Como sabem, mudei-me para um prédio em que, a maioria dos moradores, são estudantes universitários. Claro que, aquando da escolha para O Covil, tinha perfeita noção que me iria encontrar mesmo "no foco" da festança: com diversos estudantes como vizinhos, e "em cima" de alguns locais de divertimento nocturno/bares, o silêncio não ia imperar pelo local. Mas, como sabem, lá me mudei. Não posso dizer que estou descontente com o novo poiso, mas há alguns aspectos que queria partilhar convosco.
Sim, alguns estudantes são barulhentos e outros não. Os moços do apartamento do lado gostam de pôr música de engate para as moças (não sei se convidadas, se as vizinhas da varanda da frente...), a um nível de decibéis indesejável mas, chegadas as 22 horas, ninguém os ouve mais. Não vou dizer que gosto das músicas que põem a tocar, porque não gosto, mas há que saber ser tolerante. Um dia poderei ser eu a fazer algum barulho/dar um jantar mais animado/pôr a máquina a lavar tardiamente para aproveitar o coiso biorário, e não quero criaturas penduradas em mim, a chatear-me a mona, dois minutos depois. Afinal, são músicas de engate. Claro que se fosse eu a meter Skid Row, independentemente das horas, já sei que iria aparecer alguém (não necessariamente estudante) a queixar-se do barulho, dos pulsos cortados, da adoração do diabo e dos sacrifícios de galinhas pretas... mas adiante. O meu problema não são os estudantes, os dias de arraial (como hoje, mas que desta vez não será aqui na zona), as quartas-feiras académicas, os moços a enganarem-se a tocas à campainha e coisas que tais.
O meu problema são os vizinhos de cima: um casal que, quando se ouve, é em altos berros e com conversas de lavar roupa suja.
Logo nos primeiros dias depois de instalada, houve semelhante berrume que eu acho que andou tudo pelo ar. Não consegui perceber a maior parte da conversa (é uma das desvantagens de ouvir mal), mas foi uma discussão e pêras. Ela guinchava de nervos e ele lhe respondia, e passo a citar: "cala-me a p*ta da bocaaaaaa!!". O resto era barulho de coisas a andar a rasto ou assim e, provavelmente, uma pêra. Eu não consegui perceber, mas o Moço acha que ela apanhou uma estalada ou coisa assim. E tal como começou, a discussão parou. Mais ou menos uma semana depois, aconteceu algo parecido, mas com menos intensidade. Durou uns cinco minutos, desta vez sem fruta (pêras, o futebol não é para aqui chamado =P ) e não conseguimos perceber se eram as mesmas pessoas. Este incidente conta apenas como meio, portanto.
A noite passada, acordei por volta das quatro da manhã, com a mulher aos berros novamente: "Nojento! És um nojento! Nojento! Que nojo! És um nojento, nojento! És um nojento! Porco! És um porco! (Qualquer coisa imperceptível) de quatro! Que nojo! Nojento!". E depois silêncio. Passei algum tempo hoje a tentar perceber o que aconteceu (especialmente onde é que o "de quatro" encaixa nesta história). Percebi que, muito provavelmente, não quero descobrir.
Dois incidentes e "meio". Se voltar a acontecer e perceber que está "a haver molho", podem ter a certeza que chamo a polícia. Quanto ao mais, vou seguir um sábio conselho: usar a vassoura para bater no tecto. Para além do barulho, que não é nada agradável, a situação em si mesma é simplesmente ridícula.
Bem, e eu que me queixo do velhote que vive por cima de mim. Sei que está a ficae senil (e vive sozinho, coitado :/) por isso não tenho coragem de lhe meter a polícias à porta. Mas tu? Força nisso. Além disso pode ser uma situação de violência doméstica. No entanto não deixa de ser caricato ouvir essas coisas, querer saber o que se passou e não conseguir!
ResponderEliminarEspero que isso aconteça comigo, porque eu tenho amigas com o mesmo gosto literário que o meu e dizem que é uma boa obra. Eu só agradeci os descontos, porque nem os estava a pensar comprar tão cedo! :D Sabes, eu acho que não gosto da série por ser demasiado gráfica. Não sei bem explicar, mas uma coisa é ler e ter as coisas na minha cabeça outra coisa é ver. E estou a falar tanto do grafismo da violência como do sexo. Talvez isto pareça estúpido, mas dos episódios que vi acho que as cenas de sexo/nudez, não trazem nenhum conteúdo à série. Dá a impressão que é só para chocar e termais audiências. E não sou eu a ser menina de coro, porque eu sempre gostei de ver Californication e aquilo é sexo a torto e a direito x)
EliminarAh, em relação às compras literárias, beeeem. Eu gastei imenso dinheiro em livros, e até tenho medo de contar! Fora os que me ofereceram. Vou querer ler esse post! Por falar nisso, o desafio não está esquecido! :)
EliminarOpah gostei do post em geral (se bem que tem partes que não é pa gostar, gostei da escrita) mas o que me partiu memso foi o de quatro e onde encaixa xD
ResponderEliminarNoutra casa tb tive uns assim e agora nesta em frente também tenho uns estudantes, ainda só uma semana, já deram uma ou duas festas mas nada demais e como eu tenho de dormir de tampões por causa do eixo norte-sul não me incomodam muito :)
Pois... já conhecia a história "de quatro" e ainda estou a tentar perceber se a indignação dela era pela posição, ou se o vizinho se enganou no buraco da fechadura. eheheheh
ResponderEliminarSkid Row é boa onda. :)))
WOW, acho que já te tinha escrito algures num dos teus posts que o único problema que tinha era os salto-alto da vizinha de cima e o facto de bater bifes às tantas da madrugada, não tinha? Agora, nesta nova casa/spot/habitação (que ainda vou mostrar no meu blog algum dia) não tenho esses problemas (tudo pessoas reformadas no prédio), a não ser o barulho do cão do prédio ao lado e o das teclas do piano da minha companheira de casa. Sim, só o barulho das teclas porque ela usa fones e só se ouve o pum pum das teclas a bater. Mas isso é só de dia, e normalmente aí estou de fones a ouvir música no Spotify. Então, boa sorte com os teus vizinhos de belzebu! Vai dando novidades sobre o possível caso de polícia do andar de cima. =P
ResponderEliminarEm casa dos meus pais cheguei a usar a estratégia da vassoura e o máximo que consegui foi... Fazer umas marcas redondas no tecto que o meu pai teve de reparar com estuque. Só azares!
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