sábado, 31 de maio de 2014

Há gente que não tem espelho em casa...

Esta tarde fui ter com uma amiga a um café aqui perto, literalmente estilo foguete. Quando cheguei, cumprimentei a mesa, e ela e a mãe vieram logo felicitar-me pela passagem nos exames. Depois a senhora perguntou como estava de perspectivas, e se queria mesmo advocacia. A conversa que se seguiu foi, mais ou menos esta:

Mãe da minha amiga: E queres advocacia?
Nightwisha Maria: (com toda a confiança) Sim.
Anormal que estava na mesma e que não conhecia de lado nenhum: *riso estilo estou totalmente-obstipada-e-não-consigo-aliviar-me*
Nightwisha Maria: *cara de quem te vai estripar toda*
*Silêncio na mesa*
Mãe da minha amiga: (para a Anormal, como que a tentar remediar a situação) Tens que ver que as pessoas são diferentes, e cada um tem os seu carácter e os seus objectivos!!
Nightwisha Maria: Até porque quem é bom, tem sempre trabalho. Não é a Ordem que vai seleccionar os bons, é o mercado. Por isso, não me preocupo.
Mãe da minha amiga: Ora aí é que está! É isso mesmo!
Nightwisha Maria: Até porque, eu quero mesmo advogar, mas não quero só isso. Quero fazer outras coisas, como investigação ou dar aulas.
Anormal: Desculpa a minha ignorância... mas o que é investigação?!?
Nightwisha Maria: (a deitar lume) Fazer pesquisas, estar ligada a uma universidade ou centro de estudos e estudar sobre determinados assuntos...?!
Anormal: (com cara de gozo, ou de parva, ainda não decidi) Ah, ok...
Nightwisha Maria (para a minha amiga, cabra mode: on) Estás a ver-me a chegar de Panamera à universidade?!?!? É assim que o vou conseguir.

Primeiramente, tenho desde já que informar os meus leitores que nem sou grande fã de Panameras.

Depois, quero que fique aqui bem claro que a minha intenção não foi atingir a minha amiga, ou a mãe dela. Aliás, muito pelo contrário. A minha amiga limitou-se a ficar calada, provavelmente a pedir a todos os santinhos que não mandasse a fulana para um sítio que eu cá sei; e a mãe dela lá tentou compor a coisa de modos a tornar a situação menos desagradável. Só não fiz um escândalo por respeito a todas as outras pessoas presentes na mesa, em especial a elas as duas. Não podia ia descer assim tão baixo.

Não sei o que essa pessoa faz na vida, mas também não quero saber. Como a minha avozinha diz, no alto da sua sapiência: quem não tem que fazer, abre o c* e caça moscas. Eu, por cá, continuo a trabalhar e a investir na carreira que escolhi, porque eu não sou como aqueles colegas que se inscreve na Ordem porque, nas suas próprias palavras, "ainda não sei muito bem o que quero fazer a seguir, e até lá estou aqui". Não tenho tempo, ou dinheiro, ou idade, para andar a brincar às carreiras.

E se as pessoas se rissem primeiro daquilo que vêem no espelho logo pela manhã, talvez não o fizessem quando vêem alguém na rua. Ou no café. Eu rio-me de mim mesma todos os dias. Mas, efectivamente, eu até que tenho espelho em casa. E trabalho que chega e sobra. E uma vida.


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Faça-se luz!

Já vos contei que me "ofereceram" um mês de luz?

O mês passado não recebi carta nenhuma da electricidade para pagar, mas como é comum a besta do carteiro se enganar nas moradas, não é nada de novo. Às vezes as pessoas que erradamente recebem a nossa correspondência vêm trazer-nos as cartas, por vezes já depois do prazo de pagamento das contas, ou simplesmente nunca aparecem, e esperamos pelo mês seguinte, onde constam os dois meses numa factura só.

O mês passado não recebemos a conta da luz. Este mês o diabo da carta da electricidade nunca mais chegava, e eu já fazia contas à vida: no próximo mês ou o estupor da carta chega, ou então temos um aviso de corte da luz que vai ser um mimo. Estes dias finalmente chegou a nossa conta e... só nos cobravam um mês.

Esta foi a segunda vez que isto aconteceu comigo. Há cerca de meio ano atrás, mais coisas menos coisa, alguém nos pagou uma conta da água, que eu liguei para a empresa e disseram-me que não havia dívida nenhuma atrasada para saldar. Pelo que a minha colega de casa me disse, que já lá está há mais anos do que eu, de vez em quando estas coisas ocorrem. Com certeza, com tanta troca de morada, alguém nos deve pagar as contas por engano... Só tenho que dizer uma coisa: seja quem fores, obrigada pela abébia!! Agradecida =P

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Second Round

Há dois dias, sonhei que tinham saído as notas dos exames de aferição da Ordem que fiz há cerca de dois meses.

Ontem andava a circular o boato que as notas estariam eminentes, mas o concelho distrital do Porto desmentia com os dentes todos tal informação.

Hoje o meu coração falhou duas batidas. As notas saíram... e PASSEI C*RAILHOOOOO!!

