caneca em tamanha maxi (usei 6 ovos e as respectivas quantidades adjacentes).


A parte de cima ficou meia esquisita, mas isso aconteceu porque o interior do bolo estava mesmo muito quente, e acabou do deitar por fora. Depois cortei o docinho a meio, no sentido longitudinal, e recheei com um preparado de chocolate que passo a descrever:
  • 3 colheres de sopa de açúcar
  • 3 colheres de sopa de leite
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • 5 colheres de sopa de chocolate em pó ou em barra
E coloquei ameixas vermelhas cortadinhas em quartos. Aos anos que não comia daquilo...!!


E finalmente cobri o bolinho, e pus por cima deste o que restou do recheio de chocolate e das amoras:


Agora, para finalizar... vou masé provar uma fatia!! ^^

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Silver

Esta manhã recebi uma mensagem da Inês, e quase conseguia sentir a euforia que ela sentia quando a escrevia. Era um simplesmente "Ganhamos a medalha de prata na canoagem :D".

Ao início fiquei confusa com tamanha alegria. Também era muito cedo e ainda estava meia a dormir. Mas a verdade é que depois percebi: de todos os atletas que temos no nosso país, esta dupla foi a única que, até agora, conseguiu uma medalha. E são, porventura, dos que têm menos apoios.

E depois lembrei-me de uma coisa super flagrante: temos muitos jogadores de futebol, e bons por sinal, mas que não ganham absolutamente nada. Nem juízo. Não me lembro de ver nenhum deles chegar ao aeroporto com taça alguma. Têm todos muita garra e força ou que quer que seja, todavia isso não chega. Ainda assim, têm direito a ordenados milionários, prémios e condecorações todas XPTO. Os outros desgraçados que fazem das tripas coração e têm um "trabalho durante o dia", recebem, na melhor das hipóteses, uma bandeira.

Acho que devíamos todos muito orgulho na nossa medalha de prata. Eles conseguiram, e nem precisaram de dar uns pontapés na bola enquanto faziam um spot publicitário.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Crónicas dos Vizinhos de Belzebu, Vol.VI - A selva

Esta manhã acordei às 10:30 da manhã, mais coisa menos coisa. Não, não tive que ir a nenhum lado nem tinha qualquer compromisso. Foi o estupor do meu vizinho do andar de cima e todos os outros animais da selva seus amigos.

Agora que vivo apenas na minha terrinha e deixei a casa onde morava em Braga (curiosamente não pela vizinhança, mas pelas pessoas que viviam no apartamento comigo. Para além de ter sido um modo de poupar algum dinheiro durante as férias, também não tenho que levar com a falta de educação de quem, supostamente, já se devia comportar como adulto. Mas isso são histórias para outro dia...), pensava que encontros do 3.º grau como os da Touro Rosa tinham terminado. A questão é que me enganei.

O fulaninho que vive no apartamento de cima sempre foi choné da cabeça, como podem verificar nos volumes anteriores destas Crónicas. Uma altura até perguntou à mulher se achava que vivia na selva, no meio dos animais. Todavia, a única coisa que conheço por selvagem por este lados é ele mesmo... E nos últimos dias, têm recebido em casa toda uma cambada de parentes animais, deste adultos aos berros a crianças a correr e a fazer trinta por uma linha, quer nas escadas, quer no apartamento. Ou seja, sossego tem sido um mito por estes dias.

Tenho pena de, se for fazer queixa do barulho e pedir por um pouco de respeito, me tomem por idiota. O mesmo já me acontecia no apartamento em que vivi 3 anos em Braga sem nunca, aparentemente, chatear ninguém. Mas também não se fazem seres humanos como antigamente, por isso não é de admirar. Posso sempre chamar a polícia, visto que a Lei do Ruído mudou, contudo os meus argumentos não são grande coisa. Para um comum mortal posso sempre deitar-me mais cedo, acordar mais cedo, e simplesmente não estudar para o teste de DIP que tenho em Setembro, o qual decidirá se é desta que termino o curso ou não. Prioridades, como podem ver.

O que ainda me salvou foram os tampões que comprei há uns meses quando ainda andava e tentava dormir por Braga (sim, cheguei a esse cumulo para conseguir estudar e descansar, por isso podem imaginar o nível que aqueles criaturas com quem partilhava a casa têm...). Enfim... haja paciência...

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Vacinas não são sempre, só às vezes...

Esta tarde fui com a minha mão ao médico, porque ela tem andado com dores no pulso. Como seria de esperar, não se sabe de nada em concreto. Aproveitei que lá estava, e apresentei-me para levar a minha vacina do tétano.

Odeio agulhas. Sempre que tenho que tirar sangue ou "levar uma pica", faço cenas tristes tipo canalha pequena. A culpa foi de uma técnica de saúde que devia ter sido contratada para trabalhar num matadouro e quase me matou. Era pequenina, e estava um pouco assustada, como seria de esperar. A tipa agarrou-me o braço com força e espetou-me a agulha como quem o faz numa vaca ou num porco. Com o medo e a dor, fugi com o braço e quase parti a agulha que, se entrasse para a corrente sanguínea... não ia correr nada bem.

