segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

I quit

Desisti, definitivamente, de ir às compras de roupa. A sério, não estou a brincar, é mesmo verdade.

Quando fui comprar as prendas de natal do Moço, passei pela Primark porque, para além de não ser uma loja estupidamente cara (ainda que a qualidade não seja a melhor), tem produtos de merchandise de Harry Potter, Star Wars, Marvel e por aí fora. Quer dizer... vai tendo. Como o nosso jantar de natal e consequente troca de prendas foi depois do natal propriamente dito, e porque não consegui lá ir antes das "férias" passadas na terrinha, as compras foram feitas em altura de saldos. Se, por um lado, a maioria do merchandise estava em promoção, o que foi óptimo para a carteira, também era certo que só sobravam os números maiores e os mais pequenos e a loja estava inundada de criaturas para as trocas/saldos, o que foi péssimo para os nervos.

Nem consegui ver nada para mim, apesar de, pelo menos, metade da Primark estar em promoção. Tinha pouco tempo e já estava a ficar nervosa com a quantidade insana de gente que não se desviava e com o calor descomunal da loja. No entanto, em frente à zona dos homens, estava um expositor com blaisers de senhora. Como estava no caminho, dei uma rápida espreitadela e encontrei um último blaiser preto muito fashion, mas que não experimentei porque só iria sair dos provadores depois das badaladas que anunciam o ano novo. Só o vesti já em casa e constatei, com algum pesar, que o blaiser era grande. Bem, teria sempre oportunidade de trocar, mesmo que não fosse por uma peça igual. A loja é grande e havia muita coisa em promoção. Para além disso, precisava de ir ao shopping, para comprar noutra loja umas calças que tinha visto online.

Quando consegui um tempinho para perder nessas andanças lá fui eu, mais o Moço, rumo ao shopping. Novamente, havia povo que nunca mais acabava e parecia que estávamos nas Caraíbas. Não sei porque deixam as lojas tão quentes, a não ser para as pessoas se fartarem de lá estar antes de pensarem bem se realmente querem gastar aquele dinheiro naquelas peças. Mas a questão primordial foi: não gostei de nada do que a Primark tinha. Nada. Ou, pelo menos, nada que valesse o dinheiro que marcava na etiqueta. Depois de mais de uma hora na loja, acabei por trocar o blaiser por peças para outras pessoas. Fui então à Bershka, onde eu não me lembro de comprar uma única peça de roupa. Nada das calças que eu tinha visto na loja online. Voltei para casa com vontade de me afogar em comida, que foi o que fiz. Não foi porque não consegui gastar dinheiro feita louca de Bervely Hills em lojas de roupa, mas porque andava à procura de coisas que me fazem realmente falta e vim para casa de mãos a abanar.

Eu sei que sou esquisita com a roupa, como sou, aliás, com quase tudo. Mas o que eu acho ridículo é não conseguir comprar umas calças básicas, pretas, sem que o botão da cintura me roce no nariz e sem parecer que andei "à bulha" com um felino selvagem que me rasgou a roupa toda. Eu quero umas calças simples, mas para isso não estou disposta a pagar 30 ou 40 euros. Já nem vou falar dos blaisers. Por isso, a partir de agora, vou comprar roupa no eBay ou aprender a fazê-la (as mais simples, pelo menos). Para além de ter maior probabilidade de encontrar o que quero (sempre com atenção à qualidade e às referências de tamanhos) a um preço recomendável, também consigo encontrar montes de merchandise que, mesmo em lojas como a Primark que vende produtos oficiais, só se encontram noutros países. Só volto a comprar roupa numa loja em situações especiais.

Agora, alguém que se ofereça para me ensinar a costurar. A minha máquina de costura de brincar ainda deve funcionar. Sim, eu tinha uma dessa, com agulha verdadeira e que costurava mesmo. Não podia mexer em facas ou aprender a cozinhar porque era perigoso, mas se cosesse os dedos não havia problema nenhum (o que, por acaso, e tendo em conta a minha destrambelhice natural, nunca aconteceu...). Vamos ter esperança.