Quase não consigo explicar que inferno foi aquele pelo que todos nós passamos. Todos os dias a correr para as aulas, ter sessões extra e aulas de reposição, o stress e a pressão de saber que iriam fazer tudo para nos chumbar, o trabalho, o estudo infinito, os exames, a espera, as viagens, a mala carregada de códigos que pesava uma tonelada, a incerteza. A falta de respeito.

Dizem-nos que as coisas "dependem", que não há critérios ou rigor, que somos medíocres, que é culpa nossa de a profissão estar neste estado e que, de tão digna que é, temos que pagar para a exercer. Se somos tratados assim pela nossa própria ordem profissional, porque haveríamos se ser tratados de outro modo pelos demais??

Muitos dos meus colegas chumbaram com nove, para que tivessem que pagar mais uma revisão, e assim terem a honra do dez que lhes permitirá seguir para a segunda fase de estágio. Mercantilismo.

Momentos há em que me sinto super inteligente. Momentos há em que me sinto super sortuda. Será que a nota é minha ou será que é resultado da generosidade do corrector, em contraponto com a dos demais? Alguém me explica a taxa de reprovação de cerca de 80%? Não podemos ser assim tão burros... nem derrotistas.

Agora é seguir em frente, esperar pela cédula de advogada estagiária, que me permitirá assinar peças, ir a tribunal em nome próprio e ter clientes (com limites). Quanto aos meus colegas, tenham força e coragem, e não desistam. Tudo irá correr bem. Não devem nada a ninguém, nem têm que sentir vergonha. Afinal, tal como o nosso lema de curso, Resistir é Vencer!!




P.S.: Sabiam que os exames da Ordem são ilegais?!?! É verdade, há uma directiva comunitária que já foi transposta, que os proíbe. A OA foi "notificada" para alterar os seus estatutos... mas enquanto isso não acontecer, tal como diz a nossa Ministra da Justiça, façam-se os exames!
Portugalândia.

terça-feira, 27 de maio de 2014

9:15

Esta manhã, como sempre, plantei-me na paragem de autocarro aqui ao lado de minha casa, para apanhar boleia para o trabalho. Tem dias que fico sozinha sentada a olhar para coisa nenhuma durante a espera, e tem dias que, tal como hoje, as velhinhas metem conversa comigo.

A minha boleia, por diversas vezes, já quis oferecer transporta às senhoras da paragem, pensando que seriam minhas amigas. A verdade, é que não conheço nenhuma delas de lado nenhum, mas acho super engraçado que metam conversa comigo, aquela conversa ocasional de circunstância, mas sempre uma alegria e um carinho característicos de uma avozinha. A teoria da minha boleia é que tenho ar de “netinha” =P

Por acaso, agora que reflicto nisso, lembrei-me de uma senhora que durante semanas a fio se cruzava comigo nessa mesma paragem de manhã. Era uma senhora, já com uma certa idade, lá está, mas com um ar e uma postura extremamente jovial. Arranjava-se bem para sair, cheia de cor e baton, ia a todo o lado fazer as suas coisinhas, aparentava uma alegria incontornáveis. Era super simpática, e ao cabo de algum tempo, as suas conversas eram menos circunstanciais e mais “próximas”, digamos. Eu já sabia a qual o autocarro que ela apanhava, e já lhe dava a informação se chegava a tempo ou não. Trocava-mos opiniões sobre o tempo e sobre as saudades dos netos e dos avós.


Estes dias, constatei que nunca mais a vi. E isso deixou-me um pouco triste. Eu até que simpatizava com a senhora. As coisas, e as pessoas, que encontramos numa simples paragem de autocarro... =)


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Oxigenação cerebral procura-se!!

Estou morta morrida de sono. Há quatro dias que tenho dormido cerca de umas míseras seis horas por noite. Quem me conhece bem sabe que eu preciso de pelo menos umas nove ou dez para ter um dia decente, por isso, já estão a ver a moca que tenho...

Entre ficar a ver Hannibal até às tantas da manhã, ter que me levantar de madrugada para ir para as mesas de votos e outras mil peripécias que me fizeram acordar sempre muito cedo e deitar sempre muito tarde, posso dizer com toda a clarividência que me é permitida neste momento: estou rota.

Esta tarde debati-me como uma verdadeira legionária para me manter acordada no escritório. Mais de metade do tempo era eu a pesar figos* e a fazer tranças no cabelo (o que me valeu um "a minha estagiária com as tranças até aos joelhos" =P ) para ver se não caía redonda no chão a ressonar com monumental. Acabei de escrever a palavra "monumental" 4 vezes para conseguir acertar na coisa.

Acho que vou comer qualquer coisa, e dormir. Parece que preciso de oxigenar o cérebro... xDD






* Se forem como o meu Moço e não souberem o que significa "pesar figos", aqui vai: expressão idiomática que significa qualquer coisa como "cabecear com sono".

sábado, 24 de maio de 2014

Girls will be girls =)

Não sei se já vos contei, mas eu tenho um pequeno trauma de infância.

Sabem aquele medo descomunal que a canalha tem dos dentistas?? Pois eu tenho-o... mas das cabeleireiras.

