Hoje entrei oficialmente em período de não férias da páscoa. Estou, pois, a ver a minha vidinha a andar para trás com uma pinta fenomenal quando me dá para ver o calendário do mês que se segue. Não vou comentar isso para já, que ainda tenho um piripaque antes do tempo.
Ainda assim, só vou para casa na segunda-feira. Consegui juntar o útil ao agradável sendo que de hoje a sábado vou participar num congresso sobre Direito do Trabalho, vou aproveitar para estar com o foufinho e, como a pseudo-greve dos maquinistas se estendeu até ao final no mês, dia 1 já não devem haver perturbações de tráfego (mas pode sempre ser mentira...).
Para fazer boa figura, apareci nas aulas da manhã com a roupa que escolhi para o primeiro dia do Congresso, que não ia mudar de toillete à hora de almoço. Se bem que talvez não tivesse sido má ideia, que as meias bem que me deram praxe e não sei como não passei umas vergonhas horrorosas. Como não tinha calças sem ser de ganga, tive que ir de vestido (emprestado pela Rita que eu cedi um dos meus à Crikes para ela usar ontem na noite e fiquei com um défice de vestidos - a ideia era a Crikes usar o vestido que eu vesti hoje... mas a Rita esqueceu-se que nós as duas somos meias duendes, a Crikes não xD) e os meus adoráveis Oxford.
Mandei a aula da Direitos Fundamentais para o espaço, e lá fui eu para a Escola de Direito, quase no c* de Judas, visto que no dito está localizada a Escola de Medicina. Rapidamente constatei que aquilo era chic demais para mim. Até me tomaram por "doutora", (é o que diz a minha plaquinha de identificação) coisa que ainda nem sou. Acho que nunca me vou habituar a ser tratada por "doutora Nightwish" para aqui, "doutora Nightwish" para lá. Não ligo a esses títulos, mas o protocolo obriga. Creio que o erro foi não imaginarem que alunos de licenciatura fossem assistir ao Congresso, visto que era a única da sala nesse grau académico. Isto só me faz repensar que muitas vezes o pessoal não aproveita oportunidades como estas, em que podemos enriquecer o nosso currículo e cultura com iniciativas bastante pertinentes tendo em conta a conjectura actual e o facto de estas mesmas iniciativas serem grátis para os alunos da Escola de Direito da UMinho. Pormenores.
Não posso fazer um balaço da coisa ainda, visto que só vamos no primeiro dia. Todavia, posso adiantar que gostei bastante do que foi debatido hoje. Passeamos por muitos temas, desde o trabalho escravo que ainda hoje perdura, pelas alterações previstas para o Código do Trabalho, ou como a saúde e/ou a falta dela pode condicionar não somente o trabalho dos cidadão como as suas consequências, directas e indirectas.
Na sua essência, estou a caminhar a passos largos para a idade adulta propriamente sentida, e posso até dizer que tive um vislumbre do futuro não muito longe que parece me esperar. Esse futuro parece demasiado cinzento, feito de sorrisos amarelos e um lugar que eu pareço não me encaixar.