domingo, 30 de março de 2014

Ano e Meio de Vida Numa Folha de Papel Azul de Vinte e Cinco Linhas

…E a Nightwish voltou, para alegria de alguns e pesar de muitos. Até parece mentira… e já passou quase um ano e meio desde que deixei este meu cantinho entregue aos bichos. A culpa... bem, foi minha. E de tudo o resto que abalroou a minha vida. Numa pequena sinopse, posso dizer que me aconteceu de tudo.

Como referi no meu penúltimo post antes destes meses prolongados de apatia/coma bloguístico, comecei o estágio obrigatório, se bem que não oficialmente. Só me inscrevi na Ordem dos Advogados em Setembro passado, pelo que ainda estou na primeira fase oficial do estágio. Na época, já que estava a começar o mestrado e iria ter muito tempo livre (lol!) e a oportunidade caiu-me no colo, decidi aproveitar e estagiar mesmo assim, sem que esse “ano a mais” contasse. E não me arrependo: ganhei alguma experiência, que espero ter sido uma mais-valia para os exames que tive de fazer esta semana.

Entretanto tive três meses de formação (aulas mal amanhadas) na Ordem dos Advogados, que frequentei no Porto, onde me inscrevi. Um inferno de viagens de comboio e almoços de marmita durante as viagens. Estas formações servem como complemento à licenciatura para nos prepararmos para os exames que, caso sejamos aprovados, nos concederá o salvo-conduto para seguir para a segunda fase de estágio, onde terei outras obrigações. E se calhar bem, clientes :)

Perdi o meu telemóvel, o meu querido Sapinho, e ando actualmente com o telemóvel do Foufinho que, curiosamente ou não, anda todo enguiçado. Não sei se sou eu que interfiro com a anatomia da coisa, mas enfim… Eu e os telemóveis não temos uma relação fácil.

Terminei a pós-graduação, ou seja, estou agora no ano de tese de mestrado, e que ficou em stand by por causa dos exames da Ordem. Oh pah, custou sobreviver àqueles engenheiros informáticos passados da pinha, e alguns juristas também, mas consegui! :P Já não sei se vos cheguei a dizer, mas o mestrado que estou a frequentar é de Direito e Informática, daí os engenheiros. E posso dizer que, apesar dos muitos contratempos que fui apanhando pelo caminho, gostei mesmo de o ter escolhido. É diferente e tem mercado no futuro. E eu até gosto de informatiquices… (mas não digam a ninguém, que se mais alguém disser que tenho uma costela de engenheira, leva uma traulitada na mona :P)

Como vêem, aconteceu muita coisa, e este é apenas o resumo daquilo que me ocorreu ser o mais importante. Se me esqueci de alguma coisa… bem, depois compenso ^^ E pront’s, estava cheia de saudades vossas e de escrever umas coisas por aqui.

Quanto ao título deste post, é uma curiosidade jurídica, assim em tom de brincadeira. Até há relativamente pouco tempo, tudo o que fosse documento oficial tinha que ser redigido de acordo com determinadas regras, desde meros requerimentos a escrituras elaboradas com toda a pompa e circunstância. Se por acaso encontrarem lá por casa, em especial dos avós, um papelucho de tom azulado, uma gramagem superior à comum e com uma caligrafia já meia desbotada e quase imperceptível, aí têm um documento oficial do tempo da Maria da Fonte.
Actualmente, segundo legislação que eu não tive oportunidade de ler, está preceituado que estes documentos têm que estar impressos em folhas de “cor pálida”, seja lá o que isso realmente for. Daí que não se admirem em receber em casa uma “cartinha” do Ministério Público em verde ou amarelo. É verídico, eu já vi :P