quinta-feira, 30 de junho de 2016

Encanto das Fadas

Eu cá sou uma pessoa peculiar. Já devem ter notado qualquer coisinha. Se eu tivesse uma Tardis ou uma porta mágica saída directamente no marsupial do Doraemon, era ver-me saltitar entre mundos encantados, repletos de magia, aventura e criaturas fantásticas.

Mas nada. Nadinha desta vida. O mercado de portais fantásticos está pelas horas da morte.

Por isso, tenho alguns backups de segurança: a minha biblioteca sempre em crescimento (acho que os livros andam a acasalar... o espaço nas prateleiras não desaparece assim, sem mais nem menos), algum merchandise e os cantinhos mágicos onde posso comprar algumas peças especiais. Um desses lugares é o Encanto das Fadas, onde se podem encontrar trabalhados com um toque de magia, orelhas de fadas e de elfos decoradas com pedras naturais, pendentes celtas e mais bijutaria encantada.


Encontrei pela primeira vez o Encanto das Fadas na feira medieval de Viana do Castelo do ano passado, numa banca um pouco escondida na praça principal da cidade, mas que, mesmo assim, me chamou à atenção. Tenho olho para estas coisas. Lá encontrei algumas peças espectaculares, trabalhadas à mão pela simpática e talentosa "Elfa" que lá estava. Não resisti e comprei umas orelhas de elfo, escolhidas especialmente para condizer com a minha undomiel (e que poderão ver mais abaixo).

Estas imagens são de uma outra feira, mas como não tirei fotografias, retirei estas da página de Facebook do
Encanto das Fadas para poderem ver ^^ A Elfa na foto é a artesã "de serviço" =)

Este ano voltei, decidida a comprar algo para dar ao Moço. Queria alguma coisa, igualmente, ligada ao mundo criado por Tolkien para lhe oferecer, visto ele ser um ferrenho fã de Arda e das suas histórias. Acabei por me decidir por uma Leaf of Lorien, que tanto pode ser usada como pregadeira, como pendente num fio. Haviam outras peças expostas de Lord of the Rings, mas também de Harry Potter e Game of Thrones.

Para além do merchandise, podem encontrar no Encanto das Fadas peças feitas à mão, sempre inspiradas em mundos fantásticos de mitologia e magia, como varinhas para apanhar o cabelo, triquetas, triskeles ou a árvore da vida. Mas as minhas favoritas são, sem dúvida, as orelhas de fada e elfo.

Orelhas de fada e de elfo: modelos Morrigan, Tetis e Flora.

Podem usá-las sem hesitação, mesmo que, tal como eu, tenham alergias à maioria das ligas metálicas usadas para fazer bijutaria, porque as orelhas são feitas de fio galvanizado. Já usei as minhas algumas vezes e nunca fiz alergia às peças. Estou a considerar, aliás, adquirir o modelo Morrigan. Aqui em baixo sou eu, na Feira Afonsina, em Guimarães, que se realizou a semana passada e, nas minhas lindas orelhas, o modelo Alda.


Confesso que gostei bastante do trabalho do Encanto das Fadas, da novidade, da lufada de ar fresco e de magia. A Elfa (sorry... não sei o nome da artesã, mas este nome pareceu-me bastante adequado ^^ ) é extremamente simpática, e não hesitou em perder tempo comigo quando lhe pedi algumas dicas para usar arame na construção de uma peça para cosplay (não digo qual... é surpresa! =P ).

Podem aceder à página de Facebook do Encanto das Fadas e deliciarem-se com estas e outras peças artesanais. Se gostam de longínquas terras de fantasia, é uma forma de se sentirem mais perto da magia que nelas habita ^^


Disclaimer: todas as fotos usadas, excepto as da minha pessoa (que são da minha autoria) e da Leaf of Lorien (que encontrei, algures, na internet), foram directamente retiradas da página de Facebook do Encanto das Fadas.

sábado, 25 de junho de 2016

Don't Starve

Hoje vim falar-vos de uma coisa que não faço muitas vezes: jogos de computador. É verdade, não sou lá grande jogadora, mas há coisa de um par de anos, em grande parte influenciada pelo vício do Moço, tenho experimentado alguns jogos e não posso dizer que não tenha gostado. Este aqui, podem acreditar, é "muita fitxe"! =P


Don't Starve é um jogo de aventura estilo surviver e rouguelike, criado pela canadiana Klei Entertainment para várias plataformas (Microsoft, OS, Plastation, Xbox One, et cetera). Este é mais um jogo ao qual decidi dar uma oportunidade depois de, como disse, ver o Moço jogar, vontade que foi impulsionada por outra viciada consumidora de bambus (Pandi, estás aí? =P).

Posso dizer que, apesar de ter esperado algum tempo para experimentar este jogo, Don't Starve me prendeu, digamos... à primeira vista, por causa do tipo de história e art style surrealistas, bem ao estilo de Tim Burton. Um dia, o cientista Wilson ouve uma voz através do rádio a prometer-lhe "conhecimento secreto". Wilson aceita e, com a informação oferecida, constrói uma máquina gigante. Ao hesitar pôr a máquina a trabalhar, a voz no rádio insiste e Wilson assente... mas dois braços feitos de sombra irromperem do chão e levam-no para um outro mundo. Podem ver o trailer aqui.