7 comentários:

  1. Já para não falar que é super difícil arranjar calças sem rasgões, sem lantejolas, sem coisas parvas. E as que são simples e bonitas são caríssimas! Arrisco-me a dizer que nao compro calças há 2 anos... E para já as que tenho ainda estão óptimas. Também sou super esquisita com a roupa, e nessas lojas, com excepção para blusinhas de primavera, nunca encontro nada de jeito. Roupa de inverno, então, irrita-me solenemente. Como é que alguém consegue andar com roupa tão fina?

    ResponderEliminar
  2. Detesto ir às compras porque além da secção dos homens ser um terço das mulheres, ainda é bem mais cara que a vossa. Depois o pouco disponível ou é à executivo ou à chunga, não existe um meio termo. Sobre os centros comerciais nem gosto de falar, são sufocantes e as pessoas parecem animais, é terrível! Nunca me aventurei a comprar roupa online porque prefiro experimentar primeiro. Já me aconteceu tantas vezes ver algo decente no cabide e depois em mim parecia um aborto haha.

    Ricardo, The Ghostly Walker.

    ResponderEliminar
  3. É realmente muito difícil nós termos paciência para ir às compras... Não estás sozinha, nós também somos do mesmo estilo!

    ResponderEliminar
  4. Eu estava precisamente assim como tu, relativamente a comprar roupa em Portugal... até vir para o UK. Não só pela escolha que é muito mais variada, eu acho impressionante como numa loja de roupa inglesa eles tenham vários estilos incorporados.
    Numa só loja há roupa para todos os gostos... agora se eu for a uma Bershka devo sair de mãos a abanar porque para mim, simplesmente, parece trapos. Então quando encontrava algo que gostava ou era caríssimo ou então comprava da mesma peça em várias cores (estupido eu sei mas era raro encontrar algo que gostasse e no desespero... lol).

    É uma pena em Portugal não ter a Select, Dorothy Perkins, TopShop, New Look... que são as minhas favoritas de preços acessíveis.
    A única roupa que compro em Portugal (mas devo mudar isso em breve porque já vi à venda aqui no UK, apesar de em pequena quantidade) são as calças de ganga, porque a partir do momento em que o teu derrière entra numas calças da salsa não queres outra coisa xD qualidade vale mesmo a pena, tenho calças há 10 anos e tão como novas depois de taaantas lavagens.

    E desviei-me da conversa... outra coisa que adoro cá são as lojas retro/vintage que encontras tãaaao giras e a preços mesmo bons. Já para não falar de Camden... é todo um paraíso.

    Tens que vir cá de mala vazia ;)

    ResponderEliminar
  5. Também "sofri" no ano passado à procura de umas calças pretas --' Mas lá acabei por encontrar umas óptimas na H&M :)
    Já gostei mais de ir às compras. Agora, não tenho grande paciência (talvez por achar que tenho roupa suficiente e não preciso de mais nada). Especialmente em alturas de saldos, em que as lojas mais parecem a feira da ladra...e especialmente na Primark! Tive que lá ir no outro dia quando fui a Lisboa, porque pediram-me coisas de lá...e só me apeteceu fugir no momento em que entrei. Gente por todo o lado e um calor insuportável, argh --' (E não encontrei nada de jeito. Acho que a única coisa que agora me move a ir à Primark são mesmo os produtos de merchandise...)

    ResponderEliminar
  6. Também tive uma máquina de costura de brincar com a tal agulha a sério. Só fiz porcaria com ela.

    ResponderEliminar
  7. por acaso sou doida pela Primark e gosto quase de tudo ahah desde roupa a malas e acessórios, perco a cabeça na Primark mas em relação a calças sou como tu, encontro raramente as que quero, tenho de ir a imensas lojas e nunca consigo à primeira, gosto delas com um corte simples não muito descidas e não as quero rasgadas e lá está, normalmente as mais simples são as mais caras, porque será? ahah

    ResponderEliminar

Sê bem vindo!! Achaste este post tão maravilhoso como a sua autora? Ou tão alucinado da mona? Sente-te à vontade para deixar o teu contributo. Responderei assim que possível. Obrigada pela visita e volta sempre =)