quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Crónicas dos Vizinhos de Belzebu, Vol. VII - O mirone e o "fado do lar"

As traseiras do prédio onde vivo em Braga têm uma vista privilegiada para um amontoado de pequeninas casas velhas, a que chamo de "galinheiro". O nome tem a ver com o estado de (fraca) conservação dos imóveis, não sei se por falta de dinheiro dos donos, se por estes não quererem saber. Para além da única casa em bom estado, que foi restaurada há pouco tempo, a qual é habitada por um casal jovens , todas as outras habitações são de pessoas mais velhas.

É então da minha janela da cozinha, que é enorme e transforma o local em estufa no verão, que vejo as senhoras do "galinheiro", isto é, "as galinhas", a conversar sobre a vida dos outros, em amena cavaqueira, enquanto espreitam para ver o que eu ando a fazer dentro da minha própria casa. Por essa razão, chego ao cúmulo de, depois de correr as cortinas, as prender com molas da roupa, só para não ter que me chatear, porque elas bem se esticam para tentar ver alguma coisa. Imaginem com que cara fico ao explicar aos convidados da casa, a razão daquele aparato. Mas a verdade, é que sempre que me chego à janela, parece que há sempre, pelo menos, uma "galinha", a espreitar.

Na continuação da lateral traseira do prédio, está a lavandaria, apenas separada da cozinha por uma porta de correr que costuma encravar, ao ponto de me conseguir magoar ao mover a dita cuja. Na lavandaria continuam o envidraçado gigante das janelas, mas aí já não existem cortinas. E lá ficam as vizinhas maravilhadas a constatar que eu até meto roupa a secar de vez em quando... E berram, olham fixamente, e nem disfarçam.

Há uns dias, no entanto, "o espectáculo" foi diferente. O Moço ajudou-me a pendurar a roupa (até porque eu não chego às cordas que estão dentro da lavandaria... --' ), e enquanto lha passava, olhando distraidamente para fora, reparei que um homem vinha a descer o "galinheiro", fixado em nós. Agora que penso nisso, quando reparou que eu estava a olhar de volta para ele, o homem até que disfarçou bem, e eu nem dei grande importância ao assunto naquele momento, continuando na minha "lide doméstica". Algumas peças de roupa depois, volto a olhar pela janela, por mero acaso... E lá está o "galinho", do outro lado do passeio, parado, a olhar de forma totalmente descarada... para o Moço.

"Se calhar nunca viu...", disse depois de explicar ao Moço o que se tinha acabado de se passar, já o mirone se estava a dirigir para o "galinheiro" novamente. E ele respondeu "pois, se calhar, nunca viu mesmo um homem a pendurar roupa". Alguém devia explicar a estas criaturas que o tempo da sanzala já lá vai... Um homem não fica rendido por ajudar a mulher/namorada/companheira/mãe/irmã a tratar da casa que ambos usam. Se não gostam, e estão no seu perfeito direito de não gostar, têm bom remédio: virem a cara para o lado. Eu cá fico com o meu "fado do lar".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Gatices ^^

Para quem não sabe, hoje é um dia muito especial (não, não é por ser carnaval...). 17 de Fevereiro foi a data escolhida para ser o Dia Mundial dos Gatos ^^

Penso que já disse por aqui, até por diversas vezes, que adoro estes bichaninhos. São amorosos, fofinhos, lindos, e todas essas coisas. Já sei que a muitos de vocês estão agora a pensar "ai, não gosto nada de gatos Nightwisha Maria, que as criaturas são traiçoeiras". Eu diria que eles são masé uns finórios, que nos ficam com ares de importância, como se fossemos os reis dos idiotas que lhes acabou de dizer para irem buscar os chinelos. Os gatos são menos fáceis de conquistar. Será que são assim tão diferentes das pessoas?!