Quando era criança, tinha o cabelo estupidamente liso e fino, mesmo fraquinho, de tal modo que as minhas orelhas super pequenas ficavam de fora qual elfo saltitão. Por essa razão foi institucionalizado o regime do "Cabelo à João" - ou seja, tinha o cabelo bem curtinho, como os rapazes. Claro que, juntando-lhe uma cara de menino e as orelhas por furar, passei por "Nightwisho" durante alguns anos... --'

Com o tempo, o cabelo foi ficando um pouco mais forte de cada vez que era cortado novamente. Mas por alguma razão que desconheço, ele permaneceu curto. Até que, quando estava para fazer a primeira comunhão pedi autorização para deixar crescer o cabelo, só para que não parecesse um rapaz de vestido na cerimónia. Milagrosamente, o meu pedido foi atendido. E pouco tempo depois, outro milagre foi operado: inesperadamente, assim completamente do nada, apareceram caracóis.

Desde então tenho um pouco simpático piaçaba na cabeça. Cabelo ruim é assim mesmo: muito bonito, mas de levar a alminha mais plácida à loucura. A genética é um pouco como o algodão: não engana. (Para quem não sabe, tenho uma antepassada longínqua africana, e isso revela-se em todos os cabelos desse lado da família. E só não sou super morena porque fujo do sol a sete pés - como se isso adiantasse alguma coisa para evitar o tostanço de pele...).

Apesar de já terem passado tantos anos, eu continuo a não gostar de ir ao cabeleireiro. Sempre que lá vou dão-me semelhante tesourada, que só me apetece fugir pela rua fora. Isto porque, com uma visita anual, o estrago é de tal ordem que não há muito a fazer. Com o tipo de caracóis que tenho, posso ter um cabelão, que parece que está sempre igual.

Hoje fui ao matadouro das tesouras. Mas... Milagre de novo!! Desta vez ele estava saudável, pelo que bastou cortar as pontas. A verdade é que tenho cuidado muito mais dele, e finalmente vejo resultados ^^ Agora posso gozar o meu cabelo esticadinho, lindo e maravilhoso, por mais dois dias. Depois volta a piaçabar-se outra vez. Mas que importa? Continua cumprido por mais uns meses =)



Qualquer dia sou a Rapunzel morena e encaracolada. Vai ser só lançar a trança ao moço =P

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Aselhice mode: ON

Este semana tem corrido mesmo bem... O computador lá do escritório pifou, para sair de casa só mesmo de barco, tenho andado super cansada e sem vontade de mexer um palheto graças a este tempo maravilhoso... enfim, só coisas fantásticas a acontecer na minha vida ¬¬ ...

Para completar a aselhice, fui fazer o jantar... e o gás acabou a meio das operações. O que vale é que a massa estava quase prontinha, e eu limitei-me a transplantar a dita para um tupperweare e deixá-la para lá a fervilhar no microondas, a ver se acabava de cozer. Se funciona com o arroz, também deve funcionar com a massa. Eu acho que funcionou (não tenho a certeza absoluta...). Depois mandei coisa lá para dentro, fiz uma mixórdia de coisas, e pront's, comi.

E ainda hoje ao almoço, comentei com a minha colega de casa que o gás devia estar a acabar, porque a água do banho já não saía propriamente quente, mas que nunca dava para adivinhar quando o gás estava prestes a falecer, porque ele não ameaça. De um momento para o outro a chama apaga-se e foi-se, já era mais uma garrafa.

Pode ser impressão minha, mas eu cá acho que estas coisas não acontecem a mais ninguém. E claro, quando o gás acaba durante o banho de alguém, adivinhem quem leva sempre com água gelado no lombo??! Pois é, acertaram... Eu =P

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Perigo: desastrada à vista =P

Desastradice é doença?? Deveria ser, ou pelo menos qualquer coisinha  que levasse à inimputabilidade. Digo eu =P

Qualquer dia o meu moço ainda é acusado de violência doméstica, tendo em conta a quantidade de nódoas negras que colecciono por me espetar contra os móveis e as portas. Não percebo como é possível... eu vou, com plena consciência que tenho espaço suficiente para passar, e... pum!, mais uma marretada. Tenho para mim que não devo ser lá muito boa a medir distâncias, ou então é o mobiliário que se mexe e se amanda contra mim. Qualquer das possibilidades é perfeitamente válida.

Isso, e tropeçar em tudo e mais alguma coisa, até nos pés, mesmo sendo tão pequenos!! Depois não quero ficar com os sapatos todos esfoladinhos. Eu juro que tento, mas há alturas em que, com toda a certeza, uma "entidade" qualquer se aprochega e me faz uma rasteira. Óbvio.

E pronto, é isso. A minha vida é uma moca, e a qualquer momento posso adicionar mais uma peripécia desastrada. Todo o mal seja esse ^^


segunda-feira, 19 de maio de 2014

Parece que hoje é o dia do Advogado =P

Parece que hoje é o dia do Advogado. Para mim foram só umas horas, que ainda sou estagiária-curica =P

Já sei que somos todos os ladrões, mentirosos, trambiqueiros... essas coisas todas. Mas isto é como tudo na vida: há bons e maus profissionais em todas as área. E em todas as áreas, também, os profissionais são humanos (uns mais do que outros, é certo, mais ainda assim não deixam de o ser). Cliente é como professor da universidade: pensa que só temos a cadeira dele para estudar. Podemos ter uma pilha daqui até à China de processos para tratar, com prazos a correr e a terminar todos os dias, que o cliente quer tudo feito para ontem. Não temos direito a comer, descansar, ter a nossa vida pessoal - temos que estar disponíveis para atender o telemóvel com questões do arco da velha até ao sábado às tantas da noite, muito depois de darem os patinhos. É muito chato pagar a um advogado, mas mais chato é levar com um processo nos testos uns anos mais tarde, ou ver a nossa vida penhorada, quando as coisas poderiam ter sido resolvidas com uma consulta.

