quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Matematicamente falando

Muitos colegas e amigos meus, na hora de escolher uma área de estudos no secundário, acharam por bem ir para outra coisa qualquer que não ciências e tecnologias (antigo cientifico-natural), para fugirem à matemática. Actualmente, estou em crer que muitos deles falharam miseravelmente.

Por razões que às vezes eu própria desconheço, depois de três anos de matemática A e laboratórios em que se falava de bicharada, pedregulhos, soluções químicas e nas leis de Newton, acabei por concorrer e entrar no curso de Direito. Uma área de estudo que, à primeira vista, não tem nada que ver com aquelas coisas meias hieroglíficas que se aprende em folhas de quadradinhos.

Isso é tudo muito bonito, até chegar o momento em que se têm de calcular juros, permilagens, quotas em inventários (sobretudo os que têm a ver com direito sucessório - heranças), actualizações de prestações de alimentos e por aí adiante. E é precisamente isso que eu tenho andado a fazer esta semana no escritório. Mas não vou negar: eu adoro pegar numa folha em branco, e sarrabiscar para lá raciocínios matemáticos e setas e "bonecos". Nem sempre me saio bem à primeira, que às vezes é quase necessário um algoritmo de física quântica para chegar à solução, mas chego lá, lá isso chego!

Daí que me dou a pensar que, se calhar, me devia dedicar a outra coisa... Considerando o facto de hoje terem saído as notas dos exames de agregação de colegas estagiários mais velhos (segunda fase de estágio da OA) e de a grande maioria ter chumbado, talvez não me saísse nada mal na apanha dos gabusinos, piopardos ou galifantes. É só preciso um saco e um pau.

(Estou a brincar, não me vou nada dedicar a outra coisa. Vou continuar a fazer "contas" por aqui mesmo ^^ Mas não deixa de ser irónico. Para aqueles que foram para outras áreas para fugir à matemática... bem, esqueceram-se que a matemática está em tudo. E sinceramente, ainda bem!!).

4 comentários:

  1. Eu nunca gostei muito de matemática, embora a matemática que eu dei fosse muito básica, talvez por nunca ter tido um professor que me cativasse. Na mesma época também não gostava de português e acabei por vir a adorar a matéria muito por culpa de um professor que tinha por profissão principal, a carreira militar e a engenharia mecânica, tendo também formação como professor. O homem sabia de tudo e era, acima de tudo, um ser humano fantástico.
    Só depois de ter feito matemática à rasquinha (como aluno auto-proposto) e começado uma disciplina que dava o nome ao curso (curso geral de mecânica), é que percebi que, afinal, a trigonometria fazia falta para resolver problemas de mecânica, nomeadamente as forças em planos inclinados, entre outras.
    Curiosamente, foi o professor de mecânica técnica, também engenheiro mecânico, que em meia hora me fez perceber mais sobre tangente e cotangente, do que o professor de matemática.
    Enfim, tudo na vida é importante, até as coisas que nos deitam abaixo, porque só aprendemos a levantar-nos, depois de dar o trambolhão. :)

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  2. Eu fui para ciências sociais e humanas não para fugir a matemática, mas simplesmente porque não me identificava em nada com a vertente de ciências e tecnologias, e não, não me arrependo nem por um bocado. Para quê andar três anos a estudar numa área que simplesmente não era a minha praia? Não, nunca gostei de matemática, sim precisamos da matemática para tudo, mas até agora como advogada estagiária nunca senti qualquer qualquer problema na altura de fazer contas, até porque a matemática A que tiveste nos três anos é mais avançada da matemática que usamos no nosso dia a dia no escritório :)

    Ah e quanto aos juros eu uso a metadata, simples :)

    Beijinhos
    Ass. Elsa

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  3. Ahah é verdade :) também fiz ciência e tecnologias no secundário, mas depois fugi para gestão... Mas só fugi mesmo da bicharada, dos calhaus e dos átomos porque a matemática essa, continua a acompanhar-me!

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  4. Só derivadas ai nessa imagem :D e um integral. É a cinemática.

    Meu testemunho:

    Comecei a fumar aos 15 atrás da cantina da escola. SG Ventil. Era ateu, depois saí do útero.

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