E na verdade, quem não quer ser como eles? Os gatos comem e dormem, e o ocasionalmente caçam qualquer coisita, mobiliário variado incluído. Eu quero. Apesar de um pouco mauzinho, o Garfied sempre foi um exemplo a seguir: come, dorme, faz do coitado do Odie e do dono gato-sapato, e depois ganha (quase) sempre. E eu adoro lazanha e preguiçar ^^

Para além de tudo isso, os gatos são uma companhia e fonte de alegrias e mimos. Apesar de muito independentes, muito mais do que qualquer outro animal doméstico, que dependem de nós para tudo, os gatos também são capazes de mostrar afecto. Aliás, acho que essa independência tão característica é uma das razões que me faz querer esses "peludos" como animais de estimação indicados para mim.

Enfim, não consigo resistir às suas carinhas fofas. Desconfio que um dia que tiver o meu Faneca, ele vai ser o dono da casa, como acontece com o Ricardo Araújo Pereira =P

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

S. Valentão =P

Para quem leu a última entrada na página de "Facetruks" aqui do WalC, já sabe do que venho hoje aqui falar.

Sim, é do murro no nariz. E não só, vá ^^

Sábado foi dia dos namorados. Assim que soaram as doze badaladas (de forma imaginária) cá em casa, trocamos logo as nossas prendas. Como as crianças. Eu recebi uma t-shirt com um bonequito super fofo, uma chinelos de quarto com um cão com um laçarote, e ainda um massajador eléctrico para as costas. (Não, não é um vibrador...). O Moço recebeu uma camisola de inverno quentinha, uma luvinhas para substituir as últimas que perdeu, e uns chinelos de quarto do Iron Man - escusado será dizer que foi deste último presente a que ele mais gostou (ou a que o pôs a dar mais pulos, de forma a mostrar-me que, nas sua próprias palavras, "os chinelos tinham foguetes" algures para lá metidos...).

Depois da troca de prendas, fomos dormir, que já era tarde. Mas não seria a mesma coisa se não tivesse levado um murro no nariz. Enquanto o Moço arranjava a quantidade absurda de cobertores que temos na cama, lá deu um puxão com mais força, de forma a que a mão escapou, e "aterrou" na minha cana do nariz e ainda me apanhou uma parte do olho. Diz que foi acidente... Mas de certeza absoluta que não foi por causa do 50 Shades. Não vimos. Nem vamos ver.

As iguarias do almoço.

O dia seguinte foi dedicado... à cozinha. Ele a preparar o almoço, eu a preparar os doces. Entrecosto com batatas assadas e bolo dinamarquês que o Moço tanto gosta, mas desta vez decidi fazer uma alteraçãozinha: em vez de pêras, coloquei maçãs. Não ficou nada mal, mas as pêras realmente dão-lhe um je ne sais quoi... por alguma razão é que elas estão na receita =P

A coisa é que não saiu nada bem com os bombons. Todos os anos, temos uma tradição nesta data: eu faço bombons para lhe dar, e tento sempre fazer uma coisa diferente. Por isso pensei em desidratar casca de laranja e juntar ao chocolate preto com que sempre faço os bombons. Mas... não sei que se passou. A primeira fornada de casca queimou. O finzinho de chocolate preto que tinha guardado para este fim não derreteu lá muito bem e foi "pela pia abaixo", com a segunda fornada de casca desidratada. Finalmente, consegui fazer os benditos bombons com chocolate de leite e com a terceira fornada de casca de laranja. Não ficou como eu queria, porque a mistura de chocolate preto e laranja ficaria bem melhor. Mas o Moço disse que ficou bom na mesma =)