Qual não é o meu espanto, quando pergunto se posso ser atendida por algum enfermeiro para receber a "pica", a senhora da recepção disse-me que as vacinas estavam esgotadas, e que não havia problema nisso que, caso eu tivesse algum problema com a matrícula, que me passavam um papel como tinha recebido a vacina, e que depois tinha tempo de a ir lá tomar. Após isto, só me apetecia bater em alguém. Em que país pseudo-desenvolvido as vacinas estão esgotadas, as mesma que todos os cidadãos como eu pagam e não as recebem?! E a lata da mulher que não tinha problemas em me passar um documento fraudulento a atentar que eu tenho as vacinas em dia quando não é verdade?! Saberá ela que isto pode tornar-se um caso de saúde pública!? Parece que não.

E depois há uma questão: uns profissionais de saúde dizem-me que não tem problema se falhar a data para receber a vacina do tétano, outros que se isso acontecer, tenho que começar o processo de novo e levar não uma "pica", mas três. Sistema nacional de saúde da treta... Coisas destas não acontecem em Portugal, só na Portugalândia...

Estou revoltada. Acho que vou escrever umas cartas, nem sei bem ainda para quem. Apetece-me pegar num megafone, ir para a televisão, fazer trinta por uma linha. Estou revoltada e pronto.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Dependente

Hoje a luz falhou. Não foi só em minha casa, e não sei que zonas afectou ao todo, mas no meu prédio era coisa que não havia. Quando a minha mãe chegou a casa e pensou pôr a máquina de lavar roupa a funceminar, pensou que a dita tivesse falecido de vez ao cabo de uns bons 15 ou mais anos, e quase entrou em pânico.

E depois eu pensei: o que diabo vou eu fazer se não tenho luz?! Não posso ligar a tv, não posso ligar o portátil (cuja autonomia ronda os 15 minutos, num dia muuuuiito bom), não posso usar nenhum electrodoméstico, nem sequer o candeeiro se entretanto escurecer. Se ficar sem bateria, ficarei incontactável porque não vou poder carregar o telemóvel. E o frigorífico pode transformar tudo o que tem dentro numa desgraça. Pouco tempo depois a electricidade voltou, mas o serviço net-cabo-telefone ainda demorou umas horas para se restabelecer.

Tudo isto pôs-me a pensar: hoje em dia estamos dependentes de tudo e mais alguma coisa que nos rodeia, e praticamente todos os aparelhos que nos prendem a si necessitam electricidade. Uma tarde de pura leitura para mim não é problema nenhum, mas saber-me isolada do mundo é. Quando nasci não havia nada destas modernices, aliás, eu ainda sou do tempo em que somente existiam dois canais de televisão. Tanto quisemos evoluir e tal, que agora vivemos presos e viciados às nossas invenções. Já não consigo viver sem internet ou telemóvel, quando dantes nem sabia o que isso era. Irónico, no mínimo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Batedeira 2.0

Tal como já vos tinha dito ontem, infelizmente a prendinha que o foufinho me comprou vinha estragada. Era uma daquelas batedeiras que faz quase tudo sozinha, e que vem com uma taça rotativa. Que não rodava. Dirigi-me à Worten aqui da terrinha, falei com os funcionários que, por acaso, eram super simpáticos (fui atendida por 3 pessoas, em secções diferentes, e todos eram muito bem dispostos, coisa que não se encontra lá muitos nos dias de hoje...), e trocaram-me a máquina.

Hoje foi dia de experimentar a menina. Tenho que lhe dar um nome, já que vai trabalhar bastante nas minhas mãos, tendo em conta o quanto eu (e o moço também...! =P) gostamos de docinhos. Para a inauguração da batedeira nova, decidi fazer uma coisa nova: massa de brownies com mousse de chocolate por cima. Aqui fica a receitinha:
  • 225g de farinha
  • 225g de manteiga amolecida
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 5 colheres de sopa de chocolate em pó
  • 225g de açúcar
  • 4 ovos
  • umas gotas de essência de baunilha
  • nozes picadas
Aquecer o forno a 180.º C, ou posição 4 (se for a gás). Untar uma forma com manteiga e farinha. Bater a manteiga com a açúcar até formar uma massa fofa e clara. Depois adiciona-se os ovos e a essência de baunilha, e bate-se mais um pouco. Junta-se a farinha e o fermento, aos poucos, e finalmente o chocolate em pó. Para terminar, adiciona-se as nozes picadas, deita-se a massa na forma e leva-se ao forno por cerca de 30 minutos (é mais a olho que outra coisa =P).

Desenformei o bolo, retirei a parte de cima (que o centro cresceu imenso e dos lados nadinha), e deixei arrefecer num pratinho. Assim:


Depois fiz a mousse de chocolate que podem ver aqui, mas em menor quantidade, para poder ficar do bolinho e não transbordar. Umas horitas no frigorífico e foi a sobremesa de hoje. Assim:


E, após algumas dentadinhas mais curto, aqui está a vista panorâmica à minha invenção doce de hoje:


Se acham que é bonito, nem imaginam o bem que sabe. Ai, como sabe...!! Experimentem, não vão ficar desiludidos se adoram chocolate. Eu não fiquei ^^