Ainda assim, gosto de fazer o que faço. Não é todos os dias, é certo, que tem altura que só me apetece mandar a papelada toda pela janela fora e fechar o estaminé para balanço. Gostava de empreender outros projectos, mas realmente acho que escolhi bem a coisa. Gosto de estudar alternativas, de defender e de acusar usando os instrumentos que a lei me dá, gosto de descobrir as soluções mais improváveis. Há pessoas assim, vá! =P

E para não dizerem que sou uma chata e mais não sei quê, aqui fica uma colectânea de piadas sobre advogados. Porque também é preciso rir ^^


domingo, 18 de maio de 2014

Queres jogar comigo? =P

Eu cá gosto assim "pacotes" de jogar jogos de tabuleiro. Tenho uma montanha deles, literalmente, guardados num móvel em casa, lá na terrinha.

Apesar de tudo, eles estão quase intactos. Porque nunca tive com quem brincar com eles. Parece um pouco parvo, eu sei, mas eu realmente gostava de jogos que me fizessem pensar, e nada melhor do que aprender brincando, e este tipo de jogos é a coisa certa para isso. No entanto, rapidamente me apercebi que a mais recente aquisição necessitava de, pelo menos, um par de jogadores, o que me fazia perder o interesse e "mandar mais um para o monte". Por vezes chegava ao ridículo de me desmultiplicar em jogadores, mas era sempre só eu... Filha única sem nenhuma criança por perto (ou adulto que se ralasse dois centímetros) é assim mesmo.

Agora que tenho um namorado, ele é flagelado a toda a hora pela minha ânsia de jogar jogos de tabuleiro. Sei que o podia fazer em plataformas online, mas digam lá: não é a mesma coisa. Por isso, sempre que o apanho a jeito, obrigo o moço a jogar comigo, nem que seja uma cartada meia aldrabada. Ele, ou outra qualquer vítima que se me apareça na frente: amigos, amigos de amigos, afilhados, ou qualquer outra criatura incauta que encontre em jantares ou saídas em grupo.

Sinceramente nem sei muito bem como isso funcionam alguns desses jogos; mas o espírito é ir inventando as regras conforme se vai jogando. Como aquele "jogo das famílias, que podia ser "o peixinho", mas que não é, e em vez de juntar os mesmos números dos diferentes naipes, tenho que "coleccionar" objectos da mesma "família" ou género. Uma coisa para crianças, eu sei.

Ainda assim há muitos jogos que nunca joguei ou nunca tive. Por isso Foufinho, aqui fica uma lista para a minha próxima prenda (o meu aniversário está quase aí!!) : Cluedo, Risco, Quem-é-Quem, Batalha Naval, A Game of Thrones Board Game...

sábado, 17 de maio de 2014

Movie time ^^

Eu e o moço gostamos muito de ver filmes. Todos os fins-de-semana que estamos juntos vemos pelo menos um filmico, acompanhados de pipocas, gomas ou outras golusices. Temos sempre um na calha para ver "da próximas vez"... excepto hoje.

Depois de muito pensar, percebemos que não conseguimos encontrar nenhum filme para ver. (Até teríamos... caso eu não insistisse em ler os livros antes de ver as adaptações, como no caso de The Hunger Games.) Algum dia iríamos ficar sem ideias =P E por isso, hoje venho aqui para vos perguntar: Que filme nos recomendam?

Para que vos seja mais fácil aconselhar-nos, segundo a vossa experiência e as nossos gostos, normalmente as nossas escolhas recaem nos géneros épico, fantasia, sci fi e animação. Se acharem que há um filme mais-que-fantástico que não se enquadra nestes tipo, podem recomendar na mesma!

Eu e o moço agradecemos a vossa colaboração =)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A "Besta" #1 - Nesta linda tarde solarenga de verão...

...a Nightwish permaneceu dentro de casa a trabalhar na tese. É sempre assim: quando temos que calcorrear meio mundo, chove a cântaros lá fora, num verdadeiro temporal em toda a sua apocalíptica glória; quando temos papel onde enterrar o nariz, o mundo está em eterno verão. Habitua-te, que não tens remédio.

Mas a essência da minha cogitação hoje foi outra. Eu, que estou a fazer uma tese sobre direitos de autor, tenho por base do meu trabalho, essencialmente... fotocópias.

Irónico, no mínimo. Aposto que muitos de vocês estão a pensar neste momento: Ai Nightwish Maria, sua hipócrita!! É certo que não é necessário estarmos de acordo com determinada posição/opinião sobre o que quer que seja, para se fazer um trabalho de investigação; todavia, ou se tem uma conta milionária no banco, (o que não é o caso), ou não há outra hipótese. Cada livro que eu consulto custa, em média, 30 a 40 euros. Agora façam as contas. Em toda a minha vida de universitária, só comprei algumas sebentas e os códigos básicos. Tudo o resto foi emprestado ou fotocopiado. E nem me vou pronunciar quanto aos códigos anotados, que esses são uma verdadeira pipinha de massa (que podem ir dos módicos 40 aos escabrosos 110 euros...), e muito menos dos emolumentos da Ordem dos Advogados.

