terça-feira, 21 de agosto de 2012

Banco da 5.ª dimensão

Hoje à hora de almoço fui ao banco fazer um pagamento, e tive a experiência mais bizarra e mais de 3.º, 4.º ou 5.º grau de sempre...

Chegada ao local, estavam pessoas a ser atendidas em dois balcões, no primeiro duas senhoras com uma certa idade, no segundo um senhor. Assim que as duas avózinhas saíram, o moço que as estava a atender veio ter comigo e tivemos a seguinte conversa:

Funcionário: Bom dia, vinha fazer um pagamento?
Eu: Sim, sim, vinha pagar esta factura (e mostrei o papel ao moço - uma factura da Oriflame)
Funcionário: A senhora tem multibanco?! (notou-se que ele estava a tentar descobrir se eu tinha idade suficiente para ter, efectivamente, uma conta em que já tivesse idade para movimentar)
Eu (como quem não entende a lógica da pergunta): Sim...
Funcionário: Não quer ir lá fora e utilizar a caixa multibanco? (Pelo que depois de ver a minha cara de tacho, completou) Prefere ser atendida aqui?
Eu: Sim, prefiro. É que vocês dão um papelinho que a máquina não dá e, por vezes, após efectuar o pagamento, o sistema informático da empresa não assimila o mesmo (coisa que já me aconteceu). O papelinho da máquina, com o tempo, tem a tendência a perder a tinta, e caso tenha que enviar o comprovativo de pagamento para a empresa, posso não ter como o provar.
Funcionário: Pois... (e sorriu). Então aguarde um pouquinho por favor, que um colega há-de atende-la.

Não sou assim tão idiota de não saber usar uma caixa multibanco. Apesar da simpatia do rapaz, acho que de início tomou-me por uma miúda de 15, como fazem quase todos. Mas depois daquele leve sorriso, percebi duas coisas: um, que ele entendeu que não sou, efectivamente, idiota de todo para saber o que me salvaguarda mais em caso de as coisas não funcionarem lá muito bem; dois, aquilo já não deve ser a primeira vez que acontece e eu cá não estou para pagar duas vezes a mesma coisa.

Após isto, noto um palhaço que, muito subtilmente, se pôs na minha frente na fila. Outro que pensou que tinha 15 anos e que se achava dono no pedaço. Como não estava para armar uma chinfrinada no banco, tomei nota mental de o deixar ficar mal depois de ser atendido. Com toda a naturalidade declararia "para a próxima, talvez não fosse pior respeitar a fila e não passar à frente de quem já cá estava antes de si". Bem sei que não adiantava de nada, eu bem na fotografia sem ser barraqueira. Por esta altura, o senhor que estava a ser atendido quando cheguei ainda lá estava.

Eis senão quando entra uma outra funcionária de banco, uma verdadeira trombuda mal encarada, e eu, que nem uma flecha, fui para o balcão que ela foi ocupar. Mas não é que a máquina de contar dinheiro encravou e ela nem sabia quanto dinheiro lhe tinha dado para a mão e que, ainda por cima, lhe faltavam 10€?! Eu, que já estava a ver a minha vida andar para trás, só pensava que ela me ia dizer que lhe tinha dado dinheiro a menos... Por acaso, com ajuda do funcionário do balcão ao lado, sem tentar dar nas vistas (mas eu não sou parva...), lá resolveu o problema e vim-me embora com tudo direitinho.

Para meu deleite, o parvalhão supra referido, o mesmo que tentou ser mais esperto que a rapariguinha de preto que estava à frente dele na fila e que ele imaginou ser uma pitinha tonhó de 15 anos, saiu do banco antes mesmo de ele ter sido atendido, permanecendo na fila. À espera.

(Ups... Não era suposto dizer qual era o banco... xD)

4 comentários:

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