sábado, 13 de agosto de 2011

Livros e pastéis de nata ^^

Uma coisa que eu adoro fazer é ler. Infelizmente, por falta de tempo e saúde mental, em especial devido à época de exames que parecia não ter fim e todo um conjunto de desassossegos universitários (e não só), deixei a leitura de lado. O resultado foi uma pilha de livros que tenho vindo a acumular pela casa e um humor de cão. Vá, cadela. É deveras incrível e um nadinha humilhante constatar que me "esqueci" de como ler me faz tão bem e que vivo consideravelmente melhor com eles do que sem eles.

Ultimamente, para desespero meu, os títulos dos livros não me parecem agradar como antes. Ou eu tornei-me muito exigente com o tempo, ou então já não se fazem livros como antigamente. Talvez após a leitura dos vários volumes de As Crónicas de Gelo e Fogo e de O Retrato de Dorian Gray, noto que me tornei muito mais selectiva nos livros que compro. E o mês passado não foi excepção. Como prenda de aniversário a minha mãe levou-me à Bertrand para escolher um livro. Mas convenhamos: o mais recente volume das Crónicas de George R. R. Martin tinha acabado de ser editado nos Estado Unidos, o que significa que ainda vai demorar a chegar às bancas portuguesas, leia-se, às minhas mãos e mais nada me parecia acender a chama da leitura desenfreada. Nisto saímos, eu com umas valente trombas estilo elefante, e continuamos a ver montras no shopping da cidade, acabando por entrar na Book.it, que também tem livros, felizmente. E aí encontrei uma edição de marca própria com vários títulos de clássicos da literatura, sobretudo inglesa, a preços escandalosamente baixos.

Como já estava há milénios para ler O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë, comprei também (leia-se, a minha mãe ofereceu-me também) Jane Eyre, da irmã Charlotte Brontë, para ler antes de ver o filme e me desiludir completamente. Charlotte e Emily tiveram uma terceira irmã igualmente escritora, Anne Brontë, mas dela não tinha nada. O próximo passo é ir comprando mais livros desta colecção, em especial os de Jane Austin. Cada um custa o simbólico preço (e quando eu digo isto é porque é mesmo simbólico) de 4,90€ (as capas não são nada de especial, mas pelo preço compensa em larga escala, e que não são as que aparecem mais abaixo). Gente, estamos a falar de clássicos. Coisas realmente boas e que foram feitas com o maior dos carinhos e não como golpe de marketing. Fiquei pasma com o preço. Se mais pessoas apostassem em baixar o balúrdio que se paga pelos livros, muitas mais pessoas liam, a começar nos putos, e deixávamos de ter um país que é pioneiro no acesso à Internet e passávamos a ser uma país de pessoas cultas. Eu sei que não é a mesma coisa, mas eu vivia muito melhor com isso. Porque desengane-se quem pensa que um livro não é um artigo de luxo, o que é uma pena. E uma tristeza também.

Vou começar hoje à noite a ler o Jane Eyre, e empanturrar-me com as últimas natinhas que eu mesma fiz esta semana, com canelinha, e provavelmente leite para empurrar. Estou a ficar uma verdadeira Chef Pâtissier ^^ É que os desgraçados ficaram mesmo bons! Prometo que um dia destes ensino-vos a fazer pastéis de nata.

Quanto ao livro, não vou fazer spoilers, até porque ainda nem o comecei a ler (mas já sei umas coisinhas porque vi a resumo na contracapa) já que não quero que nenhum de vocês diga algo como: por causa daquela gaja perdi o interesse todo em ler o livro. Como de resto já me aconteceu, e só os Deuses sabem que detesto tal coisa. Aquilo que sei sobre as obras das irmãs Brontë é que as suas histórias podem parecer-nos um pouco fora do contexto, mas isso deve-se ao facto de tais obras serem do séc. XIX, onde as mentalidades era totalmente diferentes das nossas. Por isso mesmo, as irmãs escreviam com pseudónimos de homens, para não ficarem mal vistas: Charlotte era Currer Bell, Emily era Ellis Bell e Anne era Acton Bell. Mais ainda adianto que para muitos, Jane Eyre é um genero de autobiografia de Charlotte Brontë, por muitos dos desígnios da sua personagem principal se confundirem com os da escritora. Ambas não tiveram beleza ou dinheiro, mas lutaram pelo que realmente queriam. Como elas, também Jane Austin dava às suas heroínas a segunda oportunidade que nunca teve.
Fica aqui prometido um post sobre estas irmãs e as suas obras, e aqueles que me conhecem sabem que nestas coisas eu não falho.

Boas leituras! ^^

4 comentários:

  1. txxiiiiiii, como te percebo! eu acumulei a triologia da Herança, Angelogia, O Elemento e ainda um livro sobre Lucifer todo em inglês que é para eu treinar. Além de que sempre quis ler os livros da Jane Austen, admiro-a muito :) que dizes?

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  2. Se é para entrar em competições, tenho mais de 15 livros para ler, entre eles alguns que já comecei, mas que perdi a vontade de continuar no fim, a meio, ou mesmo no início.
    Quanto aos livros da Jane Austin, acho que fazem bem em lê-los, mas este é um comentário estritamente pessoal, porque também sou grande admiradora do seu trabalho e, sobretudo, da pessoa que foi. Jane Eyre está a ser cativante, por isso, também penso ser uma boa recomendação =)

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  3. "Jane Eyre" - o meu livro favorito *suspira* :P

    PS: Mr. Edward Rochester, my Edward, uma personagem muito interessante que eu adoro (já para não falar de Michael Fassbender a fazer tamanha personagem no filme deste ano... adoro, adoro e adoro... *desmaia* -> já deu pra ver que sou menina de Fassbender :P)

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