quarta-feira, 28 de setembro de 2016

#Saladadehastags

Pois é, estamos de volta. Depois de uma semana (quase) inteirinha por terras de sua Majestade e dos vilões mais fixes, heis que o retorno foi inevitável, snif snif. Mas sabem que mais? Foi fantástico!!

Mesmo com alguns acontecimentos marados à misturas, as férias foram fabulosas e tive muita pena de voltar e deixar um país e pessoas espectaculares. Posso dizer, com muito orgulho e muita satisfação, que nos divertimos melhóes/ paletes /cataplanas! Infelizmente, ainda não é hoje que vos presenteio aqui com um artigo super profissional e totalmente subjectivo objectivo da viagem, mas não vos deixo de mãos à abanar...! A partir de uma das várias peripécias mirabolantes que vivemos, surgiu a ideia de não deixar escapar da nossa memória todas as hastags que nos viessem à mona que resumissem a experiência, as quais registei no meu fiel caderno, com as diversas cores da minha fantástica caneta da Tokidoki (a minha é igual à do meio). Aqui ficam elas, em primeira mão, para todo vocês.

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Se eu me lembrar de mais, acrescento. É provável que algumas se tenham escondido =P Ficam, no entanto, desde já a saber, que demorei mais de uma hora a passar esta porra toda a limpo! Agora, queria era ver-vos a tentar adivinhar o que cada uma delas significa =P Algumas são bem fáceis, mas outras... nem vos passa pela carola! No próximo post perceberão =)

Mas sabem que mais? Voltava já amanhã para lá ^^

Registando o momento... mas só a primeira página =P

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Crónicas dos pipis avitaminados

Como todas as meninas com idade para ter juízo, todos os meses passo por aquela fase dos "dias difíceis". Para ultrapassar tal privação, como qualquer uma das referidas meninas com idade para ter juízo, também já me tive que provisionar para os longos momentos de tempestade: chocolates, uma lista de insultos à Umbridge e... pensos higiénicos.

Isto pode soar estranho aos leitores masculinos aqui do tasco espaço extremamente requintado, mas também aproveitam e ficam já a saber que a variedade de pensos higiénicos que se encontra em mini-super-hiper mercados é astronómica, quase a chegar ao absurdo. É, se virmos bem as coisas, um bom mercado onde investir, porque são produtos que uma generosa quantidade da população usa com regularidade, e da qual está sempre a precisar.

Considerações macro-económicas à parte, um dia destes fui à secção de higiene íntima feminina, para fazer uma pesquisa de mercado. Costumo aproveitar boas promoções nestes produtos (como em qualquer outro que necessite) e, como sei que é coisa que até vou precisar, basicamente, todos os meses durante mais uns... sei lá, trinta anos, trago sempre quantidades massivas quando a coisa se justifica. Depois de uns segundos de rápida olhadela pelas prateleiras, procurei um tipo de pensos específicos que, quando em promoção, são uma verdadeira pechincha. Mas naquele dia não fui, infelizmente, bafejada pelas musas das promoções de produtos de higiene feminina.


Nightwisha Maria: Olha, estes que costumo levar, não estão em promoção.
Moço: Mas tens aqui outros sabores.
*Press pause. Acho que há aqui alguma coisa mal que não está bem.*
Nightwisha Maria: Querias dizer marcas?
Moço *ainda a apontar para pensos de outras marcas*: Sim, era isso.

Ok. Se calhar, não escolhi o melhor dia para adquirir pensos higiénicos. Ou será do ar. Alguém anda a contaminar as condutas dos hiper-mercados e ainda ninguém se apercebeu da coisa. Continuei então na minha divagação pelas prateleiras, na demanda do produto pretendido, mas com um preço simpático. Enquanto pegava numa embalagem e inspeccionada as suas informações, o Moço, claramente a tentar ajudar no estudo de mercado levado a cabo, pergunta, muito inocentemente:

Moço: Qual é o nível de chupação que estás à procura?
*WTF...oi isso que disseste mesmo?!*
Nightwisha Maria: Queres dizer nível de absorção?
Moço: É isso.


Socorro. Os deuses presentearam-me com um Moço que é muito bom rapaz, extremamente competente ali na zona da cozinha, mas com um cardápio de palavras que, apesar de vasto, é desconcertante. Mas pronto acabei por me decidir, numa de experimentar, pela marca branca do hiper em questão. O nível de chupação parece-me bem e aquele sabor até estava em promoção. Para além disso, de acordo com a grande especialista Maria Amêndoa, agora serei a feliz detentora de um pipi avitaminado.

Com isso em mente, enquanto esperávamos pela nossa vez na fila para pagar, decidi explicitar ao Moço, sucintamente, a matéria abordada no artigo extremamente científico, da amendoada sumidade em pipis avitaminhados de conhecida reputação mundial.

