quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Portugalândia: que futuro?!

Hoje logo de manhã li dois textos em cadeia. O primeiro foi uma carta aberta endereçada ao actual Primeiro-Ministro (que podem ler aqui) e a segunda o editorial do dia do jornal Destak.pt.

Depois de ler ambos os textos e os respectivos comentários, só me apeteceu bater em alguém. Pouco depois li na Internet que os cuidados de enfermagem nos centros de saúde vão passar a ser pagos, assim como os feitos ao domicílio, pela módica quantia de 4 euros. Mas os drogados continuam a tê-los na mesma e sem gastar um tostão...

Isto só me leva a acreditar numa coisa: que as pessoas que fazem estas leis absolutamente absurdas têm que estar a lucrar com isto. Se o drogado gastar o pouco dinheiro que obtém, maioritariamente, ou a roubar ou a receber o salário mínimo garantido (que é mais uma maneira de roubar o contribuinte que sempre produziu para melhorar o país) em cuidados médicos ou a adquirir o kit de toxicodependente, menos fica para a dose. E quem é que fica a perder? Os mafiosos que fornecem a branquinha ao tadito do drogado. E quem são esses mafiosos... Pois, não sei, mas se calhar têm alguma coisa a ver com as leis que cobram 4 euros por cuidados de enfermagem ao reformado, ao desempregado e ao pobre do contribuinte... Mas não posso precisar ao certo.

Ao ler a carta aberta pensei em mim. Será que eu vou chegar ao cúmulo de emigrar para não ter que morrer de fome no meu país? Provavelmente sim. Li também comentários favoráveis e desfavoráveis. E não, um curso superior actualmente não significa nada... Mas devia significar! Vendem-nos o sonho de que se tivermos uma licenciatura podemos arranjar emprego mais facilmente, na nossa área ou noutra, não importa realmente. Só que não nos disseram que isso era em Portugal. Na Portugalânida, isso não significa a ponta de um corno. Até sugeriram à senhora ter escolhido um curso melhor, porque a sua escolha foi falhada e se queria mais dinheiro, cursava outra coisa. Chegaram ao desplante de dizer-lhe, que é mãe solteira (ou mãe divorciada, não me interessa para nada qual a qualificação) e que o problema dela era não ter uma família nuclear tradicional, e se não tinha competência para ter filhos, que não os tivesse! Mas nós estamos aonde afinal? Portugalândia. Pois, é a mesma contribuinte que não consegue ter nenhum tipo de rendimento extra do Estado para ajudar a alimentar os filhos só porque não é drogada. E para rematar, para quem entregou no ano passado um IRS com ganhos de 4 mil euros, nem contribuiu quase nada para os cobres do país, logo também não tem que receber. A sério Apolínário? Portugalândia outra vez?!?! Não, o pobre é que é um fatalista e tem culpa de toda a porra que lhe acontece...

Não são só as leis deste "coiso" chamado país que me revoltam, são as pessoazinhas que nele vivem. Devem viver muito bem vocês que só sabem criticar aqueles que pouco ou nada têm, e que não têm medo de gritar a sua revolta. Para me deixar ainda mais doente, tenho que levar com a imbecilidade da senhora Isabel Stilwell, a grande... "senhora" que faz os piores editoriais de sempre da história do jornalismo português. Provavelmente alguns de vós lembram-se do ataque que ela fez à Geração à Rasca e à música dos Deolinda que tão bem ilustra o terror de um jovem licenciado: tenho um canudo, mas não tenho mais nada.

Segundo esta "jornalista", lá por estarmos sem dinheiro para pagar as contas, a comida e a educação dos filhos, temos é que estar felizes porque é natal. E quem anda sempre de cabeça baixa e a fazer contas à pobre vida que tem devia de ter vergonha por ser um queixinhas e que a coisa não está assim tão mal. Ora, para a m*rda consigo! Eu não sei se tenho dinheiro para pagar a casa ao banco para o ano que vem, e quer que eu esteja como? Sim, porque para efeitos de cálculos de bolsa de estudo, a casa está em nome do meu pai, logo é nossa e é património garantido do agregado familiar. Só que quando se fala de empréstimos ao banco, a coisa muda de figura: ou se paga, ou se fica sem casa. Mas as senhoras da Segurança Social e dos Serviços Académicos disseram-me que a casa era minha...?! Pois... estavam a mentir.

E é neste país que todos nós vivemos minha gente: num país de mentirosos, em que nunca ninguém consegui ganhar o que quer que fosse na sua existência a ser honesto. E os que conseguiram, estão a pagar uma crise que não partiu deles. Mas convenhamos, meus senhores e minhas senhoras, que a culpa também passa um pouco por todos nós... Fizéssemos como um país da Europa (Bélgica, acho) que esteve mais de um ano sem governo e cresceu a olhos vistos! Pelo menos dava para economizar um pouquinho e o Ministro da Solidariedade Social já não comprava um topo de gama que nos lhe custou 86 milhões de euros... Como vos disse: Portugalândia...

2 comentários:

  1. Sabes bem o que penso disso fofinha. Fazemos o que podemos ***

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  2. Heartless - Eu sei foufinho...

    Corina - Brigada! Tudo de bom para ti também e um óptimo Natal! *

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