Para que fique aqui bem esclarecido, não sou contra os autores serem remunerados quanto ao seu trabalho, ao seu esforço e à sua dedicação. Acho bem que o sejam. Quando não tenho numerário disponível para ler um livro "propriamente dito", peço emprestado ou vou a uma biblioteca. Assunto resolvido. Mas no que toca à investigação científica, a coisa muda totalmente de figura. Os livros técnicos são estupidamente caros, e sem eles, não se faz nada. E não posso requisitar 74978392 livros de uma vez só e durante 10 meses. Calro que o autor quer receber... o chulo do editor também quer. Essa história do incentivo à produção académica é um pouco banha da cobra. Apesar de os EUA não serem exemplo para ninguém, lá as publicações do género são disponibilizadas à comunidade científica, para que outros possam beneficiar do trabalho anteriormente produzido e, consequentemente, vir a ajudar outros no futuro com as suas próprias publicações. Por vezes, são os autores/investigadores, ou seja, a "mão de obra" over worked and uberfucked under paid, que se insurgem contra as editoras que, vendo a perspectiva dos seus lucros diminuídos drasticamente (em comparação com a dos autores), tentam travar esta troca "natural" de conhecimento.

Aqui, vai-se fazendo o que se pode. E tirando cópias.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

"Anormal" a bordo

Aparentemente, segundo a Rádio Comercial, da qual sou assídua ouvinte, hoje é o dia de se baldar.

De manhã, fui a pé até ao Tribunal aqui do sítio, onde tinha uma diligência bem cedito. Da minha casa até lá são apenas 20 minutos a andar, por isso aproveitei a fresquinha das nove horas da matina. Lá ia eu na minha vidinha, quando chegou o momento de atravessar a passadeira que se situa "praticamente em cima" da rotunda mais estúpida da cidade de Braga.

Com as nossas alterações ao código da estrada, é uma loucura circular por ali, visto que a referida rotunda não se encontra estruturada para a mudança ocorrida. Não vos posso explicar com precisão a ciência da coisa, visto que eu não tenho carta, nem sei conduzir (que, para o leitor mais distraído, são duas coisas completamente diferentes... =P ), mas posso dizer-vos que, se antes os condutores ficavam loucos por esperar dois segundos para entrar na rotunda, agora com a fila descomunal que se forma a altura hora do dia, e não apenas em hora de ponta, nem meio nano-segundo eles aguentam!

Ora, estava eu já com um pé na passadeira, em plena estrada, quando o veículo que estava à espera que o espaço estivesse desimpedido para avançar... dá um valente solavanco e quase se manda para cima de mim. Penso que a ideia do condutor parvalhão era fazer com que eu voltasse para trás para ele passar, por pensar que não teria tempo de avançar antes que o animal me passasse a ferro. Todavia, conseguiu apenas que eu me assustasse e largasse uma sabrina no meio da passadeira, provocando aquele sentimento de pré-atropelamento de "quero calçar esta m*rda a correr para não levar com uma lata de meia tonelada em cima, mas a minha perna não obedece!!". Como se não bastasse, não satisfeito com a sua proeza, o imbecil deu outro solavanco, como quem tenta "a ver se é desta que eu passo", que quase me provocou um piripaque. Se o homem quer levar com um processo nos cornos, não precisa de tanto... mas cada um sabe de si.

Tenho para mim que o palhaço em questão hoje se baldou ao Código da Estrada. Ou à função cerebral.


terça-feira, 13 de maio de 2014

Calorzinho, e um anti-histamínico se faz'favori!

Parece que o solinho chegou!! Finalmente... já não podia com as golas altas e os sapatos fechados. Está assim aquele tempo temperado, quentinho com vento fresquito para equilibrar, em que uma pessoa ainda pode sair à rua sem esturricar que nem sardinha no braseiro.

Claro que o meu corpo todo está, literalmente, a arrebentar de alegria por todos os lados. De alergias, peço desculpa, enganei-me por momentos =P A juntar ao nariz ranhoso e à coceira generalizada em toda a parte, causados pelos pólens e demais poeiras interestelares que por ai andam, incluindo aquele género de algodão de cai das árvores, agora são as mini bolhas de água ou lá o que é aquilo, provocadas pelo calor. (Sim, eu sou alérgica ao calor... --') E ainda não apareceram os fenos com toda a força...

Como podem constatar, sou uma pessoa com uma vida alergológica muito activa, sou quase uma jet7 dentro do meio =P Mas ao menos sou uma alérgica feliz, mesmo passando 20 horas do meu dia a coçar-me - chego ao cúmulo de acordar a meio da noite e... coçar-me desenfreadamente para conseguir adormecer de novo. Deixem-me ao menos gozar esta meia dúzia de dias entre o frio e a chuva diluvial e o calor apocalíptico. Sim, porque em Braga só há duas estações: inverno glacial e verão infernal =P

Agora solinho, não te arrependas!!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Pandemia

Hoje vou falar de coisas sérias.

