quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dançando com dragões no meio do Caos

No passado domingo, lá pelas duas e meia da manhã, terminei (finalmente!) de ler Os Reinos do Caos, a segunda parte de A Dance with Dragons, de George R. R. Martin. Decidi que só falaria da obra após ler os dois últimos volumes editados em Portugal, já que na versão original são apenas um livro. Vou tentar fazer a menor quantidade de *spoilers* que puder, sim?!

Desde 2007, quando comecei a ler esta saga, nunca pensei que continuasse tão viciada nela com o passar do tempo. A escrita de Martin, mais uma vez, não desiludiu. Ele tem um modo brilhante de brincar com as nossas expectativas e, de um momento para o outro, tudo está virado do avesso. Já sentia alguma saudade da aventura pelo poder do Trono de Ferro. Mas confesso que esperava, após uma tão grande espera, que muitas perguntas já tivessem sido respondidas. Para as poucas questões que encontrarei solução, outras tantas foram levantadas. Nestes A Dança dos Dragões e Os Reinos do Caos não contava com tantos capítulos que apenas lá estão para ocupar espaço. Esperava piamente que a narrativa avançasse mais rapidamente nesta “quase” recta final. Mas o Senhor Martin nunca nos fez a vida fácil…

Quem mais me desiludiu foi mesmo Daenerys Targaryan, e com muita pena minha. Senti que alguns dos seus capítulos estavam lá só para "encher chouriços". Parece-me que se esqueceu do que é realmente importante, demorando-se demasiado num "mundo" que não é o seu, pondo as “suas orelhas de abano” e contentando-se com o que lhe concedem, quando devia fazer exactamente o contrário. Já os capítulos de um certo cavaleiro que agora a acompanha foram uma óptima surpresa, e saber que ainda existe, pelo menos, um homem de Westeros honrado, é uma dádiva.

Jon continua a ser um dos meus favoritos e ainda respira. Folgo que continue a fazê-lo até ao final da história, embora a minha simpatia por Eddard não fosse suficiente para lhe manter a cabeça agarrada ao pescoço. Será demais, contudo, dizer que não me importava que determinados seres caíssem por acidente (ou talvez não...) numa fogueirinha bem acesa, quente e vermelhinha. Uma dica: são ambas mulheres; uma é de Asshai da Sombra e a outra tem pelos no queixo.

Não sinto falta dos POV’s da Sansa, a verdadeira sonsinha da história, e muito mais irritante que Margaery Tyrell. Todavia, até que não me importava de um capítulo dela para saber o que o Mindinho anda a tramar por estas alturas. E bem que gostava de saber a cor do cabelo de Varys para confirmar uma coisinha… Ah! Ainda há anões por estes lados, e com línguas cada vez mais afiadinhas, se entendem o que estou a dizer.

Mas, para além de tudo isto, o que mais me entristece e irrita, é que A Dance with Dragons demorou 6 anos a ver a luz do dia. Quando The Winds of Winter vir a luz do dia, por este andar, já vou estar quase nos 30 e, quando a saga terminar, terei muito provavelmente uma criança numa mão e A Dream of Spring na outra. A ver se o homem não nos prega uma grande partida e ainda morre antes disso (ele não está propriamente a ir para novo...). Ele que demore anos, mas que não morra antes de acabar a obra!! =P

5 comentários:

  1. Heartless - Eu sei... A espera vai deixar-me doida! =P

    Xs - Shame on youuuuu!! =P

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  2. Temos aqui um Generation Gap, tu a leres esses livros e eu a comprar os que me faltam do Jose Rodrigues dos Santos

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  3. XL - Cada um com os seus gostos... e a sua geração!! Mesmo assim, recomendo esta saga, é das melhores coisas que já li na vida ^^

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