quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Bibliophilia

Este deveria ser um post de shaming... mas é mentira. Ler pode não ser o melhor remédio, mas é um dos melhores e que eu recomendo vivamente (àqueles que gostam, claro está ^^ ). Bibliophilia é o sentimento característico de um adorador de livros (bibliophile). Portantos, eu.

No ano passado, mantive as minhas visitas a feiras de usados, tendo apenas comprado edições novas em casos especiais. Mas o verdadeiro milagre surgiu em forma de stock off de uma livraria em Braga, que precisava de ganhar espaço e, por isso, fez uma mega promoção de vários títulos que simplesmente não eram vendidos. Sabem aquelas edições da Europa-América que já não se vêem nas livrarias há anos? E entre elas, verdadeiros achados.

Acabei, por isso, por comprar uma estante nova. Foi o suficiente. Durante alguns meses. Em minha defesa, tenho a dizer que a estante em questão é daquelas que servem de apoio para a televisão, logo, não é muito grande, e as suas prateleiras não são muito altas, albergando apenas livros de bolso ou de dimensões aproximadas. Já tenho, novamente, livros empilhados num cantinho, mas ainda assim, bem arrumadinhos, pois n'O Covil, não se maltratam esses pequenotes.

E é por tudo isso, porque adoro livros e porque também gosto de me gabar de vez em quando, que vou continuar a tradição iniciada o ano anterior de fazer contas às estantes (e à carteira), com as aquisições livrescas de 2016:

Agora é tempo de deixar as letras e passar aos números, não é? Tenho a dizer que este foi o ano em que comprei mais livros, superando em larga escala as aquisições do 2015. Ao todo, foram 59 livros, quase o dobro do ano passado. Mas, em contrapartida, gastei menos dinheiro, num total de € 97,24. Isto dá em média cerca de € 1,65 por livro, um número bem risonho (menos de metade que no ano passado) e um verdadeiro recorde.

Mas estas não são os únicos novos inquilinos das estantes do Covil. Nas contas não entram os livros oferecidos, todavia, sinto-me na obrigação (e na babação =P ) de os listar também:

Em resumo, o mercado de portais mágicos não está nada fácil, mas sempre se consegue encontrar desses pórticos que nos transportam para mundos encantados, repletos de magia, aventura e criaturas fantásticas. Apesar de medonho no geral, 2016 foi um ano fantástico para a minha bibliofilia. O mesmo já não poderão dizer as minhas prateleiras, que estão novamente sem espaço. Mas que posso eu fazer? Ler é, sem sombra de dúvidas, o meu super poder. Se pudesse, viveria mais tempo entre as suas páginas que no mundo real. Ler faz-me ser uma pessoa melhor.

E como não podia deixar de ser, a primeira compra do ano já foi feita, acompanhada, muito provavelmente, da oferta da nova colecção de livros da Visão ^^ 

Pessoa com problema de leitura extremamente grave procura nova estante para relação séria. Promete à estante muitos livrinhos para albergar no seu lindo Covil e, ocasionalmente, uma vela de aroma a canela ou madeira das Índias.

3 comentários:

  1. Eu gostava que te fosses fecundar, sim? lol opá, esta lista é impressionante :o

    Beijinhos,
    O meu reino da noite ~ facebook ~ bloglovin'

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  2. Compreendo perfeitamente. Eu também já tenho várias estratégias para conseguir livros baratinhos e lá as vou usando quando calha (em livros antigos e recentes). Agora sosseguei mais um bocadinho porque, além do desemprego, já há mais de dois mil livros cá em casa e convém lê-los... Agora, do que não gosto mesmo é da Europa-América. Consigo tolerar os seus livros mais antigos, da época de um famoso editor que por lá tiveram que se preocupava com a qualidade dos livros. Depois disso, é para esquecer. Fazem traduções medonhas (traduziram a Ilíada e a Odisseia a partir do francês e por isso cometeram o seguinte prodígio: o desgraçado do Agamemnon passou a Agamemnão porque «non» em Francês significa «não»). Na faculdade éramos praticamente proibidos de ler as edições da EA, por isso os alunos de Letras fugiam delas como o diabo da cruz. Agora, para quem não se importa, eles têm um catálogo gigantesco. Eu prefiro sempre evitá-los, mas permitem-te ler e isso é que importa verdadeiramente.

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  3. Oh pa, adoro! Também a pouco e pouco vou construindo a minha prateleira. Permite que te diga, tens aí uma colecção invejável :)

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