Estes dias, por mera curiosidade mórbida, descobri uma coisa de veras desconcertante. Em conversa com a minha colega de casa, sobre esta temática, ela confessou-me ter visionado umas imagens daquela senhora que escreveu o 50 Shades of Grey. Segundo a descrição que ela me deu da criatura, associei imediatamente a "escritora" dos "livros" à deusa interior da personagem principal, tendo por base a descrição da "obra" por parte do Felipe Neto.

Se não conhecem 50 Shades of Grey, (ou mesmo se conhecerem), aqui fica um resumo de toda "a coisa" de forma simples e elucidativa.




Me-do. Depois de visionar a dita "escritora", e já que o dia estava perdido, fui ver como andavam as coisas do filme. Sim, vai haver um filme... E qual não é o meu espanto ao perceber que o mesmo vai estrear nos cinemas no Dia dos Namorados...

...naquele dia em que os casalinhos estão especialmente apaixonados e todos remelosos, a celebrar e a amassar-se todos. O dia que os senhores produtores acharam ser o melhor para dizer aos mesmos casalinhos: amor é bater, é violentar, é subjugar, é perseguir de forma obcecada uma pessoa que achamos ser "nossa", como uma coisa que comprarmos em qualquer loja. 

Agora admirem-se com as estatísticas que nos dizem que estão a subir exponencialmente os casos de violência doméstica, e em especial nos casais de namorados. Ou quando uma pita diz: "se ele não me bater, é porque não me ama".

Não posso deixar de partilhar o vídeo que chegou até mim através do blog O Meu Ritmo, da O Meu Reflexo. Porque é necessário parar esta "pandemia". Partilhem também.


domingo, 11 de maio de 2014

Pé de Cinderella

Olho vivo, oh princesa, caso contrário ainda fica sem príncipe! =P

Esta tarde fui dar uma volta pelas lojicas... e não é que consegui comprar umas sandálias que me servem?? Pronto, confesso, foi na secção de criança da Primark. Mas, por incrível que pareça, o meu número não me servia... porque era pequeno.

Não sei que feitiçaria era aquela, mas a verdade é o 35 era demasiado apertado. Trouxe o número acima, o que me deixou duplamente contente: sandálias novas e já não tanto meia-leca =P

Outra boa notícia é que esta marca faz sapatos a partir do 36 para senhora, que já comprovámos ser de forma pequena, assim como quem diz, para duendes. Logo, é uma loja a visitar quanto a calçado. E até têm modelos muito giros, mas só me vou safar a comprar algum quando for lançado um modelo novo, porque os números pequenos vão logo a voar (como aconteceu hoje).

Mas vá, tenho umas sandálias de criança todas catitas, e já nem tenho que me preocupar que elas me caiam dos pés... porque têm elástico atrás!!



E aqui estão elas!!

sábado, 10 de maio de 2014

Uma última vez =)

Hoje tomaram lugar as cerimónias de Finalistas dos meus miúdos. De manhã a Imposição de Insígnias, e de tarde a missa de Finalistas. Lá pela meia noite, ainda andarão os "pequenitos" pelo Largo do Paço, para as Serenatas Novas (explico isto tudo aqui ^^).

Só assisti à Imposição, porque para mim é esse o ritual mais importante. Já vai dos gostos. Cheguei ao recinto às 11 horas da manhã, para me encontrar com os dois afilhados que são finalistas este ano, e só saí do recinto às 15:20 horas... Direito foi o último curso, talvez por ser o mais numeroso, mas pront's, o que não se faz pelos filhotes =)

Não podia deixar de estar com eles neste momento tão importante, porque afinal, eu sou Madrinha e estive lá sempre, como uma sombra, com e para eles. Ser padrinho/madrinha é isso mesmo. E trajada, que não há maior louvou à nossa academia e aos nossos, do que envergar o nosso traje uma última vez, e por tão nobre causa. Para o próximo ano será a vez da minha "ovelha tresmalhada", mas aí já serei uma "civil".

Um dia de emoções. Relembrar das minhas cerimónias, ver os meus afilhados já tão crescidos. Saber que, muito provavelmente, nunca mais vou trajar na minha vida. Se realmente foi uma despedida, valeu a pena vestir-te uma última vez =)


 
Ainda se lembram?? Parecem "uns meninos" aqui!
Na falta de fotos de hoje, aqui fica a marca do dia em que baptizei os meus "filhotes" (já passaram 3 anos??): Em grande plano estou Eu, a vossa ilustríssima, e os pequenitos de vermelho são, da esquerda para a direita, o Diogo, a Filipa e o Telmo. Só os dois primeiros foram Finalistas este ano - Mas não te preocupes moço, para o ano és tu! ^^

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Porque às quintas-feiras à noite colo-me toda à tv para ver…



HAAANIBAAAAAALL!!

Adoro, adoro, adoro, e adoro. E pront’s!! E não, não é pelas pessoas decepadas. Para ser franca, pensei que ia haver mais sangue e demais coisas nojentas por ali. É pela interpretação magistral que posso apreciar todas as quintas-feiras à noute – assim tipo um Le Chifre com muito mais savoire faire (perceberam a piada…? =P ).