Este "novo mundo" é totalmente louco e surreal. Aí, Wilson (ou outra personagem, conforme as forem desbloqueando) terá que sobreviver à fome, aos monstros e à insanidade. Os mapas são sempre diferentes e aleatórios quando se começa um jogo novo. No canto inferior direito existe um mapa, que vai mostrando os locais que o personagem já visitou. É possível criar ferramentas e outros items que permitem a sobrevivência do jogador, a partir de coisas que este vai apanhando e recolhendo, assim como alguns vegetais para comer. Com armadilhas, também é possível apanhar animais e cozinhá-los. E quando vier a noite, acendam uma boa fogueira e nunca a deixem apagar. Assim que o ecrã ficar completamente preto... já foste =P


Um dia destes, apanhei o pc do Moço a jeito, e experimentei jogar (versão que vem com a expansão Reign of Giants, mas dá para seleccionar qual queremos). Foi vício à primeira teclada. Da primeira vez que joguei, consegui chegar ao dia 12, o que é um feito!! Tenho experimentado várias personagens e as duas versões disponíveis (original e a expansão). Vou-e safando bastante bem em racionar os recursos, tentando manter os níveis de fome, saúde e sanidade num nível aceitável (não é estritamente necessário que estejam sempre ao máximo) e mantendo um olho sempre na barra dia/noite, tentando planear o que fazer e com que rapidez. Continuo a ser uma nódoa a tentar matar a bicharada que me ataca, assim ao calhas =P Também podem ir jogando com as skills dos diversos personagens que vão sendo desbloqueados, uns são mais fortes fisicamente, outros são menos susceptíveis a ficarem "pirulas", e por aí fora.

O jogo é viciante... mas vale a pena deixar-se embrenhar. Recomendo a todos aqueles que gostem de jogos de estilo sobrevivência/aventura, que gostem de Tim Burton ou que apenas gostem de se divertir ^^

terça-feira, 21 de junho de 2016

Cenas da vida mirabolante

De acordo com os episódios espectaculosos com que vos presenteio com abundante regularidade, já devem ter percebido que sou uma pessoa a quem acontecem as coisas mais estapafúrdias alguma vez imaginadas. Tipo aquela criatura que está sempre lá, algures, no meio de uma multidão de povo, a levar com uns pixies da Cornualha.


Se houver algum (ou vários) tacos soltos no soalho de madeira, podem ter a certeza que sou eu quem vai tropeçar nos que estão soltos. Todos os tacos soltos. Sempre que lá passar. Todas as 8352 vezes. Sem qualquer dúvida. Estilo déjà vu da loja dos trezentos.

No dia em que o atrasado mental do motorista da TUB se lembrar de ir na faixa rodoviária central, a olhar para a morte da bezerra, mas nunca para a próxima paragem de autocarros, sou eu quem vai lá estar, a esbracejar feita doida... e não apanhar autocarro nenhum.

Se a maquinaria do escritório decidir, como por artes de belzebu, tirar férias sem vencimento e chegar ao cúmulo de não ligar (ecrãs azuis não contam...), sou eu quem vai estar a ligar e desligar fios, a fazer 13492 resets e a empoleirar-me em cima da secretária em posição de corvo (ou outra de yoga extremamente difícil) para ver se se dá um ritual qualquer desconhecido e aquelas geringonças decidam voltar à vida.

No exacto momento em que o elevador não estiver virado para a grotesca função de funcionar, sou eu quem vai ter que se descalçar para conseguir subir quatro andares de escadas, com meia tonelada de lancheira, processos e tamancos na mão.


Como podem ver, tenho muitos atributos e uma vida plenamente preenchida. Estas foram as peripécias de hoje... e o dia ainda não acabou. Devo ser parente do Neville Longbottom e ainda ninguém descobriu. Mas os amiguinhos do Voldy apagaram os registos dos muggleborns nascidos entre 1985 e 1998, por isso, não me admirava nada. Já agora, já que tenho os genes da desastrice, também me dava jeito ter os da jeitosice que se revelam depois da adolescência. Esses ainda não se manifestaram.

Entretanto, enquanto a minha carta de Hogwarts não chega, podem sempre contactar-me quando precisem de alguém que descubra os vossos tacos descolados. Não é que eu não esteja habituada. E os trocos davam-me jeito.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Covil's Cup

Eu cá sou uma preguiçosa que mete medo, qual Bunny Tsukino digna desse nome. Sobretudo quando, assim como por magia, numa frase aparece a expressão "tarefa doméstica". Por isso, surgiu-me uma ideia brilhante, daquelas que são como os cometas e passam por nós de 937 em 937 anos e que, diga-se desde já, nada tem a ver com a minha ressente re-incursão pelos aclamados livros de J.K. Rowling sobre o Rapaz de Sobreviveu.