Ainda consegui fazer um de chocolate preto!! O sobrevivente =P

Finalmente, ao jantar, fomos ao Vintage, um salão de chá que costumamos frequentar aqui pela zona da UMinho, uma vez que eles estavam a fazer um "evento especial" para o dia em questão. Entre outras coisas, tivemos direito a flute de champanhe com morangos, a entradas (pão, tostas, paté de atum e de delícias do mar, pão de alho e melão), creme de legumes com fio de queijo creme (só para mim, porque o Moço tem issues com lacticínios hehe), e como prato principal salmão em papelote com batata a murro, arroz e salada. Ele regou tudo isto com Mateus Rosé e eu... com Fanta Laranja (sim, podem rir-se). Para sobremesa, ele comeu fondue de frutas e eu cheesecake de frutos vermelhos em copo. Para finalizar, cafézinho com as melhores bolachas de doce húngaro do planeta, especialmente concebidas sem leite, para os alérgicos/intolerantes à lactose.


 


Antes mesmo do solene enfardamento, eis que tem lugar o primeiro "melhor momento do dia": o telefonema dos progenitores. Enquanto ela só queria saber do que eu queria comer, ele só queria saber onde eu estava... e com quem.
Progenitor da Nightwisha Maria (ao tlm): Estás onde?

Nightwisha Maria: Num cafézinho que costumamos vir, e como hoje é dia dos namorados e eles estão a fazer um evento especial com jantar... blá blá blá... e então viemos.
Progenitor da Nightwisha Maria: E estás com o Moço?!?!
O segundo "melhor momento do dia" foi, precisamente, quando já íamos a caminho de casa.
Moço: Já reparaste que hoje todas as raparigas estão de mini-saia, e tu de calças?!
(Até porque hoje é sábado à noite/dia dos namorados/carnaval)
Nightwisha Maria: Tenho umas cuecas do Mickey... Não te chega?
Como podem ver, a coisa foi bastante animada por estes lados. E como a coisa já vai longa, ficamos por aqui. Espero que todos tenham tido um dia de S. Valentim "à maneira" (so '90... =P). Mas acredito que o nosso tenha sido mais especial... nem toda a gente tem direito a murro no nariz.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Catan - o jogo

Uma das últimas aquisições "cá da casa" foi, como já vos tive oportunidade de contar, o jogo de tabuleiro Catan - Descobrir os Segredos da Ilha. Depois de o ter jogado na Comic Con, achei aquilo relativamente simples, mas ao mesmo tempo tão fantástico, que o quis ter (e o Moço também).

Este jogo de estratégia foi criado pelo alemão Klaus Teuber, comercializado em Portugal pela Devir. O seu tabuleiro representa a ilha de Catan, a qual se encontra dividida em diversos territórios. Cada um deles produz um dos cinco recursos possíveis e essenciais para fazer a colónia de cada jogador crescer: cereais, lã, barro, madeira e minério. Há ainda o deserto, que não produz nada e é colocado no centro do tabuleiro. Os recursos são utilizados pelos jogadores para construir aldeias, que mais tarde podem ser elevadas a cidades, conectadas entre si por estradas. A cada terreno disposto aleatoriamente no tabuleiro, irá corresponder um número, também aleatório. Dependendo do posicionamento das aldeias/cidades, e dos números que saem nos lançamentos de dados, os jogadores receberão os recursos onde ser encontram as suas edificações (as estradas não contam), que utilizaram para construir novas infraestruturas, para trocar no mercado ou com outros jogadores, ou ainda nos portos - que se encontram nas extremidades da ilha, e podem ser adstritos à troca de bens específicos ou não. Também é possível adquirir "cartas especiais", ou atingir pequenos objectivos, para se ganhar alguma vantagem. E depois há o "ladrão", que começa no deserto, mas vai sendo movido pelos utilizadores que obterem sete em lançamento de dados, e o posicionado num terreno à sua escolha. Enquanto aí permanecer, o terreno não será capaz de produzir recursos, sendo que o "ladrão só mudará de "poiso" quando algum jogador voltar a ter sete ou ser utilizada uma "carta especial". Tudo isto vai fazendo com que os "colonizadores" ganhem pontos, sendo que ganha aquele que primeiro conseguir 10 pontos.

