Hoje nos telejornais voltaram a falar de uma coisa sobre a qual eu não consigo manifestar o meu desagrado supremo: violações. Quase todos os dias são noticiadas novas histórias, com os mais variados contornos. Mas anda tudo tolo?
Juro-vos que, por mais pesquisas e teorias e estudos e não sei mais o quê, não compreendo o porquê destas acções. Quer dizer, eu entender entendo (infelizmente)... só não posso conceber tal atrocidade. Um acto de violação é uma rotura na pessoa que a sofre, vai muito para além de um crime físico, é um estigma que vai viver com as vítimas lado a lado todos os dias que lhes restam. É simplesmente uma coisa horrível e hedionda, que para mim não tem retribuição possível no nosso sistema jurídico-criminal. O mínimo seria fazer aos prevaricadores o mesmo que eles fizeram às vítimas. Contudo, não se pode apagar um crime com outro, é simplesmente contra natura, facto que não torna a coisa mais fácil.
Mas vamos falar do elo mais fraco desta negra cadeia: as vítimas. São mulheres e crianças (crianças pelos Deuses!!) inocentes, assustadas, feridas daquilo que mais íntimo possuem. Para não bastar, aparentemente a "última moda" é aliar à violação, que de per si já é repugnante, à violência. Por favor... nem sei o que dizer para comentar algo tão horrorífico. Já não lhes basta o acto sexual coagido, têm que magoar ainda mais as pessoas de quem abusam? Destroem assim a vida de alguém, por tão pouco? Se querem sexo, há pessoas que "oferecem os seus serviços"em troca de muito menos do que a existência condigna do ser humano. Quem sofre este tipo de ataque vai viver o trauma da violação para sempre, ficar preso a uma ou duas horas em que um pouco da sua vida acabou, em que lhe foi roubado um pedacinho de si mesmo. Contudo, vamos a ver ao fim de contas, que os "doentinhos" são os violadores. Foram as pernas das meninas que iam a passear para a praia que lhes deram um impulso sexual que não puderam controlar e os levou a violá-las... Taditos, a culpa não foi deles, foram as meninas que "se puseram a jeito". (Podem achar que não, mas um caso exactamente como este foi verídico).
Eu ainda não sei o que estou a fazer neste curso... Eu vou meter-me precisamente naquilo que mais odeio: no seio da mediocridade humana, que de humana tem muito pouco ou quase nada. Mas defender um violador ou um pedófilo?! NUNCA! Não seria capaz. Se o pudesse fazer sofrer mesmo à séria com as minhas próprias mãos, não pensaria duas vezes, mas recuso-me a ser advogada de um mostro desses. Esses sim, são os verdadeiros monstros que existem e nos dilaceram, e não aqueles que procurávamos debaixo da cama ou dentro do armário quando somos pequeninos.
Tenho ódio, repugnância e sei eu lá mais o quê por esses indivíduos, e espero piamente que ardam num Inferno bem presente e quente aqui mesmo na Terra. Depois de mortos, são defuntos, enquanto viverem, merecem somente sofrer.
Ainda vivemos num pais muito virado para o machismo como bem sabes
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