sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Hear me Roar

Pessoas viciadas e outras que se interessem pelo assunto, é oficial: hoje é o dia de lançamento do mais recente livro de ASoIaF em edição portuguesa, A Dança dos Dragões, editado pela Saída de Emergência. Num total de 576 páginas, está mais um pedacinho da história que nos cativou de um modo tão intenso, graças a um mundo muito real, com personagens tão humanas e falíveis como qualquer um de nós.
Segunda-feira estou mais que batidinha na Bertrand cá do sítio para adquirir o livro pelo qual esperei cerca de dois anos. Será o maior publicado até à data no país e conta com o grafismo habitual (depois de espiolhar todas as capas que consegui desta colecção em diferentes países, posso afirmar sem medos que as nossas são a mais bonitas ^^).

Num post anterior contei-vos resumidamente a história de Westereos, onde se desenrola a maior parte da narrativa, antes dos acontecimentos presentes. Nos primeiros capítulos da obra, ficamos a saber que aproximadamente quinze anos antes do início da obra, tal como já tinha dito antes, os Targaryens foram depostos do trono e quase todos mortos durante a guerra civil provocada pela insanidade e crueldade do Rei Aerys II, a quem chamavam de "Rei Louco". A sua condição era resultado de uma tradição da sua família: os irmãos casavam entre si para garantir uma linhagem de sangue puro, de espécimes loiros platinados e de olhos cor violeta. (Tal tradição deu origem a uma doença conhecida como porfíria, ou "a doença dos Reis", que se pode causar lesões na pele, entre outros sintomas, o que contribuiu para a criação de mitos de vampiros e lobisomens, ou então lesões mentais graves. O Rei George III de Inglaterra padecia desta doença).

A Rebelião estalou depois de uma séries de infelizes acontecimentos. Ao que se sabe, o filho mais velho de Aerys II, Rhaegar, raptou a irmã de Eddard Stark, Lyanna, e em retaliação o pai desta, Lord Rickard Stark e o filho mais velho Brandon, foram à presença do Rei demandar que algo fosse feito. Mas Aerys mandou prendê-los e matá-los, queimando vivo o primeiro e estrangulando o segundo. Então Eddard, herdeiro de Winterfell no norte e o seu amigo Robert Baratheon, prometido de Lyanna, com a ajuda de Jon Arryn, fizeram a revolução e reconquistaram o Trono de Ferro (forjado pelo primeiro soberano Targaryen com as espadas dos inimigos). Robert matou Rhaegar nas margens do Tridente, e tornou-se Rei dos Sete Reinos. Na verdade, Eddard poderia ter reclamado o trono para si, já que chegou primeiro ao cenário em que o Rei Louco jazia morto no chão do seu palácio, assassinado por um dos seus guardas pessoais, Jaime Lannister, o qual passou a ser apelidado de O Regicida. Lyanna também não pode ser salva, já que quando o irmão a encontrou, ela estava perto da morte numa cama cheia de sangue, onde fez Ned prometer-lhe algo que os livros ainda não foi revelado.

Assim, quinze anos depois, Robert viaja até Winterfell para pedir a Ned que seja a Mão do Rei, que após mostrar relutância em aceitar o cargo, acabo por fazê-lo. Robert é agora um Rei gordo e bêbedo, casado com uma manipuladora mulher, Cercei Lannister, irmã gémea do Regicida, casamento este que nada mais serviu excepto para garantir uma aliança. Entretanto, do outro lado do Mar Estreito, os dois últimos descendentes da casa Tagaryan, Viserys e Daenerys, preparam o seu regresso a casa e ao trono que é seu por direito, esperando que o seu exílio termine em breve.

E é a partir daqui que a narrativa começa, com todos os negócios, alianças, traições, joguinhos de vingança e intrigas palacianas que uma obra do género não pode falhar. Mas o que mais marcante para mim são as personagens. Montes intermináveis de personagens que nunca sabemos se estão a dizer a verdade ou a mentir-nos descaradamente na cara. George Martin teve a gentileza de nos oferecer pessoas realmente humanas, que não são infinitamente boas nem infinitamente más, já que tal coisa não existe. Ao mesmo tempo, passamos a vidinha a tentar descobrir quem está do lado de quem. Isso, e tantos segredos e mistérios com os quais nos deparamos a cada página, especialmente porque cada personagem tem pelo menos um de cada.

Num post futuro, começo a apresentar as famílias mais influentes e, posteriormente as minhas favoritas (sim, tenho algumas =P). Resumir uma obra desta envergadura não é fácil, e entender esse mesmo resumo também não. Daí que recomendo vivamente a leitura da saga. Até porque é espectacular, na minha humilde opinião. Eu sei, eu sei, sou meia nerd no que toca a este assunto, mas eu nunca li algo que me cativasse tanto. Tal como disse Robert Jordan sobre a obra: Agarra-nos e nunca mais nos larga!


Este é o símbolo e o moto da casa Lannister, a família mais rica dos Sete Reinos. E, provavelmente, a mais desleal e perigosa...

2 comentários:

  1. Tens de avisar o pessoal dos spoilers... há pessoal que ainda nem leu os primeiros :P

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  2. Foufinho, eu só estou a falar do passado, e só um bocadinho muito pequenino dos primeiros capítulos do primeiro livro (algo que as pessoas saberão se lerem aquele resuminho pequenino na parte de trás do primeiro volume). Não estou a dizer nada de mais =P

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