(Isto é apenas um resumo das regras do jogo original, para terem uma ideia "da coisa". Existem mais tabuleiros/mapas, incluindo um de Star Trek que o Moço se babou todo só de olhar =P ).

Como disse, não é um jogo com regras complicadas, até porque está recomendado para maiores de 10 anos. A ideia é pôr as cabecinhas a pensar, e tentar desenvolver uma estratégia que nos faça ganhar o jogo, tentado combinar todas as variáveis possíveis, com 3 ou 4 jogadores (número recomendado). Tem sido extremamente divertido jogar este jogo com o Moço (mesmo com duas pessoas pode ser divertido e extenuante), o que tem dado um novo alento às minhas horas de almoço. Nem sempre chegamos aos 10 pontos, porque o meu tempo de almoço é bastante limitado, mas vá, tentamos optimizar o tempo jogo - o que acaba por nos obrigar a fazer escolhas "à pressão" e torna tudo muito mais intuitivo.

Não vou dizer que não ando, se certa forma, viciada em Catan, mas tendo não jogar a todas as horas livres, para não criar rotina e, consequentemente, perder interesse no jogo. Até porque ele custou os olhos da cara, mesmo tendo sido comprado a meias. Já o Moço, apesar de também ser comedido no vício, tem um contador do seu blog, para dar conta das partidas jogadas e... ganhas por cada um de nós. Digamos apenas que, em relação a isso, ele está um pouquinho "revoltado" por eu lhe estar a ganhar... =P

Experimentem o jogo. Mesmo que não o comprem, podem sempre procurar algum grupo que organize encontros de pessoal que goste de jogos de tabuleiro. Apesar de ser um jogo de estratégia, acho-o bastante acessível e divertido. Aqui por casa, a nerdice é elevada a outros níveis, como podem ver ^^

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Bell ringing is coming...

Há algum plano diabólico em curso.

Não é possível que hoje, sempre que ia à "casinha" no escritório, alguém tocava à campainha. Juro que é verdade. Nem por uma única vez pude o que quer que fosse no wc sem ter que correr com as calças ainda na mão para abrir a porta.

Pior que isso é quando passas quase uma semana para mandar dois faxes, cada um para tribunais diferentes, e nenhum chega ao destino. E os prazos que não se interrompem. Depois, como por milagre, alguém vai ao fax e puff!, lá foi ele.

Mas voltando à história da casa-de-banho, eh pah, não entendo como é que é possível uma pessoa ter um timing tão péssimo (eu). Parecia que as pessoas estavam a espiar-me por detrás da fechadura, à espera que eu me esgueirasse à "casinha", para logo enterrarem o dedo na campainha. Ainda conservo algumas dúvidas se não estariam mesmo a espreitar... Só a mim =P

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Vamos ao Puorto!

No sábado de manhã, assim completamente do nada, enquanto ainda pensávamos o que íamos comer ao pequeno-almoço, o Moço pergunta o seguinte "vamos hoje ao Porto?". Naquele momento, a única resposta correcta pareceu-me ser não outra senão "sim!". Enchouriçamo-nos, metemos uma sandocas na mochila, e lá fomos nós, assim completamente do nada, sem planeamentos (que é quando as coisas tendem a correr melhor ^^ ).

Enquanto íamos no comboio, programamos mais ou menos aquilo que queríamos (podíamos) ver em apenas uma tarde. Chegados ao nosso destino, a primeira coisa que fomos visitar foram os Clérigos. Vimos a igreja e subimos até lá acima, ou pelo menos até onde deixaram, porque já não há acesso à parte dos sinos aos turistas. Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que a vista da torre sobre a cidade é magnífica. Há qualquer coisa nas casinhas centenárias e nas ruelas do Porto que a torna única e incrivelmente bonita (algo impossível de captar em foto, e que tem que ser experienciado "em pessoa").