Nightwisha Maria: Agora podemos esquecer a possibilidade de termos filhos ruivos.
Moço *com ar pensativo - devia estar a passar a árvore "ginecológica" em revista mental* Talvez...
Nightwisha Maria *muito séria*: Acredita. Agora vou ter um pipi avitaminado *digo, enquanto lhe mostro, mais uma vez, a embalagem de pensos eleita* Não há ferrugem que lhe pegue.


Dito isto, chegou a nossa vez se sermos atendidos. Acho que a senhora da caixa deve ter ficado a pensar que dá-mos os dois nos ácidos, uma vez que, enquanto lhe dávamos a boa tarde, reprimia-mos um ímpeto avassalador de rir às gargalhadas. Não na cara dela, mas parecia.

E, com esta, me voy por uma semana. Não, não vou para Madrid, que apesar da mudança de ares (que é bem precisa), mas também não vou para as Caraíbas. Nem oitcho nem oitchentcha. Ai, que eu até já estou a falar espanhol... não liguem, é um chelique nervoso. Estou a ver que, afinal, não é só o pipi que precisa de ser avitamindado!

domingo, 11 de setembro de 2016

A anatomia de um autocarro

Confesso que não ando muito de transportes públicos, mas quando vou e venho da terrinha, viajo de autocarro, por falta de alternativas, uma vez que não sei conduzir nem tenho carro (isso de ter carta de condução não é condição para se saber, ou não, conduzir...). Mas oh Nightwisha Maria, não sabes onde fica a estação de comboios? Sei, mas desisti. Depois de uns dois anos de greves que eu nunca conseguia perceber quando eram (eram sempre, vá) da CP, decidi mandá-los para o raio que os parta e passei a andar de autocarro. É mais barato (mesmo que tivesse carro, o Orçamento de Estado da Ditadura da Minha Casa não me concederia verba para a gasolina), passa perto de casa e não tenho que fazer transbordos, que ficar quase uma hora em Nine, que não tem nada perto, muitas vezes à noite, era coisa que me punha os nervos em franja.


Por isso, autocarros. Mas as viagens de e para a terrinha são uma autêntica saga. Não tenho expressos. Demoro, de Viana a Braga e vice-versa, quase duas horas, porque o autocarro vai dar a volta pelo bilhar grande, às terrinhas que a maioria das pessoas não sabe que existe, literalmente, por montes e vales e ravinas que não devem ser espreitadas por pessoas com vertigens. Os autocarros não têm internet para me entreter e ler um livro ou até uma sms no telemóvel é coisa para me nausear até à semana seguinte. Por isso, vou o caminho todo a ouvir música. E (infelizmente) a apreciar as pessoas.

Encontrar um sítio para me sentar é uma verdadeira ciência, que até parece merecer um documentário da BBC. Costumo ficar na terceira fila, lugar estratégico, portant's, uma vez que enjoo com uma facilidade quase inexplicável e, depois disso, é tombo para um lado, tombo para o outro. Se me sentar nas primeiras duas filas, a viagem é igualmente arriscada, graças à espécie mais medonha a alguma vez pôs um pé num autocarro: aqueles que morrem se não forem no primeiro banco, ali na peugada do motorista, mesmo que, para isso, se tenham que espremer junto de alguém cheio de sacas (ou malas, no meu caso), ou tenham a lata de nos mandar para outro sítio qualquer, porque aquele lugar tem de ser seu.

Depois de espalhar a minha pessoa e toda a tralha que levo comigo, não consigo deixar de apreciar o espectacular comportamento humano. As pessoas mais velhas, que vão o caminho todo a queixar-se, em altos berros, de que no seu tempo é que era, que os jovens são todos os preguiçosos e coisas que tais. Os trombudos, sempre à coca de um lugar da frente deixado vago por um velhote, o qual atacam como lobos para não o perder para outra pessoa. Aqueles que, mesmo estando o autocarro vazio, se querem sentar, à força toda, ao lado dos dois únicos ocupantes da viatura que viajam sozinhos. Há também aqueles que, onde quer que se sentem, querem meter conversa com qualquer pessoa, nem que seja a senhora que se sentou do outro lado da viatura, só para não ficarem a olhar para o balão.

A viagem em si, pelas horas que passo a ouvir música e a olhar pela janela, sem muitas vezes ver a paisagem porque me encontro distraída nos meus próprios pensamentos, é bastante agradável. São, aliás, óptimas para descansar simplesmente, ou para aproveitar para fazer um exercício de introspecção (é daí que vêm muitas ideias para os posts daqui do WalC). Mas as pessoas irritam-me a alma. Por isso, viajo sempre caladinha, com os meus phones enterrados nas orelhas, a ver se ninguém repara em mim a "estudar" o quão estranhos nós, humanos, conseguimos ser.


Hoje vou andar de autocarro numa dessas viagens. Acendam uma velinha pela minha paciência, fachabori. Ela (a minha paciência) vai precisar.