Hoje depois do almoço, quando ia para o teste de Direito Reais, e depois quando voltei para casa para dormir uma sonequinha (o que acabou por não acontecer...), fui vítima de várias visões do inferno, vulgo, pessoas que não se sabem vestir e/ou não têm noção do ridículo. Pode dizer-se que, tanto um problema como o outro, e pior, os dois em simultâneo, são com toda a certeza obra de Belzebu, esse ser pindérico que vive entre nós que tem como único propósito atormentar o conceito de moda dos seres humanos.
Primeiramente, deparei-me com uma mulher na casa dos seus 30 anos, pelo menos (que eu não lhe olhei muito para a cara), com uns calçõezinhos vestidos e collants por baixo. Até aí, apesar de não gostar muito da combinação de peças, nada de novo ou muito extravagante. A particularidade dos calções é que eram mesmo inhos de tão pequenos. Ainda tenho as minhas dúvidas se aquilo não eram, na verdade, uns boxers. Eu tenho roupa interior que tapa mais pele do que aquilo, por assim dizer. Para piorar, eram de lycra... ou seja, dava para notar praticamente tudo o que estava por baixo. Não vou tecer mais comentários a este respeito, até porque a imagem mental que se deve estar a formar na vossa mente deve ser horrível o suficiente, daqui que não vejo qualquer propósito de vos continuar a torturar a cabecinha.
Mais adiante, reparei numa moçoila que estava de t-shirt sem mangas. Toda ela gritava "sou uma pita e tenho a mania que sou fashion", com os braços quase anorectivamente delineados e todos arrepiadinhos com o frio, aos quais se juntava uma pasta de base descomunal numa carinha toda enfiadinha pela subnutrição (provavelmente auto-infligida).
Quando voltei do teste, fiquei à porta do centro de cópias à espera de umas amigas "pegas", que precisavam de fotocopiar uns apontamentos meus. Como sou boa pessoa, não tive qualquer problema em emprestar o que elas precisavam (não sei se repararam, mas esta frase está mais carregadinha de ironia do que um comboio indiano... um dia destes eu desenvolvo a matéria xD). Enquanto esperava, aproveitei para ver as vistas, leia-se, ver quem passava, já que o centro de cópias fica num primeiro andar e me dava uma vista mais que privilegiada sobre o degredo humano. Vi montes de raparigas que ao saírem da cama de manhã, porque tinham os olhos cravejadinhos de remelas, enganaram-se e em vez de vestirem um par de calças, meterem-se dentro de umas leggings. Vi imensas rapariguinhas de saltos altos e que não sabiam andar com eles, de tão tortos que os seus corpos ficavam para serem capazes de manter o equilibro em cima de tamanhos cascos.
Porém, pior que tudo isso foi ver um moçoilo com umas jeans e um cabelo completamente inacreditáveis. O seu penteado consistia em ter cabelo somente no cimo da cabeça e o resto estava rapado. Relativamente ao cabelo que tinha, decidiu deixá-lo crescer e meter para o lado, tipo "Justin Castor", mas ainda mais horrendo, porque lhe faltava a parte de baixo do capacete. E depois as calças... Eram umas skinny jeans do mais skinny que por aí há, com as beiras para fora e "às solhas", o que proporcionava a um qualquer transeunte ver as suas meias pretas até um pouco acima do tornozelo, mais as suas all star verde relva. De uma coisa podemos ter todos certeza: filho meu não andava assim na rua. O meu problema não é com ele ser, hipoteticamente, bichona, porque o facto de ele ser gay não me faz qualquer diferença. Mas se é para ser bichona, que seja com estilo!
Sabem o que vos digo? Lá se vai o tempo em que as pessoas se esmeravam para parecer bem. Podiam não ter dinheiro, que a maioria não tinha, mas andavam bem arranjadinhas, e a elegância estava acima de tudo. Hoje em dia, pagam-se balúrdios de dinheiro para se parecer mais rasca que um pedinte ou uma senhora da vida. Haja paciência para perceber esta gente... Ainda falam da Lady Gaga. Essa aí consegue aparecer mais bem vestida e apresentável que alguns seres que por aqui andam.
Também muita gente assim!
ResponderEliminarÉ o prato do dia!
Sempre tive uma opinião: cada um deve vestir/usar aquilo que lhe fica bem!
Há roupas que, mesmo que uma pessoa adore, se não lhe fica bem, não deve usar!
Paciência!
Sempre é melhor isso, do que parecer um(a) trambolho(a)!