Vamos deixar uma coisa bem clara: o homem é inteligente, deliciosa e perigosamente inteligente. Maravilho-me com todos os jogos psicológicos a acontecer todos ao mesmo tempo, por que meandros da psique humana Hannibal consegue chegar. Ele experimenta as pessoas, e vai puxando os cordelinhos da mente que todos os que o rodeiam… só para ver o que acontece. E simplesmente atestar o que ele já sabe: que é mais inteligente do que todos eles.

A primeira temporada foi mais circunstancial, onde estávamos apenas perante o homem culto e educado, que dissimula e congemina no escuro. Esta segunda temporada tem sido o verdadeiro jogo do gato e do rato entre os vários personagens, em que alguns conseguem ser ambos. Parece que Hannibal está cada vez menos interessado em esconder que é mauzinho, mas quanto a alguns...

E sabem qual é o lema da criatura?!?! Eat the rude. (Tenho que arranjar um destes.) Brilhante, não? Ele só "castiga" as pessoas que são mal educadas com ele, como quem diz: para mim, não mereces ser uma pessoa; és um porco e vou papar-te como tal. E depois cozinha pratos groumet super requintados para as visitas.

Oh pah, adoro. E pront’s!! =)




P.S.: Amanhã vou adormecer em cima da papelada que tenho "reservada" para mim lá no escritório... Aquilo dá tãaaaaaaaao tarde... =/ Mas não resisto ^^

terça-feira, 6 de maio de 2014

A113 - Crianças em ponto grande =)

Mistérios podem ser encontrados em tudo, sobretudo se estamos à procura deles. Conspirações é coisa tipo cogumelo: prolifera por todo o lado, e basta procurar debaixo de uma pedra, que lá estão meia-dúzia.

Para quem é curioso, e gosta destas coisa da animação, tenho um desafio: procurar uma mensagem escondida nos filmes da Pixar. Não acreditam?? Pois é... parece que anda por aí um detalhe nos filmes desta empresa de animação digital que tem passado por aí despercebido
 
"O que é esse misterioso código A113 e o que ele significa? Por que ele aparece com tanta frequência nos filmes da Pixar/Disne?

Vamos descobrir!"

No artigo supra vão encontrar variadas imagens de diversos filmes em que este código aparece, como no carro das pizza em Toy Story, ou como sendo o código para que o planeta Terra fosse evacuado em Wall-E. Parece feitiçaria?? Nada disso!! Vejam a explicação. Afinal, há coisas na vida que são super simples, e nós só as complicamos... =P


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Depende das sortes...!

Acredito, muito piamente, que cada advogado-estagiário deveria ter seguro contra acidentes. E, se possível, que cobrisse acidentes com calçado e vestuário.

Esta tarde lá ia eu para as Finanças, tratar da minha vida, quando a minha sandália ficou presa no paralelo, e arrebentei a fita da frente. Por sorte uma ponta ainda ficou colada, e só fazia "meias cenas" pela rua. Quem me visse pensava que, das duas uma: ou não sabia andar naquilo, ou então tinha um "andar novo"...

Mas o mais bizarro é o seguinte: foi a segunda vez que isto me aconteceu a caminha dos Serviços de Finanças... e com os mesmo par de sandálias!! Da primeira vez arrebentei a fita de trás da sandália esquerda, agora arrebentei a fita da frente da sandália direita.

Tenho que deixar de usar estas sandálias quando vou às Finanças... ou deixar de ir às Finanças de todo!! Aquilo tem bruxedo (ou broxedo, depende das sortes...!!)

domingo, 4 de maio de 2014

Exemplos

Por estes dias fui de fim-de-semana prolongado para o burgo. Pensava eu que ia aproveitar os dias extras, mas estava enganada...

Nem me vou queixar de ter ido a todo o lado e mais algum com a minha mãe e não ter estudado o que tinha programado (isso também é uma chatice, que a tese não se faz sozinha), mas todo o mal fosse esse.

Desde sempre que conheço os meus progenitores "à batatada". Acho que nunca se deram realmente bem, e penso que essa é a razão pela qual, desde criança, venho dizendo que não me vou casar. Tipo nunca. Bem sei que para a coisa "dar para o torto" não é necessário se ter uma anilha no dedo e um contrato de casamento assinado, mas pelo menos a coisa parece-se menos com uma prisão para mim assim.

É um pouco triste, confesso, mas ao cabo de quase 24 anos não vejo sinais de melhora. Pelo contrário, só tem tendência a piorar. Ou a sobrar para mim. Acho que só nestas alturas dou graças por ser filha única: é só um a "levar com tudo" e prefiro que seja eu. Sujeitar mais uma criança àquilo que assisto seria demasiado, e não sei se teria forças para proteger um irmão ou uma irmã.

Chego a pensar que a minha loucura pelos livros não é era só um modo de ultrapassar a solidão, mas também de me proteger da realidade. No meu mundo de fantasia, nada nem ninguém me faria mal ou sentir mal.

Nunca apanhei uma sova daquelas "de criar bicho", como se dizia antigamente. Mas posso afirmar sem pestanejar que não sei o que dói mais: se uma sova, se as coisas que ouvimos daqueles que, supostamente, deveriam querer-nos bem.