Lá do alto marcamos a nossa visita seguinte: a Livraria Lello e Irmão, considerada uma das livrarias mais bonitas do mundo e que, sem sombra de dúvidas, merece tal título. Como é óbvio, não compramos lá nada, que naquela livraria não há promoções, mas "as vistas" são de tirar o fôlego ^^ E uma ruas abaixo, estivemos com o meu amigo Ramalho Ortigão!




Depois de termos "abancado" nos jardins da Cordoaria a comer as sandochas e Conguitos, passamos pelo Tribunal da Relação para eu tirar uma foto, para ficar no meu "álbum de viagens à porta dos tribunais" =P De seguida, demos um saltinho ao Palácio de Cristal, onde estava a decorrer uma feira do livro, onde consegui comprar A Casa das Almas Perdidas de F.G. Cottam por apenas € 3 (livro este que se encontra esgotado em todas as livrarias onde procurei).

Já no final do dia, ainda passamos pelo Via Catarina, onde comprei mais um livro numa banquinha, desta vez A Caixa em Forma de Coração de Joe Hill, por € 5, antes de fazermos a derradeira compra na Arena Porto: o jogo de tabuleiro Catan, ao qual estava desejosa de deitar a mão desde que joguei na Comic Con.


Balanço do dia: dois livrinhos novos, duas partidas de Catan jogadas e vencidas, e uma dor medonha das barrigas das pernas, de termos andado pelas tropilhas.

Temos que fazer isto mais vezes ^^

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Fresquinho

Não sei se é da minha cabeça, mas acho que, quando eu "não estava a olhar", operou-se assim uma coisa qualquer durante um nano-segundo e puff!, o mundo transformou-se num cubo de gelo. Ou então fui transportada para um plano paralelo, em que tudo o resto se manteve igual, excepto o "fresquinho soviético" que se faz sentir. Ainda não decidi.

Por momentos, ao olhar pela janela, tive a sensação de ver um urso polar a passarinhar lá fora. Mas admito que tenha sido um momento de delírio provocado pelo frio intenso.

Uma coisa é certa: este frio de rachar enrigesse as carnes. Mas eu prefiro outro métodos que não o congelamento de algumas partes do corpo. O meu fiel companheiros das noites frias tem sido a minha botija de água quente com um saquinho de vaquinha (que o Moço é companheiro fiel de todas as estações, não sejam perversos!). Mas nem ele, a quantidade astronómica de roupa polar que eu coloco em mim e na cama, e ou Moço a ajudar à produção de calor, conseguem aplacar este iceberg.

E com este frio todo, nem neva sequer aqui!! Que desfeita... se é para congelar os neurónios, então que mandem neve para o pessoal brincar.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Matematicamente falando

Muitos colegas e amigos meus, na hora de escolher uma área de estudos no secundário, acharam por bem ir para outra coisa qualquer que não ciências e tecnologias (antigo cientifico-natural), para fugirem à matemática. Actualmente, estou em crer que muitos deles falharam miseravelmente.

Por razões que às vezes eu própria desconheço, depois de três anos de matemática A e laboratórios em que se falava de bicharada, pedregulhos, soluções químicas e nas leis de Newton, acabei por concorrer e entrar no curso de Direito. Uma área de estudo que, à primeira vista, não tem nada que ver com aquelas coisas meias hieroglíficas que se aprende em folhas de quadradinhos.

Isso é tudo muito bonito, até chegar o momento em que se têm de calcular juros, permilagens, quotas em inventários (sobretudo os que têm a ver com direito sucessório - heranças), actualizações de prestações de alimentos e por aí adiante. E é precisamente isso que eu tenho andado a fazer esta semana no escritório. Mas não vou negar: eu adoro pegar numa folha em branco, e sarrabiscar para lá raciocínios matemáticos e setas e "bonecos". Nem sempre me saio bem à primeira, que às vezes é quase necessário um algoritmo de física quântica para chegar à solução, mas chego lá, lá isso chego!