O Covil vai ter a Taça das Casas.


Ora, eu sou uma Slytherin com muito orgulho e o Moço é um Gryffindor à Weasley (não, não é ruivo, mas gosta bastante de comer). Não haverá ninguém para representar os Ravenclaw e os Hufflepuff, mas servirá. A ideia é todos os meses (e não todos os anos, porque seria mesmo muuuuuito tempo para a coisa) fazermos uma competição tendencialmente saudável para ver quem faz mais tarefas de todo o género, especialmente aquelas que menos gostamos e aprendermos a ser um poquinho melhores, como tentar ser menos rabugenta (eu) ou aprender, de uma vez por todas, a desligar o estupor da luz da casa de banho (ele).

Compramos uma taça na Tiger, que ainda será decorada. No final de cada mês, somados (e subtraídos!) os pontos atribuídos a cada Casa, será atribuída ao seu justo vencedor. Este mês, o primeiro em que a competição será disputada, os Slytherin vão orgulhosamente à frente, mas ainda é cedo para cantar vitória! Poderão acompanhar o torneio aqui.

E como a única coisa que tenho de Harry Potter, para além dos livros, do vira-tempo e do pijama com o padrão do Marauder's Map, são um pack de 4 meias, cada uma com um dos brasões das equipas de Hogwarts, poderá acontecer haver uma peúga que não do Tio Vernon pendurada com o símbolo da casa vencedora. Parece-me bem.

domingo, 12 de junho de 2016

Pêcê-jaquim

Tem dias que tenho problemas mentais. Quer dizer, tem dias que tenho mais problemas mentais que outros. Um deles é apanhar o pc do Moço desprevenido e fazer-lhe pc-jacking (ou pêcê-jaquim, para os amigos).

Ninguém o manda ter lá jogos instalados que não estão no meu.

A verdade é que tudo começou de uma forma bastante inocente, quando aqui a je foi ao aparelhómetro procurar a lista que compras personalizada do Covil. Eis senão quando... vi o icon de Dont' Starve*, ali, a olhar para mim, tão fófinho. Não resisti. Joguei. E joguei. E joguei... até ele chegar a casa e perguntar:
- Que estás a fazer com o meu computador?
- Estou a jogar, já desbloqueei a maior parte das personagens e consegui encontrar mandrágoras.


Isto aconteceu várias vezes e, para ser sincera, quero lá saber da lista de compras. O Moço não parece gostar muito... (mas só porque ele também quer jogar =P ). Não é ele que está sempre a dizer que devia experimentar um joguito de vez em quando, para me distrair e divertir um pouco? Isto só mostra que estou atenta ao que ele diz e até sigo os seus conselhos ^^

E por falar nisso... o Isaac* está preso na cave a chamar por miiiiiiimm!



* Prometo que, num futuro "aproximadamente próximo", venho aqui falar-vos de Don't Starve e de The Binding of Isaac. São dois jogos muito bons e que podem ser jogados no computador. Se ficarem viciados, a culpa não é minha.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Never grow up

Hoje é o dia mundial da criança e, se a minha sanidade mental o permitir, será também o meu dia por muitos e bons anos. De preferência, para sempre. Manter a nossa criança viva é uma proeza notável, especialmente numa época em que o mundo parece estar cada vez mais doido a cada dia que passa e onde os "mais crescidos" exigem cada vez mais dos seus semelhantes em miniatura.

Não tive muito tempo para festejar. Tal como muitas crianças pequenas ou crescidas, passei o dia a trabalhar. Mas permiti-me, assim que cheguei a casa e mandei os sapatos pelo ar, literalmente, estrear o pijama de Harry Potter que o Moço me deu no natal e que, dado ao frio glacial que tem estado desde então, se mantinha muito arrumadinho no armário.

Não vos vou presentear com fotos da minha ilustre pessoa de quando tinha menos de 1,53m (porque fotos de "quando era pequena" são, basicamente, todas =P ). Seria demasiado vergonhoso e não quero causar taquicardias a ninguém. Mesmo que quisesse, e por incrível que pareça, não tenho nenhuma. Tenho muitas memórias, mas nada de fotos. Posso, no entanto, dizer-vos, que eu sei que irão acreditar em mim, pessoa idónea, que ainda sei como era. É-me estranho perceber que a maioria dos adultos já não se lembram do que era ser criança. Ou não lhes dá muito jeito. Tal como nessa altura, continuo a acreditar em fadas. Em que mais poderia eu acreditar?

Ser criança é beber um leite quente com chocolate. É ver desenhos animados e saber todas as músicas de cor. É dizer as falas do nosso filme da Disney favorito em português do Brasil, do tempo em que os VHS's eram dublados nesse país. É achar que a Dona Chica é que deveria ter levado com o pau, do pobre gato que não lhe fez mal nenhum. É poder-se ser astronauta, bailarina, futebolista, médica, e tudo isso ao mesmo tempo. É viver as mais fantásticas aventuras com um urso de peluche, uma Barbie, um Action Man e um dragão. É sonhar. E nunca crescer.