Esta frase é de uma das mais aclamadas séries de ficção científica, Firefly, de Joss Whedon, o mesmo caramelo que produziu Buffy, the Vampire Slayer, Angel e, mais recentemente, The Avengers. O homem tem um sentido de humor refinadíssimo, e consegue abordar temas bastante pesados e densos de uma forma bastante graciosa, sempre com o sarcasmo à mão. Esta série retrata a vida de várias pessoas que viajam pelo universo numa pequena nave da classe Firefly, no ano 2517. Depois da vida no planeta Terra se ter tornado insustentável, os humanos viram-se obrigados a "migrar" para outros planetas e luas, e são agora governados pela Aliança, formada pelas duas ex-grandes potências da Terra, a América e a China, mas que não é assim tão liberal. Os planetas centrais são mais avançados social e tecnologicamente, mas os da periferia são quase um western vivo.
Malcolm Reynolds, o Capitão, assim como a sua Imediata Zoe, são veterano da guerra civil travada entre a Aliança e os rebeldes Bronwcoats (Casacos Castanhos) anos atrás, a qual estes últimos perderam com a reviravolta de Serenity's Valley. Serenity é, precisamente, o nome da nave de Malcolm, e ainda do filme que termina a história que Joss Whedon tinha para contar. (A Fox cancelou a série, mesmo apesar do seu sucesso, uma vez que Whedon se recusou a "ressuscitar" Angel). É numa das cenas mais dramáticas da série em que é explicado algo que os ex-soldados aprenderam na guerra contra a Aliança: quando não conseguires correr, rasteja, e quando não conseguires rastejar, encontra alguém que te carregue.
Os caracteres em mandarim significam "you can't take the sky from me", que é parte da theme song da série. |
Até ver Firefly, eu não gostava de ficção científica. Foi esta série, a par com o filme A.I. Artificial Intelligence, produzido por Spielberg mas apoiado no trabalho de Kubrick que nunca chegou a gravar uma única cena, que percebi que FC não era apenas sobre extraterrestres muito mal interpretados. FC era, e é, acerca de pessoas e de como, muitas vezes em cenários extremos, se conseguem manter humanos ou como acabam por deixar de o ser. Firefly não é diferente, e acho que no retrato de pessoas reais, que assenta a sua genialidade. Não é apenas nas guerras que se corre, rasteja ou imploramos que alguém nos carregue. A lei da sobrevivência é usada todos os dias, e nem sempre correr, rastejar ou carregar alguém tem que ser um acto físico, mas antes figurativo.
Nota: Para quem não sabe, o Capitão Malcolm Reynolds é o mesmo actor que interpreta Castle, na série com o mesmo nome, mas uns bons quilinhos a menos, mas com o mesmo ar de pateta =) Vejam, não se vão arrepender!
Eu diria que és viciada em Firefly... Mas não sei.
ResponderEliminarJá tinha ouvido falar da série mas confesso que sempre associei a algo "low budget" e mal conseguido. Pelos vistos estava enganado! Fiquei com bastante curiosidade em conhecer melhor a história, ainda para mais só tem duas temporadas. Tenho que espreitar :)
ResponderEliminarRicardo, The Ghostly Walker.
Não conhecia mas parece uma série bastante interessante. Eu nunca liguei muito a FC mas como dizes não se resume a ET's e etc, vou espreitar a série (:
ResponderEliminarEu não gosto muito de séries em geral, e é preciso ter motivos mesmo muito fortes para ver alguma. Prefiro muito mais filmes. Por isso não me parece que vá seguir o teu conselho, I'm sorry xD mas quem sabe, às vezes o meu moço (que adora series) pede-me para começarmos a ver uma série nova os dois, caso aconteça, vou tomar a tua sugestão em consideração ;)
ResponderEliminarEu também não gostava de ficção científica antes, porque tinha a ideia de que FC não passava daquelas parvoíces com extraterrestres e de coisas no espaço x)
ResponderEliminarNunca tinha ouvido falar nessa série...