Hoje de manhã acordei com esta notícia, e fiquei logo doente para o dia todo. Leiam, leiam e faleçam de cólera pela mentiras que aqui são ditas.
É verdade que há pessoal nas praxes que exagera um bocado, e para esses há sanções previstas. Não pense quem não sabe que o Código de Praxe é só para ocupar espaço e para matar árvores. Aquilo existe para ser cumprido, e quem não cumpre não se fica a rir, pelo menos na minha Academia. Só que aparentemente anda por aí alguns meninos mimadinhos que mereciam dois pares de estalos, pelo menos, e os paizinhos desses meninos mereciam levar com um carro em cima.
Minha gente: para começar, vai à praxe quem quer, quem não quer, não vai. E não pensei que vai sofrer represálias por isso. O tempo do Código de Praxe de monstruosidade acabou minha gente! E há uns anitos! Quando eu fui caloira, em 2008, já lá vão quatro anos, o Código já tinha sido revisto e todos os anos nos restringem mais um pouco. Agora não se pode fazer quase nada aos miúdos, que na sua maioria são os tontinhos mimados que não podem ouvir um gritinho e vão logo fazer queixinhas. Não é bullying, meus senhores e senhoras, é praxe. Bullying sofri eu no ensino recorrente durante anos a fio, e não tem nada a ver com a iniciações universitárias.
Já se sabe que na semana da Recepção ao Caloiro há bebidas e coisas que tais. O pessoal exagera muito, em alguns casos, e há já quatro anos que ando nesta vida e nunca apanhei uma borracheira, porque ainda tenho noção das coisas que faço ou que quero fazer. Praxei e fui praxada, e confesso que gostei mais de andar na praxe quando era caloira, e nunca me recusei a fazer nada que fosse, porque quem me praxou tinha o bom senso de não nos mandar fazer coisas absurdas. Enquanto praxante, nunca tive nenhum caloiro que me disse-se "senhora doutora, não faço isto ou aquilo porque vai contra os meus princípios ou vai-me prejuducar". Sim, os caloiros podem recusar-se a fazerem determinadas coisas e ninguém os pode sancionar por isso. Tenho quatro matriculas e estou no quarto ano da licenciatura, e não chumbei nenhuma ano por causa da praxe. Empenho-me imenso e trabalho como sei lá o que para conseguir os meus objectivos. Sou jurista, estudante de Direito, e custa tanto às vezes, que fico sem forças para ler mais uma linha que seja. A minha vida de estudante não é beber nem fumar, nem faltar às aulas, nem sair trinta mil vezes por semana. Eu trabalho, para além de estudar, sou representante de curso, sou colaboradora da Jornal Académico e vendo cosméticos na Oriflame. Trabalho. Não vivo à custa dos meus pais, e faço tudo por tudo para conseguir os meus objectivos, que é a acabar o curso este ano. Se isso não acontecer, com certeza não é por causa das praxes, porque eu nem sequer estou a praxar agora.
O que mais me mete um nojo descomunal?! A mentira. Este pirralhitos nem mentir sabem! Ninguém obriga os caloiros a beber nem a fumar. Se a canalha chega a casa fora de condições recomendáveis, a culpa não é dos praxantes, mas sim deles que não sabem o que andam a fazer na vida. E os paizinhos deles ainda lhes dão razão! Já foram alguma vez ver a praxe?! Os meus pais viram, e não acharam nada de mal Sempre lhes contei o que me faziam quando era caloira e o que eu faziam quando praxante, e nunca recebi um olhar de reprovação sequer, e eles não são pessoas para tolerarem m*rdas e abusos, não se enganem. Até acham graças às palhaçadas que fazemos com os miúdos.
Isto é uma verdadeira vergonha, é sujarem o bom nome da Academia e atirarem por terra toda a nossa luta contra aqueles que querem acabar com a boa tradição que hoje em dia é a praxe. E só para esclarecer uma dúvidazinha, sua Santidade o Papa da Academia não é o aluno com mais matrículas na Universidade. Eu conheço as duas pessoas com mais inscrições na UMinho, e nenhuma delas é o Papa. Se querem publicar notícias, que o façam, mas desde que sejam verdade! A mentira, essa, não a tolero e nunca a irei tolerar.
Está estúpido isto, está. O importante aqui é mesmo que os putos inventam largo. faz-me lembrar da cena dos professores: antes perguntava-se aos filhos "QUE NOTAS SÃO ESTAS?!", agora pergunta-se aos profs. A culpa nunca é dos filhos -.-
ResponderEliminarSou sincera, tinha lido todos os posts só que sinta-me um bocado mal comentar os outros sem comentar este pois este diz-me muito... não consigo resumir tudo o que tenho a dizer num só comentário por isso deixo este "comentário" para alguma eventualidade de nos conhecermos pessoalmente e assim temos assunto para 1 dia inteiro.
ResponderEliminarInês - A culpa nunca é deles não... E essa das notas é tão flagrante que dói =/
ResponderEliminarCorina - Fica combinado. Cheira-me que vamos ter muito que falar...