Daí que me dou a pensar que, se calhar, me devia dedicar a outra coisa... Considerando o facto de hoje terem saído as notas dos exames de agregação de colegas estagiários mais velhos (segunda fase de estágio da OA) e de a grande maioria ter chumbado, talvez não me saísse nada mal na apanha dos gabusinos, piopardos ou galifantes. É só preciso um saco e um pau.

(Estou a brincar, não me vou nada dedicar a outra coisa. Vou continuar a fazer "contas" por aqui mesmo ^^ Mas não deixa de ser irónico. Para aqueles que foram para outras áreas para fugir à matemática... bem, esqueceram-se que a matemática está em tudo. E sinceramente, ainda bem!!).

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Random like me #1

Hoje vou começar uma nova rubrica, que espelha o quão egocêntrica sou: de vez em quando, virei aqui atirar-vos factos aleatórios sobre a minha pessoa. Muito interessante e de extrema importância, portant's. Mas como sou filha única, posso ser egocêntrica, uma vez que, aparentemente, todos os filhos únicos o são, e aqueles que têm irmãos nunca sofrem desse mal... --'

Para a lista de hoje, recorri à presta ajuda do Moço em me descrever de acordo com as coisas mais estapafúrdias que se consegue lembrar.

1. Se há uma coisa que não me canso de comer é... queijo.
É verdade, se houver queijo em casa, eu consigo metê-lo em quase tudo o que seja de comer. Não é incomum pegar no queijo, levá-lo para a mesa, e transformá-lo em guarnição para a refeição (mas isso é quando não misturo o queijo com o que está no prato). Em momentos de "desespero" é ver-me a cortar fatias e come-las em catadupa só porque sim. (E por falar nisso, só de pensar em queijo, já me está a dar uma vontade insana de ir ao frigorífico buscar umas fatias... =P ).

2. Tinha medo de nadar.
É verdade. Aprendi a nadar com 21 anos, porque, essencialmente, sem que tivesse consciência disso, tinha um medo demoníaco de mergulhar e afogar-me. De onde vem essa toleira?! Nem eu sei muito bem, mas posso dizer que ainda a tenho, apesar de já controlar o meu medo.

3. Sou disléxica.
Não tenho a certeza se já falei disso aqui. Não é propriamente uma doença grave, mas já me deu que fazer algumas vezes. Muitas vezes dou erros ortográficos ao escrever sem saber, porque não reparo que troquei algumas silabas de sítio, ou coloquei letras erradas na palavra. Só depois de muito olhar para a palavra é que penso "eh pah, isto tem um aspecto diferente...", ou quando o processador de texto que estou a usar me assinala coisas a vermelho (quando essa funcionalidade está desligada é um deusmalibre). Quanto a números... nem vale a pena falar, que eles para mim são todos iguais =P

4. Nunca apanhei uma bebedeira.
E não, não é mentira. Ser estudante não é sinónimo de ser uma esponja alcoólica. Não vou dizer que, muito de vez em quando, não bebo um copito de uma ou outra bebida muito específica, mas bebedeiras não são comigo. Primeiro porque não gosto da maioria das bebidas com álcool, e segundo, porque gosto de ter noção daquilo que estou a fazer. Sei que "algumas criaturas" não entendem o que eu quero dizer com isto... Mas que já tive a minha conta de bêbedos para cuidar e/ou levar a casa, lá isso tive (vocês sabem quem são) =P

5. Adoro gatos.
E quero ter um (ou vários) a saltitar aqui por casa, a arranhar os móveis e a pendurarem-se nos cortinados. Também gosto muito de cães, mas se vejo um gato, parece que fico louca e só me apetece estufegar o bicho de mimos e abraços. Até já tenho nome para o bichano: o meu gatinho vai chamar-se Faneca ^^

E pronto, é isto por hoje. Estão autorizados a comentar e dizer que eu sou a pessoa mais fixe que alguma vez conheceram. Ou a mais passada da cassarola =P