segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Roupa cara não esconde educação barata

Há uns dias a Inês mandou-me isto para o Facebook "Roupa cara não esconde educação barata". E de repente, quase por instinto, comecei a relembrar mentalmente uma data de gente que conheço.

Nunca percebi muito bem a pancada que algumas pessoas têm com a roupa de marca, a sério que não percebo. Eu poucas peças tenho que são de marca, mesmo muito poucas, e por duas razões: porque as marcas têm pouco ou mesmo nada para me oferecer (tenho um estilo muito próprio e sou extremamente esquisita), e porque não tenho dinheiro para elas. Não sei como se consegue dar 200 euros por umas calças ou umas sapatilhas. Com esse dinheiro, eu conseguia escolher umas 12 ou 15 peças de roupa e fazia uma festa! Pior, eu conseguia comprar trapinhos que me tapassem as "zonas essenciais" e ainda uma boa quantidade de pele extra, que a Nightwish aqui não gosta de andar a mostrar mais do que é permitido pela moral e educação que uma pessoa mediana tem.

Pode ser só de mim, mas acho incrível como roupa tão cara pode tapar tão pouco, ou parecer tão rota como a de alguém que vive nas ruas. Há trapinhos bem mais baratos e em melhor estado em lojas de segunda mão que em boutiques super sofisticadas. Quem é que enganou estes pobres coitados quando lhes fez acreditar que andar esfarrapado e com roupa toda coçada é moda?! Sinceramente não sei, mas merecia uma excerto de porrada. E quem acreditou merecia três ou quatro.

Mas o que me deixa ainda mais nas reais horas é que essa gente que se veste de farrapos ou carteiras que custam tanto ou mais que uma renda mensal de uma casa, acham-me a melhor bolacha do pacote. E porquê? Só porque têm dinheiro e podem pagar coisas caras? Sim, é exactamente isso. Porque a educação e o respeito aprendem-se no berço, mas provavelmente, a maioria das pessoas quem nasceram num berço de ouro (e felizmente não todas!) não se pode dar a esse luxo. É demasiado caro e têm que alimentar o ego, logo, menos fica para os valores educacionais e sociais. Se tenho uma conta bancária bem recheada, posso olhar todos os outros de lado, porque me visto melhor do que eles, ou seja, ou melhor que elas. Errado. A sua grande parte ainda se veste pior do que quem conta os tostões para a comida. Porém, eu tenho para mim que isso é apenas uma estratégia... É que assim sempre conseguem ter as bolsas mais altas da universidade porque não têm nem para a roupa... Vou passar a fazer o mesmo. O único problema é que tive boa educação e não consigo andar toda esfarrapada mesmo tendo pouco dinheiro. Chamem o que lhe quisessem: vaidade, mania, sumptuosidade, o que seja. Eu chamo-lhe dignidade e vergonha na cara.

7 comentários:

  1. Por acaso com o titulo fez-me logo pensar em umas quantas pessoas... resume-se a: aparências.

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  2. Kung Hei Fat Choi!
    (Feliz Ano Novo Chinês)

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  3. Não precisas sequer de roupa para ter respeito. Nunca me fui pelas marcas :P

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  4. Se eu te dissesse o preço de algumas peças de roupa que tenho...
    ehehe!
    Até te passavas!
    :P

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  5. Corina - É não é?! Também me pareceu xD E já agora, Kung Hei Fat Choi para ti também! =P

    Heartless - Pois não, mas há muito boa (má) gente que pensa totalmente o contrário...

    Xs - Desde que não sejas mete nojo, até podes ter roupa feita de ouro, que eu não me importo! O que realmente me irrita não é a tonelada de dinheiro que se gasta, mas a falsa "segurança" de que se é melhor só porque se tem roupa cara.

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  6. a roupa, seja cara ou barata, não esconde o carácter de ninguém... E há gente tão triste de espírito.

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  7. Poison - Oh se há gente assim... Acredito piamente que há mais pobres de espírito que pobres de dinheiro...

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