quarta-feira, 13 de junho de 2012

Acção directa

Esta manhã levantei-me cedíssimo para ir à Escola de Direito. Para quem não conhece o campus da UMinhos em Braga, é no c* do mundo. Mas lá fui na mesma, pelo que queria ver a bela bodega que fiz no teste de DIP.

Com já estava à espera, vou a oral. A pergunta teórica tinha-me corrido demasiado bem e a prática demasiado mal, daí que, contas feitas, estou tramada. Cheguei lá e pedi para ver o teste, e a stora disse logo "fez muito bem em cá vir porque vai a oral". O que eu queria mesmo era que ela me dissesse por onde estudar, todavia a senhora fez questão de não me esclarecer a esse respeito e ainda me pôr pior do que eu já estou. Pelo bela bodega que fiz, o que ela me disse foi que eu não percebi puto das duas matérias que ela questionou na pergunta teórica. Até ai, também eu tinha chegado sozinha. Porém, o pior foi o que veio a seguir é que foi a machadada de misericordiosa.

"Sabe, eu estive tentada a dar-lhe o 7 em vez do 8, mas depois olhei para a sua pergunta teórica e decidi dar-lhe uma oportunidade... Por isso, já fica a saber que as primeiras perguntas que lhe fizer na oral vão ser de qualificação e reenvio, para ver se merece ir a oral. Se vir que não sabe, não vou estar como muito outros professores, que passam 30 minutos a massacrar um alunos, para no final os chumbar. Se vir que vocês ainda não sabe isto, chumbo-a logo e não tenho problemas nenhuns em fazê-lo. E depois volta para fazer o recurso escrito".

Ponto um: o meu teste estava cotado para 7,5 valores. Isso é oito na minha terra e na de toda a gente. Ou seja, esteve tentada a tirar-me valores à pouca coisa que escrevi com jeito naquela m*rda de teste.

Ponto dois: eu tenho que provar que mereço estar numa oral quando tirei nota no teste escrito para tal? Se era para ir a recurso, dava-me logo o 7 e não se falava mais nisso.

Ponto três: ela só pode ter querido dizer duas coisas com o referido discurso. Ou é para eu marrar como nunca consegui fazer na dia, ou então deixou escapar nas entrelinhas que posso pintar a manta, mas que no dia da oral só venho a Braga perder tempo e dinheiro, e que dia 25 estamos lá outra vez. Ela vai-me anular completamente na oral.

O art. 336.º do Código Civil prevê a possibilidade de exercício da acção directa, recorrendo-se à força para assegurar um direito próprio e evitar a sua inutilização, assim muito sucintamente, no caso de colisão de direitos. Estive tentada em fazer uso desta faculdade que a lei me oferece, mas cheirou-me que a coisa, a longo prazo, não ia tender favoravelmente para o meu lado. Mas que deu vontade, lá isso deu.


P.S.: Se eu quisesse estar a ver o jogo, acedia àquelas ligações on-line para visionar canais televisivos em directo. Não precisava que os vizinhos gritassem o tempo todo para me pôr a par do mesmo... --'

3 comentários:

  1. Não é assim na terra de toda a gente... e para de reclamar... pelo menos sabes oq ue tens de estudar

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  2. Os professores são todos iguais. E já vi uma aluna e um professor apanharem uma bebedeira num jantar às custas da discussão entre o 9,45 ser ou não 9,5, e consequentemente 10.

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  3. Heartless - Eu sei que a tua stora de espanhol é uma atrasada mental...

    Poison - Conversas dessas... dispenso.

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