Tal como disse ontem, hoje voltei a usar o traje para praxar, infelizmente só um pouquinho. Se é verdade que sou representante de curso e que tenho que estar presente em todas as aulas, sobretudo naquelas em que espero que determinada docente me empreste um livro para eu "ir passear com ele", também não é mentira que não gosto de fazer figura de palhaço. Mas já lá vamos.
Para começar, gostaria de esclarecer algumas pessoas que pensam que o traje significa praxe. Isso não podia estar mais errado. O traje, seja de que academia for, é um símbolo dessa mesma instituição, sendo que pode (não, deve!) ser usado por todos os seus alunos, sendo que nenhum é obrigado a trajar. Claro que os objectores de praxe não poderão praxar de todo em todo, mas isso não invalida que vistam o símbolo da sua universidade, "sendo prova de uma incrível falta de Academismo pretender que deva ser usado apenas em determinados dias, ou em ocasiões consideradas especiais". Porém, sim, para se praxar é necessário estar-se trajado. E correctamente trajado, já agora.
O ano passado, como estudante do terceiro ano, foi o meu ano por excelência para praxar, apesar de que o posso fazer agora. Mas o respeito pela hierarquia conta para os dois lados, e visto que o meu tempo já passou, é altura para dar lugar aos que se seguem. Ainda assim, durante um dia por ano lectivo, os alunos com quatro matrículas tem o seu dia exclusivo para praticar actividades praxísticas com os novos caloiros, acontecendo o mesmo com aqueles que têm cinco matrículas (ou mais =P). Ou seja, hoje de manhã acordei mais cedo para ter a minha hora e meia de praxe, que infelizmente de tarde tive reunião do Conselho Pedagógico da Escola de Direito, e não podia mesmo faltar por razões mais que óbvias.
Cheguei lá e pronto, pedi saudação, brinquei um pouco com eles, mandei umas piadas e fiz umas coisinhas mais leves, porque convenhamos, acaba por não ter a mesma mística praxar caloiros que já têm doutores para aturar todos os dias, e que nunca nos viram em lado nenhum. Foi estranho, confesso. E infelizmente, como já disse, não tive muito tempo para fazer o que quer que fosse, sobretudo quando o sectarismo e o elitismo retornam às actividades em causa. É uma prática habitual, e acaba por existir em todo o lado, mas mesmo assim é super chato vermo-nos separados em dois grupos: os caloiros de primeira, a elite da praxe, que mais tarde são os doutores de primeira; e os outros, os caloiros de segunda, que não saem à noite com os doutores, não apanham bebedeiras com eles, não executam "privacidades" com eles, e que acabam como doutores de segunda.
Lembro-me que quando comecei a praxar, o meu padrinho me disse "afilhada, tu foste uma boa caloira, também vais ser uma boa doutora, eu sei que vais". E foi com isso no espírito que sempre trajei e praxei. As opiniões dos demais que achavam que eu não sabia praxar, pouco me dizem, mas não deixam de me deixar nas horas, quando quem o faz são os ditos de primeira. Que se lixem, se são felizes assim, que sejam, que eu também sou à minha maneira. Bem sei que a minha praxe era um pouco mais pesada, contudo, nunca fui pela tradição de benesse, nem para favorecer os meus, já que assim impus respeito. E que respeito! Tenho três afilhados, dois meninos e uma menina, nem mais nem menos. Não tive que escolher entre ninguém e apadrinhei aqueles que acharam ser eu aquela em quem confiar na sua vida académica. E isso enche-me de orgulho.
E aqui está a minha família académica, no baptismo académico: eu, em grande plano aqui à frente com o mai' lindo traje da academia minhota (aquilo não é um chapéu, é um tricórnio, tá?!), e por detrás os meus filhotes (da esqueda para a direita), o Diogo "Folhados Mistos", a Filipa "Abcissa", e o Telmo "Spartacus". Pena é que eu ainda não tenho aprendido a praxar... Pobres seres, estes meus filhos que também nunca o irão saber... Irony?! xD
Tu metias um respeito do caralho hoje de manhã. Pequeninha, mas fodida :P
ResponderEliminarLOL tanto o meu padrinho como o meu afilhado de curso nunca chegaram ao fim, apenas eu cheguei a Inginheiro
ResponderEliminarEu usei o traje quando andava na tuna, e um ano para as praxes!
ResponderEliminarDe resto, está no armário!
Gosto tanto do teu traje, é tão giro.
ResponderEliminarO meu traje infelizmente foi pouco usado, mas foi usado com orgulho e boa disposição :)
Sempre gostei de praxar e ser praxada. Usei o meu traje com o maior orgulho... Só tenho pena de já ter acabado ;(
ResponderEliminartens um desafio no meu cantinho ;)
Alex - Eu meto sempre respeito, sobretudo quando estou com os azeites xD
ResponderEliminarXL - Inginheiro ?! Oh pah... pronto, está bem. Mas eras melhor pessoas se fosses Doutor xD
Xs - O meu também tem estado no armário este ano, mas é sempre um orgulho vesti-lo mais uma vez =)
Gasper - É lindo!! Já viste o traje completo?! Muito mais bonito do que na foto ^^
Poison - Orgulho sempre. E tenho pena que para mim também esteja a acabar... =/