Por falar em hortas, há uns dias aconteceu uma coisa demasiado estúpida para ficar no segredo dos deuses.
Cheguei a casa depois do trabalho e decidi executar uma das tarefas domésticas que me foi adjudicada: dar de beber às couves, à salsa e às alfaces que estão plantadas em garrafões de água e que repousam na varanda. Estamos a pensar aumentar a variedade de leguminosas da nossa horta, talvez tenhamos tubérculos também, mas ainda estamos a estudar quais as próximas aquisições. É quase como o mercado de transferências do futebol.
Lá fui eu toda afoita à varanda e... sem que nada o fizesse prever, as couves tinham desaparecido. Voltei a entrar em casa, e olhei para o chão ao lado da banca da cozinha, na esperança de ver lá as couves. Nada. Voltei a ir à varanda, para verificar se, por algum acontecimento inexplicável da natureza, tivesse passado pelas ditas e não as tivesse visto. Nada. O meu primeiro pensamento foi: roubaram-nos as couves. Sendo que o Covil se situa num terceiro andar, é perfeitamente racional que nos tivesses assaltado a varanda... pois. Descartei no mesmo instante a ideia, mas a que lhe seguiu não foi melhor: entraram em casa e roubaram-nos as couves. Sim de TUDO o que haveria para saquear, tinham, justamente, levado as couves... pois. Aí, num momento de epifania, pensei: estão na casa de banho. Não me perguntei porque razão tive esta terceira ideia perfeitamente plausível, porque não faço ideia de onde saiu. Muito obviamente, as couves não estavam na casa de banho.
Parei para pensar, na verdadeira acepção da palavra. As couves tinham que estar em algum lugar, excepto se tivessem transformado as raízes em pequenas perninas, e tivesse saído pelo próprio pé (hahahha, não resisti). E então, percebi o que tinha acontecido: o Moço colocou-as no tanque que existe na varanda, provavelmente por causa do escoamento das águas da rega, que se espalha pela varanda fora sempre que lhes damos de beber.
Acho que, com esta breve explicação, está mais que patente que estou com alguma coisa perto do esgotamento nervoso. Mas não se riam tudo já. Deixem alguma pândega para quando vos contar o episódio das chaves do Moço. Acho que o Indiana Jones descobria mais rapidamente o Graal do que o estupor das chaves.
Em tua defesa, eu seguiria exactamente o mesmo raciocínio... :P
ResponderEliminarInformo-te já, com a experiência de dois anos seguidos a tentar, que plantar couves em vasos, ou alfaces em paletes de madeira revestidas a sacos de plástico do lixo, são ideias de caca dos gajos da Quercus.
ResponderEliminarPrimeiro - a água da rede é cara.
Segundo - a terra para plantas é cara.
Terceiro - o fraco desenvolvimento das plantas em vaso, não justifica a despesa.
Quarto - as borboletas apanham-nos distraídos e num dia põe os ovos e no dia seguinte tem lagartas gordas que nem vacas verdes, a comerem-te a hortaliça.
As ervas aromáticas ainda vá (salsa, coentros, hortelã, malaguetas e até um loureiro tenho "envasado"). Vão dando para os gastos. Agora couves e batatas (uma vez semeei alhos e nem ganharam cabeça), mais vale estar quieto.
Se queres lucros na sementeira, dedica-te à "erva". Não dá grande pedra, mas distrai. E ainda te pode valer umas férias de cinco ou seis anos, em regime de pensão completa, numa cadeia perto de si. ahahahahahah
É um raciocínio plenamente correto o teu, porque desconfio que iriam dar-me umas ideias do mesmo género xD por isso bastante plausível!
ResponderEliminarAdorei este teu "episódio" das couves
Nós achamos os pensamentos plenamente plausíveis. Só não dizemos que teríamos um pensamento semelhantes porque distraídos como somos não íamos achar as ditas couves sem ajudas ahahah
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