Sei que não sou a única a sofrer deste mal. Quando era adolescente cheguei a pensar que a culpa era minha, mas não, a culpa nunca é nossa, é dos adultos que, não tendo ninguém mais fraco para descarregar, fazem-no para cima de nós. E a prova é que podia ter feito tantas coisas estúpidas com a minha vida, e não fiz. Apesar de tudo, ainda acredito com esperança vã que, mesmo assim, ainda é possível que alguma coisa melhore. Se assim não fizer, estou perdida.

Não sei que tipo de mãe vou ser (e hoje até é o dia da mãe - se bem que eu continuo a comemorar em Dezembro), mas sei que tipo de mãe não vou ser. Se há filhos a ler-me, por favor, tentem sempre ser melhores que os vossos pais, mesmo que eles sejam/tenham sido os melhores do mundo. Se há pais a ler-me, por favor, olhem para os vossos filhos duas vezes antes de dizerem o que vos poderá fazer arrepender mais tarde: um filho não se perde na rua, perde-se em casa.

sábado, 3 de maio de 2014

Curiosidade social livresca

Esta manhã, em passeio pela cidade, aproveitei para passar na Bertrand do burgo. A livraria tem andado com umas promoções tentadoras por estes dias, por Abril ter sido o mês do livro, e aproveitei para comprar o segundo volume da trilogia Thomas Cale de Paul Hoffman, As Quatro Últimas Coisas, que dava um bom desconto para cartão.

Enquanto estive na loja, aproveitei para dar uma vista de olhos aos livros que tinham disponíveis. E então vi, com alguma surpresa, uma reedição de Admirável Mundo Novo,de Aldous Huxley, uma das obra que, alegadamente, inspirou o filme Equilibrium (que recomendo vivamente - um dia destes venho cá falar dele ^^ ).

Nada contra, mas cada vez mais me apercebo nos golpes promocionais, em especial na indústria livreira, que é àquela que concedo mais atenção. Foi necessário duas obras terem visibilidade a nível global dos géneros de sci fi e/ou dystopia, nomeadamente as trilogias The Hunger Games e Divergent, de Suzanne Collins e Veronica Roth, respectivamente, para que estes "velhos clássicos" voltassem a ver a luz do dia. Visibilidade alcançada, não pelas obras originais, mas pelas suas adaptações cinematográficas. E com eles, veio uma avalanche de novidades dentro do género, porque é o que está a vender no momento, tal como aconteceu com os livros de magia e escolas de feitiçaria, depois do sucesso de Harry Potter de J.K. Rowling, com os livros de vampiros piegas depois de Twilight de Stephenie Meyer, com os livros de fantasia depois de ASoIaF de George R.R. Martin, e com os livros "de conteúdo duvidoso" para donas de casa desesperadas depois de 50 Shades of Grey daquela senhora que escreveu uma fan fiction sobre vampiros piegas da "obra" supra citada e que, estranhamente, alguém pensou ser uma obra literária de verdade. Perdão, sucesso das suas adaptações...

Fico contente de ver livros dos géneros literários que gosto nas prateleiras das livrarias, não me interpretem mal. Quanto mais oferta, melhor para mim, que sou uma bookaholic daquelas que fala das suas personagens favoritas como se fossem pessoas de verdade. Tal como Admirável Mundo Novo, há como um ressuscitar de obras como A História de uma Serva de Margaret Atwood, Fahrenheit 451 de Ray Bradbury ou 1984 de George Orwell, que não passa de mais um golpe comercial. Melhor para mim, reitero. Todavia, daqui a uns anos, já ninguém se vai lembrar destes livros, porque uma nova moda vai surgir, e a "pequenada" vai dar atenção à última moda, como se uma par de calças se tratasse. Mas não deixa de ser engraçado que, mediante os filmes que temos curiosidade em ver as nossas leituras, passamos de bestas a bestiais, se vê-mos os filmes lê-mos as obras de referência das massas; e depois voltamos a bestas porque estamos out. Uma pequena curiosidade social, portant's. De novo, como um par de calças.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Nerds deste mundo...

...Já podemos tirar o tão ambicionado curso em Hogwarts!! Sim, é verdade, podem confirmar aqui. Para, como diz na notícia, "ainda hoje não se conforma por nunca ter recebido uma coruja de Hogwarts", esta é uma boa oportunidade para se inscrever na universidade online da instituição.

A escola de magia e feitiçaria de Harry Potter, que marcou a minha geração, e cujos protagonistas cresceram comigo e como muitos como eu, saltou da ficção para a realidade graças a um grupo de fãs da saga, e oferece cursos gratuitos de nove semanas. Cada "novo alunos" será seleccionado para uma das quatro casas da escola, e poderá frequentar diversas disciplinas como Poções ou Feitiços, que incluem manuais completos e avaliações com notas verdadeiras.

Para alguns isto pode parecer uma tolaria de criança, mas para muitos que cresceram agarrados a estes livros, é uma notícia fantástica. Eu encontro-me no grupo dessas "crianças grandes", obviamente. Quando tiver tempo, daqui um par de anos, vou inscrever-me. O moço também vai fazer o mesmo. Ravenclaws, me aguardem (é a equipa que o Foufinho diz onde o Chapéu me seleccionaria, se bem que eu até acho piada aos Slytherin =P).


Já dizia esse grande senhor, que:

That's the real trouble with the world, too many people grow up. They forget.
- Walter Elias Disney